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Clube de Desbravadores, um IPhone

IPhone

Apesar do lapso de posts dos últimos meses e do problema do servidor, estamos voltando com nosso Cantinho da Unidade com força total! Então, aqui vai o post de “re-abertura”! \o/

Apesar do início complicado que nossos pioneiros tiveram, ao introduzirem na Igreja as bases do Clube de Desbravadores, hoje temos um grande legado mundial. Em 63 anos de existência oficializada, milhares de almas foram transformadas e hoje servem ao Senhor Jesus. Independente da realidade local, o Clube tem sido uma ferramenta que mantém seus juvenis e adolescentes na Igreja e traz os membros da comunidade para os pés de Cristo.

“A mensagem do advento a todo mundo em minha geração”, repetimos a cada domingo. Mas com que intensidade temos nos dedicado a esse objetivo? Como temos encarado o trabalho com o Clube: como um passatempo, simplesmente porque gosto das atividades, ou como uma missão, com o objetivo final de salvar e servir?

Faço essa reflexão porque já vi todas essas realidades presentes nos Clubes que já tive contato, não o Clube como um todo, mas a visão individual dos membros da sua diretoria. Infelizmente, visões do tipo passatempo e apenas gosto pelas atividades muitas vezes sobrepujam a visão missionária… Pior ainda, em alguns casos, essa visão não se restringe apenas à direção local do Clube na Igreja, afetando outros níveis administrativos. Muitos do que levam o trabalho do Clube desta maneira ainda argumentam que apesar de não estar tudo funcionando da melhor forma, o Clube está crescendo, então está tudo ok.

E é exatamente este o ponto que quero chegar. O atual crescimento do Clube é o reflexo do trabalho que a diretoria tem feito? Ou, apesar do trabalho feito de qualquer maneira por parte de alguns, Deus ainda faz prosperar em algum sentido para preservar Sua obra? E, melhor: se o Clube está crescendo assim, como seria o seu crescimento se todos os membros da diretoria estivessem empenhado ao seu máximo?!

Pensando exatamente neste assunto no início do ano, uma analogia me ajudou a expressar melhor minha ideia à diretoria do Clube: o Clube de Desbravadores é um IPhone. Ele pode acessar internet, baixar vídeos, mandar mensagens, fazer chamadas de vídeo, conversar e executar tarefas, fazer agendamentos, tirar fotos, filmar, ler código de barras, pagar contas… Qual é o valor desse IPhone se eu o der a uma criança de 3 anos ou a um “analfabite”? Provavelmente ele será menos útil que um Nókia 5125, que fazia ligações, mandava torpedos e tinha o jogo da cobrinha…

cobrinha

Quais funções do seu IPhone [Clube de Desbravadores] você está utilizando?

1- Alberto

Qualidades de um líder

Vamos dar prosseguimento aos exemplos positivos e negativos das 21 qualidades que todo líder precisa ter. Hoje vamos nos debruçar nas qualidades COMPROMETIMENTO, COMUNICAÇÃO, CORAGEM e DISCERNIMENTO.

838_g_21_indispensaveis_qualidades_de_um_lider5ª qualidade – COMPROMETIMENTO

Exemplo positivo – Atos 7

Quando um líder está comprometido, ele ultrapassa as emoções e a razão e age com a vontade. “Os antigos chineses diziam que a vontade de um homem é igual a uma carroça puxada por dois cavalos: a razão e a emoção.” Para que essa carroça se locomova, esses dois cavalos devem ir na mesma direção. O comprometimento só existe quando o líder deixa a razão e a emoção agir, independente do preço que deva ser pago.

Muitos líderes esperam que seus seguidores tenham um nível de comprometimento maior do que eles têm. Se esse desejo permanecer, o Clube não chegará a nenhum lugar, pois os seguidores não demonstrarão um comprometimento maior do que o líder. Os seguintes valores devem ser compreendidos para que o comprometimento seja desenvolvido:

  • Comprometimento começa no coração;
  • Comprometimento é avaliado pela ação;
  • Comprometimento abre portas para o cumprimento da missão;
  • Comprometimento pode ser medido;
  • Comprometimento capacita um líder a tomar decisões;
  • Comprometimento floresce com demonstração pública de sua responsabilidade.

Exemplo negativo – Lucas 22:54-62

Nestes versos vemos o exemplo de quando Pedro negou a Cristo. Ele tinha afirmado para Jesus que nunca o negaria, entretanto, ele negou seu Mestre 3 vezes.

6ª qualidade – COMUNICAÇÃO

Exemplo positivo – 1 Samuel 10:3-12:25

Todo líder deve possuir o dom da comunicação, pois é através da fala que ele lidera o grupo. Estudos mostram que cerca de 60% dos problemas relacionados à administração está em falhas de comunicação. O líder que deseja motivar sua equipe deve se comunicar de maneira clara e objetiva.

O líder que deseja desenvolver a sua comunicação deve seguir os seguintes passos:

  • Simplificar a mensagem falando de maneira clara, direta e simples;
  • Fale a linguagem do seu ouvinte;
  • Viva o que você fala;
  • Fale com um propósito.

Exemplo negativo – Gn 2:15-17;3:1-6

Um exemplo bem prático, sobre falha na comunicação, é a brincadeira do “telefone sem fio”. Para brincar, as pessoas sentam-se em círculo ou semicírculo e uma pessoa sussurra uma frase no ouvido da pessoa ao seu lado, e a pessoa que recebeu a mensagem sussurra no ouvido da outra pessoa, e assim sucessivamente até chegar à última pessoa. Quando chega na última, ela deve falar a frase que recebeu, mas, na maioria das vezes, nem sempre é a frase que foi dita pelo primeiro jogador.

Você pode não ter o dom da oratória, mas você deve se perguntar se é um bom comunicador. Deus está constantemente se comunicando conosco, devemos estar de ouvidos abertos para receber a mensagem.

7ª qualidade – CORAGEM

Exemplo positivo – 1 Rs 18:1-40

A coragem é como se fosse um “fogo” que desce sobre o líder. A pessoa que deseja ter uma mudança na sua vida deve ser corajosa para enfrentar os desafios que possam vir a existir na jornada. Quando uma pessoa tem coragem ela defende o que é certo, sem se preocupar com o que possa ocorrer. Entretanto, essa coragem não vem assim do nada, ela provem de Deus.

Exemplo negativo – 1 Sm 10:17-13:14

Saul tinha as características exteriores necessárias para ser um bom rei, ele era alto e de boa aparência, entretanto, por dentro ele era vazio. Analisando a história de Saul podemos chegar às seguintes conclusões:

  • Covardia é algo contagioso, pois Golias estava desafiando os israelitas e eles estavam escondidos;
  • Não adianta ter boas intenções se não tiver coragem para realizar;
  • É necessário coragem para fazer o que se pretende;
  • Se a pessoa é covarde, ela se tornará insegura e descomprometida;
  • A falta de coragem fará com que o líder seja sabotado.

8ª qualidade – DISCERNIMENTO

Exemplo positivo – 2 Sm 12:1-15

O discernimento pode ser adquirido de duas maneiras, pode ser um dom ou ser adquirido pela experiência de vida. Uma pessoa que consegue fazer um discernimento sobre o que de fato está acontecendo, olha de maneira mais profunda para as pessoas, analisando assim o seu exterior e seu interior.

Para aperfeiçoar a sua capacidade de discernir, o líder deve:

  • Aprender a ouvir a voz de Deus
  • Possuir a capacidade de solucionar problemas
  • Descobrir o que as pessoas pensam
  • Fazer uma avaliação do seu sucesso
  • Ouvir o que é seu coração está falando

Exemplo negativo – Nm 22:21-35

Mesmo sabendo o que era correto, Balaão decidiu desobedecer a Deus. Foi necessário que uma jumenta falasse para que ele percebesse a presença do anjo. Ele estava completamente cego e só depois do milagre que seus olhos foram abertos. Devido à falta de discernimento, Balaão quase morreu.

Muitos líderes hoje sofrem desse mesmo mal que sofreu o profeta. Para que essa habilidade seja desenvolvida é necessária uma intervenção divina, então ore e peça a Deus para que Ele lhe ajude a desenvolver o seu discernimento e lhe deixe com os olhos abertos para perceber as possibilidades de colocar em prática os seus princípios.

1- Andressa

7 coisas que NÃO devemos fazer na programação do Dia do Desbravador

Dia do Desbravador 2013 - CópiaO Dia do Desbravador é uma data muito especial para nós. Passamos meses pensando no que fazer. Os desbravadores gostam muito de participar ativamente dos cultos, fazendo coisas que geralmente só os adultos fazem, como por exemplo a abertura da Escola Sabatina ou recolher as ofertas.

Mas temos que tomar muito cuidado para não tornar nosso dia especial em um pesadelo para os membros da Igreja. Uma vez ouvi um irmão dizer que quando ele sabia que a programação seria feita pelos desbravadores, ele não ia à Igreja dele. A princípio fiquei com muita raiva mesmo daquela pessoa. Como pode um adventista dizer uma coisa dessas? Mas depois de ver as programações de alguns Clubes, eu entendi o que o irmão queria dizer. Existem alguns cultos e Escolas Sabatinas tão mal feitos, que até eu que sou apaixonada por desbravadores tenho vontade de ir embora e nunca mais voltar. Gente, não é exagero!

Pensando nisso escrevemos essas dicas do que não fazer em uma programação do Dia do Desbravador. Assim será mais fácil sua Igreja apreciar e apoiar o Clube.

  • Atrasar. Esse é o ponto mais básico. Atrasar o início da programação vai fazer o Clube ficar mal visto por todos os anciãos, pelo diretor da Escola Sabatina e talvez até pelo pastor. Por isso seja extremamente pontual.
  • Desrespeitar a cultura da Igreja. Existem Igrejas mais modernas e outras mais conservadoras. Respeitem isso. Este ano tocamos o Hino dos Desbravadores com a fanfarra dentro da Igreja. Em outros lugares não pudemos nem sequer cantar o Hino Nacional! Portanto, converse com o ancião responsável e pergunte o que pode e o que não pode e siga à risca as orientações.
  • Deixar “buracos” na programação. Não existe nada pior do que aquele vazio entre uma participação e outra. Para que isso não ocorra, mantenha alguém responsável pela organização de todo o programa e, acima de tudo, ensaie todas as participações antes.
  • Deixar que alguém com oratória ruim pregue. Não é porque é o Dia do Desbravador que temos que deixar aquela criança que nunca subiu no púlpito pregar. Ou então chamar o regional que é um péssimo orador só por conta do cargo. Se você é o diretor, seja sincero consigo mesmo e tenha humildade de reconhecer, se você não for bom pregador fique longe do púlpito. Nesse dia devemos dar o nosso melhor para a Igreja, então convide alguém que passe uma bonita mensagem.
  • Colocar pessoas que não sabem cantar para cantar. É a mesma orientação do tópico acima. Só escale pessoas que realmente saibam cantar para fazerem as mensagens musicais.
  • Fazer programações longas. Muito, mas muito cuidado mesmo para não passar do horário. As entradas de bandeiras, os ideais e etc. devem ser muito bem ajustadas para não tomar muito tempo. E se demoramos um pouquinho mais nessas coisas, que seja reduzido o sermão. O fato de a programação ser demorada é o que a torna mais impopular entre os membros da Igreja.

Uma última orientação, evite realizar investidura/entrega de especialidade ou mesmo cerimônia de lenço no horário do culto. Não é proibido, mas geralmente torna o programa enfadonho. Prefira fazer isso no JA.

Seguindo essas poucas dicas você proporcionará à sua Igreja um dia realmente agradável.

1- Éveni

Planejamento Estratégico voltado para os Clubes de Desbravadores

planejamento-estrategico

Hoje temos outra novidade no nosso Cantinho. A partir de agora, temos um novo colaborador na nossa Equipe, o Dr. Jorjan Cruz! Como sua especialização em líder máster avançado foi em administração, ele nos ajudará principalmente com esses processos dentro do Clube. Clique AQUI para conhecer um pouco mais sobre ele e confira abaixo seu primeiro post!

Atualmente, o foco da atenção da Administração em alto nível volta-se para a formulação de estratégias de adaptação. Falando em Clubes de Desbravadores, essas estratégias significam a análise de medidas positivas que devemos tomar para enfrentar ameaças e aproveitar oportunidades para garantir seu progresso. Os Clubes devem ser vistos como agentes de mudança, com o objetivo de gerar uma criança protegida, um jovem orientado e um adulto bem resoluto, com respeito próprio. Salvos do pecado e guiados no Serviço.

Com toda essa gama de atrativos voltada para a geração adolescente atual e a crescente insegurança familiar em relação ao ambiente no qual os filhos estão inseridos, cabe aos Clubes de Desbravadores ocupar esse espaço na sociedade, fornecendo alternativas saudáveis, cristãs e promissoras para a atual geração juvenil e adolescente. Agora, na medida em que as necessidades sociais crescem, também aumenta a responsabilidade social e jurídica. Nesse sentido, a atual visão administrativa dos Clubes, que é baseada no voluntariado desapegado e cuidado quase familiar, necessita de reavaliação. Não é o caso de tratar da profissionalização da administração dos Clubes, mas apenas da criação de moldes definidos, facilmente aplicáveis e reprodutíveis para o gerenciamento dos nossos Clubes.

O Planejamento Estratégico (PE) pode ser compreendido como o conjunto de processos de gerenciamento que permitem aos administradores estabelecerem os rumos a serem tomados ou seguidos, originados na sede local (no caso, Igreja local) ou tendo como origem a sede central (como, por exemplo, a Divisão Sul-Americana). Representa os moldes para tomar decisões frente às condições dos ambientes interno e externo, mas não de forma estática. Ele deve ser entendido como uma ferramenta dinâmica de gestão que contém decisões antecipadas sobre as linhas de atuação para o cumprimento da missão dos Clubes, tanto nos níveis social como espiritual. Deve ser elaborado com uma visão de futuro, mas fortemente alicerçado sobre os valores institucionais, como Igreja e como cristãos.

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Entre os principais valores listados na elaboração de um planejamento estratégico, os conhecidos (e que podemos usar em nossa programação) são:

MISSÃO: seu conceito teórico é o de ser a declaração do propósito do Clube. É o que individualiza e distingue o Clube e a razão de ser da instituição frente a outras do mesmo nível. Define o que somos hoje, nosso propósito e como atuamos no dia a dia.

VISÃO: é a ideia de um futuro desejado pela instituição. Transmite a essência do Clube frente aos seus propósitos e como desejamos ser reconhecidos em um futuro determinado.

VALORES INSTITUCIONAIS: são as ideias fundamentais em torno das quais se constrói uma instituição. São nossas crenças fundamentais e convicções dominantes.

PERSPECTIVAS: são compostas por temas estratégicos que representam assuntos inter-relacionados como, por exemplo, função social, finanças, pessoas, etc.

Dentro de uma macro-avaliação do conceito fundamental dos Clubes de Desbravadores, acredito que pouquíssimas instituições tenham trazido de berço, desde seu nascimento, esses marcos do planejamento estratégico tão bem desenhados. Uma simples leitura dos ideais do Desbravadorismo, sob a óptica dos processos gerenciais, nos leva a uma série de associações lógicas entre os valores do planejamento estratégico e os valores que seguimos como instituição.

Uma das correntes mais amplamente utilizadas para a disseminação dos conceitos de Planejamento Estratégico é a do Modelo de Estratégia Competitiva e Avaliação de Desempenho, também conhecido como modelo de Porter. É amplamente aplicado pela sua facilidade em trazer para a realidade conceitos necessários para a fundamentação teórica de cada unidade e sua posterior inserção em um modelo previamente desenhado por uma matriz ou sede administrativa.

Baseia-se nas seguintes questões:

  1. O que estamos fazendo no momento?
    1. Identificar a estratégia usada atualmente, seja implícita ou explícita: o que nós, como Clube, estamos fazendo para prendar a atenção de nossos jovens, adolescentes e juvenis? Como nosso programa (classes, especialidades, cantinho da unidade, classe bíblica, ordem) atrai aos membros? Nossa vocação espiritual está mantida?
    2. Identificar o que supomos estar fazendo (suposições implícitas): será que nosso programa ainda encontra eco nas necessidades atuais do nosso público alvo? Estamos aplicando o programa de maneira adequada?
  2. O que está acontecendo no ambiente?
    1. Análise do setor: em relação ao universo de todos os atrativos disponíveis para a faixa etária com que trabalhamos, como nos enquadramos? Com que outras estruturas ou instituições nosso público alvo divide a sua atenção?
    2. Análise da sociedade: em que contexto social nos enquadramos? Em qual estratificação social (a que classe social meu Clube pertence)? Devemos alterar perspectivas ou estratégias baseadas nas condições sociais do nosso grupo?
    3. Pontos fortes e pontos fracos: essa análise é de fundamental importância. Qual nossa vantagem, que nos diferencia frente às demais instituições? Em que aspecto não podemos competir com as demais? Essa análise pode ser a mais complicada, pois normalmente ela é parcial e tenta encobrir possíveis inconsistências e fragilidades, além de supervalorizar fontes de força limitada, que são muitas vezes insuficientes para alavancar estratégias que nos nortearão.
  3. O que deveríamos estar fazendo? Baseados nas respostas anteriores, começaríamos a desenvolver estratégias para a melhora de resultados, alternativas com estratégias voltadas para as faixas etárias que nos propormos a atingir (grupos etários de Desbravadores, de Conselheiros e de Adultos) e a identificação de possíveis vantagens competitivas que teremos ao serem executadas as estratégias desenhadas.

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É possível a criação de um sistema de gestão de Clubes que oriente a organização de um painel de informações para que cada diretor consiga, a partir de um molde inicial originado da sede principal (DSA), personalizar seu Planejamento Estratégico de maneira individualizada e, o que é mais importante, sequencial. Um dos grandes problemas dos Clubes é que o gerenciamento muitas vezes ocorre seguindo as características do diretor da gestão atual. Isso torna-se um problema quando, por qualquer motivo, é necessária uma substituição do ocupante do cargo no meio das atividades. Muitas vezes, o gerenciamento que não segue um planejamento definido e sequencial fragiliza a estrutura administrativa de um Campo todo.

A macro-visão administrativa do departamental ou do regional poderá antever uma série de dificuldades locais baseada num molde de informações padrão provenientes da sede e que cuja sequência poderá ser seguida por qualquer diretoria que assuma. As reavaliações, uma vez que o Planejamento Estratégico é uma ferramenta dinâmica, também poderão seguir um padrão de orientação às diretorias. Um modelo informatizado de ampla distribuição, para o acompanhamento dos processos gerenciais, seria o agente capaz de modificar a organização das diretorias, equalizando os trabalhos e orientando uma sequencia de atividades e execução dos planejamentos, a despeito de quem ocupasse os cargos. Muitas Uniões já estão aplicando em seus campos modelos de secretaria informatizada, o que representa um embrião dessa ideia.

Ofertar aos Clubes ferramentas que possibilitem estratégias de planejamento e facilidades de execução dos mesmos é a grande arma organizacional para uniformizar as forças de trabalho e fortalecer vínculos entre os Clubes espalhados ao longo do território da nossa Divisão.

1- Jorjan

Qualidades de um líder

Hoje estamos iniciando uma nova série de posts na seção Liderança. Quem está nos ajudando é nossa nova colaboradora Andressa Fróis. Clique AQUI e conheça agora mesmo um pouco de sua história!

Sabemos que um líder deve desenvolver características a fim de crescer cada dia. Vamos apresentar, ao longo das próximas semanas, exemplos positivos e negativos de 21 qualidades que todos os líderes devem desenvolver.

1ª qualidade – ATITUDE POSITIVA

Exemplo positivo e negativo – Números 13

O povo de Israel tinha se aproximado do rio Jordão, então Deus mandou Moisés escolher um líder de cada tribo para ir espiar a terra de Canaã. Após 40 dias, os espias retornaram com um relatório. Sabemos que os 12 passaram pelas mesmas experiências, entretanto, as conclusões tiradas por Josué e Calebe se diferenciaram drasticamente das dos outros 10.

O motivo pelo qual os 10 espias apresentaram uma atitude negativa é porque em nenhum momento eles lembraram que Deus estava atuando, eles viram que a terra era boa e de fato manava leite e mel, porém, eles não confiaram em Deus

Nós encontramos 3 semelhanças nesta história:

  • Todos os 12 eram líderes;
  • Todos os 12 receberam a mesma promessa;
  • Todos os 12 receberam as mesmas oportunidades.

O que fez a diferença foi a atitude da maioria e da minoria:

Maioria

  • Desobedeceram a Deus;
  • Concluíram que a terra não tinha futuro;
  • Demonstraram covardia baseada no medo;
  • Ignoraram Deus no seu relatório.

Minoria

  • Obedeceram a Deus;
  • Insistiram que deviam entrar e possuir a terra;
  • Demonstraram coragem baseada na fé;
  • Viram-se relacionados com Deus.

Uma pessoa só pode tornar-se um líder eficiente quando desenvolve uma atitude positiva. Este deve ser um dos primeiros passos para uma liderança eficaz.

Os seguintes axiomas de atitude podem ser tirados desta história, pelo exemplo de Calebe e Josué:

  1. Nossa atitude determina nossa visão de vida;
  2. Nossa atitude determina nosso relacionamento com as pessoas;
  3. Nossa atitude, muitas vezes, é a única diferença entre o sucesso e o fracasso;
  4. Nossa atitude no começo de uma tarefa afetará mais o resultado do que qualquer outra coisa;
  5. Nossa atitude pode transformar problemas em bênçãos;
  6. Nossa atitude pode nos dar excepcional perspectiva positiva;
  7. Nossa atitude não é automaticamente boa só porque pertencemos a Deus.

2ª qualidade – AUTODISCIPLINA

Exemplo positivo – Números 33

Não existe liderança eficiente sem autodisciplina, devemos aprender a liderar nós mesmos antes de liderar os outros. O motivo pelo qual os Israelitas vagaram 40 anos no deserto foi porque eles não estavam prontos para receber as bênçãos de Deus.

5 pontos fundamentais para o desenvolvimento da autodisciplina:

  1. Desenvolva e siga suas prioridades: Não existe ou existiu um líder que não foi pressionado pelo tempo, entretanto, a diferença entre o sucesso ou não está no fato de a pessoa ter um plano. A chave para o sucesso é determinar o que de fato é prioridade e libera-se do resto.
  2. Faça do estilo de vida disciplinado o seu alvo: Engana-se quem pensa que a autodisciplina pode ser um acontecimento momentâneo na sua vida, ela deve tornar-se um estilo de vida. Para que isso ocorra o líder deve desenvolver rotinas em áreas importante no seu crescimento a longo prazo.
  3. Desafie as suas desculpas: não deixe na sua vida costumes que você pode usar como desculpas para não ser autodisciplinado, essas atitudes são barreiras para o sucesso.
  4. Adie recompensas até que tenha concluído as tarefas: “Nos negócios, é preciso fazer diferença entre vagabundos e trabalhadores, porque, se ambos forem recompensados do mesmo modo, logo descobrirão que têm muito mais dos primeiros do que dos últimos”. Mike Delaney.
  5. Mantenha foco nos resultados: Um ponto crucial para o desânimo é criar o hábito de olhar para as dificuldades que o trabalho apresenta e esquecer dos resultados. Devemos olhar para uma tarefa e focar nos benefícios que ela apresenta.

Exemplo negativo – Juízes 16

Não é pelo fato de alguém ser disciplinado que ele automaticamente se tornará um líder, entretanto, ninguém se torna líder sem esta característica. As pessoas esperam que um líder tenha as seguintes características:

  • Caráter
  • Competência
  • Compaixão
  • Comprometimento
  • Sentir-se ligadas
  • Contrição
  • Confiança
  • Coragem
  • Convicção

3ª qualidade – CARÁTER

Exemplo positivo – Daniel 2

Daniel foi um exemplo de como a vida particular afeta a vida pública. O caráter de um líder é revelado na maneira como ele administra os acontecimentos de sua vida. Diante de um acontecimento o líder deve escolher entre dois caminhos: caráter ou concessão. O caráter é a base de uma liderança eficaz, as pessoas só seguem um líder que transmite confiança, credibilidade, respeito e persistência e todas estas características só são desenvolvidas pelo caráter.

Exemplo negativo – Atos 12

Herodes deixou o ego dirigir sua vida, ele foi um exemplo de como a falta de caráter afeta a vida de um líder. Ele nos dá exemplos de atitudes que um líder não pode ter:

  • Maltratar as pessoas
  • Tomar decisões pensando no eu
  • Agir de maneira irracional
  • Ódio
  • Projetar uma imagem falsa
  • Deixar o ego falar mais alto

Para melhorar o nosso caráter você deve:

  • Encontrar seus pontos fracos;
  • Ter amigos que possam lhe ajudar;
  • Encarar a realidade;
  • Estar disposto a aprender.

4ª qualidade – CARISMA

Exemplo positivo – Atos 2

O Espírito Santo tinha descido sobre os que criam. O cenário parecia um caos, pois muitos achavam que os discípulos estavam bêbados, outros ficaram confusos e outros acreditavam. A situação mudou quando Pedro começou a falar. Devido à junção de carisma + derramamento do Espírito Santo, ele conseguiu cativar as pessoas naquele dia.

Muitas pessoas pensam que o carisma não pode ser adquirido, isso não é verdade. Carisma é a habilidade de conduzir as pessoas para si mesmo e para sua causa.

No grego a palavra charisma significa “dom”. Sabemos que Deus dá porções diferentes para cada um. O líder deve se dedicar aos outros.

As seguintes características podem ajudar a pessoa a se tornar mais carismática:

  • Amar a vida;
  • Reconhecer as qualidades das pessoas;
  • Dar esperança para as pessoas;
  • Doar-se aos outros.

Exemplo negativo – 1 Reis 19-22

Acabe e Jezabel não tiveram carisma, eles manipulavam as pessoas a fim de conseguir o que queriam.

O carisma só é desenvolvido quando se pensa nos outros. Características que um líder não pode ter:

  • Orgulho
  • Insegurança
  • Mau humor
  • Egoísmo
  • Cinismo

Fonte: Bíblia da Liderança Cristã. Versão Almeida Revista e Atualizada, com notas e artigos de John C. Maxwell.

Preparando a instrução

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. Eclesiastes 9:10.

Segundo o verso bíblico, podemos inferir que aqui temos uma obra a fazer!  Enquanto  estivermos aqui, então, teremos obra,  projeto, conhecimento e sabedoria. E isso é maravilhoso!

Qual é a obra que veio à sua mão para fazer? Instrução de classes e especialidades de desbravadores!

Então, vamos pensar um pouquinho: Quem é o instrutor? Qual é a sua função? Quais as suas responsabilidades? Qual a sua importância?

“Instrutores são pessoas que ensinam matérias específicas ou assuntos como Bíblia, crescimento pessoal, especialidade, trabalhos ao ar livre ou artes”. Manual Administrativo do Clube de Desbravadores.

É necessário realizar uma reflexão honesta e com base no que Deus espera de nós: “faze-o conforme as tuas forças.”  Em outras palavras: faça o melhor que puder.

E, para uma obra ser bem feita, é necessário haver um projeto, seja qual for essa obra, é necessário pensar, investir tempo, estudo, conhecimento, dedicação, amor…

Para ensinar algo a alguém devemos, além do conteúdo a compartilhar, ter um projeto, certo?

Devemos ter em mente: qual é a responsabilidade do instrutor? Será apenas ensinar algum conhecimento específico?

Nossa primeira responsabilidade é  com os nossos jovens, que devem receber nosso apoio e orientação para firmar sua fé em Jesus como seu Salvador pessoal e a usarem seu potencial para Cristo.” (Manual Administrativo do Clube de Desbravadores).

Ele deu uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, outros como pastores e mestres (ensinadores), tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo…” Efésios 4:11-13.

O Manual Administrativo dos Desbravadores deixa muito claro que o instrutor tem responsabilidades que vão muito além de ensinar uma técnica ou um conhecimento. O compromisso do instrutor é com nosso Criador! É auxiliar seus filhos, que estão em formação, a desenvolverem seu potencial (habilidades e competências) para chegarem à medida da estatura de Cristo. Compreende a importância dessa obra para o Senhor?

E, como você ensina? Já parou para pensar se está ensinando “conforme as tuas forças”?

E como fazer o melhor, quando se trata de ensinar? Como fazer um projeto para se realizar uma instrução? É necessário planejar! Planejar,  por quê?

O plano de aula organiza as atividades do professor e do aluno, possibilitando melhores resultados e maior efetividade do ensino.

Antes de planejar, o que devo me perguntar?

  • Para quem vou ensinar? Quem é esse aluno/desbravador? Conheço quem é essa criança/adolescente? Em qual processo de desenvolvimento e transformação seu cérebro se encontra? Como ele/ela pensa, sente, aprende? Suas limitações e potencial.
  • O que pretendo alcançar? Quais são meus objetivos para esta aula específica?
  • Domino o conhecimento, as técnicas as quais vou ensinar? Estou preparado para ensinar?
  • Como alcançar esses objetivos? Qual estratégia de trabalho utilizarei para alcançar meus objetivos? Quais os métodos mais apropriados?
  • O que fazer e como fazer? Qual a melhor maneira de introduzir esta aula? Como posso transmitir o conteúdo desta lição de maneira atraente e interessante? Que tipo de aplicação seria mais eficiente nesta aula?
  • Quais os recursos que utilizarei para motivar esse desbravador à aprendizagem?
  • Em quanto tempo? Em qual prazo executarei as diversas fases dessa instrução? Quanto tempo gastarei para a introdução da aula? E no seu desenvolvimento? E na conclusão? Esse tempo será suficiente para auxiliar o desbravador a fixar este conhecimento?
  • Como concluir essa lição eficazmente a ponto de suscitar no meu aluno o desejo de retornar a classe na reunião  seguinte? Quais os procedimentos que deverei usar? De quais recursos deverei dispor? Como levar o desbravador a compreender qual a utilidade desse conhecimento para a vida dele? Em quais ocasiões poderá usar este mesmo procedimento ou conhecimento?
  • Como ele poderá generalizar e transpor, aplicando o conhecimento para novas situações?
  •  Como avaliar o que foi alcançado? Quais os instrumentos de avaliação que utilizarei? Em que período do processo de ensino deverei avaliar? No início? No meio? No final? Ou em todos?

E, então, elaborar o seu planejamento, seguindo os seguintes passos básicos: Clientela, Tema, Introdução, Objetivo , Metodologia, Duração, Recursos, Desenvolvimento, Conclusão  e  Avaliação (não só do desbravador, porém, em primeiro lugar, sua).

Tendo um bom planejamento em mãos, com flexibilidade, dispondo de um plano alternativo, em caso de surgir a necessidade de adaptar-se a imprevistos, sempre contando com a sabedoria do Senhor, tenha a certeza: sua instrução será um sucesso!!!  Seu desbravador subirá alguns degraus a mais na sua escada de habilidades e competências em direção ao céu.

“E o Senhor, certamente, dirá a seu respeito:  Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.” Eclesiastes 9:7-8

1- Edneide

Como aprendemos? A importância de um plano de aula para as classes

Sempre que temos algo importante a realizar é comum surgirem em nossa mente pensamentos os mais diversos a respeito do tema. Imaginamos, planejamos, e nos preparamos, tendo em mente questões do tipo: O quê? Como? Onde? Quando? Para quem?…

Se planejarmos uma festa de aniversário, de casamento, a construção de uma casa ou até mesmo algo simples como comprar um presente para alguém especial, estas perguntas serão o eixo do nosso pensamento. E de como utilizamos estas respostas dependerá o sucesso ou o fracasso daquilo que planejarmos.

Quando assumimos funções como instrutores, professores, coordenadores, conselheiros, essas questões deveriam permanecer em nossas mentes por todo o período em que tivermos algo a ensinar. Se o desejo de fazer o melhor é o nosso direcionador, então as perguntas estarão presentes especialmente antes de iniciarmos o nosso trabalho, não é mesmo?

O objetivo do trabalho de um bom instrutor é que, ao final de sua instrução, todos saiam sabendo e praticando o que gostaria que aprendessem.

Já sabemos que o planejamento é essencial para que o conteúdo a ser transmitido siga o caminho desejado e que seu resultado seja um sucesso, pois o plano de ensino é um organizador das atividades do instrutor e do desbravador, possibilitando melhores resultados e maior efetividade do ensino.

Porém, algumas “perguntas desanimadoras” surgem em nossas mentes, quando planejamos e caprichamos em nosso planejamento e o resultado não é aquele que desejamos: O que aconteceu? Onde eu errei? Será que esses desbravadores têm algum problema? …

Então, buscando contemplar estas questões, faremos algumas reflexões, de forma bastante simplificada, sobre alguns aspectos de igual modo, simples, porém, bastante significativos para o sucesso de qualquer instrução: como nosso cérebro aprende?

A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.

Durante o processo de aprendizagem, nós usamos, basicamente, duas partes da memória.

A primeira delas é a memória de longo prazo, que é aquela em que ficam registrados todos os conhecimentos que nós já temos e as coisas que já sabemos.

A segunda é a memória de trabalho, que é aquela na qual raciocinamos e aprendemos. Esta é bem menor, se comparada à memória de longo prazo.

Todos nós estamos inseridos em um ambiente externo, que nos provê estímulos, através dos nossos sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato). Estes estímulos vão cair na memória de trabalho, em forma de informações novas. Essas informações novas funcionam como uma espécie de ímã, que atrairá informações correlatas, que se encontram na memória de longo prazo. Assim, juntando as informações novas às armazenadas, previamente, são formadas novas ligações entre elas.

À medida que são formadas novas conexões, estas são armazenadas na memória de longo prazo e vão se tornando cada vez mais fortes à medida que haja repetições. Estas conexões tornam-se fortalecidas ao ponto de se tornarem fixas na memória de longo prazo e, então, a nova informação transforma-se em conhecimento adquirido.

Sendo assim, percebemos a importância de alguns elementos essenciais à aprendizagem significativa:

  1. Estímulos externos (professor, contato com o meio ambiente, uma comida nova, livros, um filme etc.). Quanto mais canais de entrada, através dos cinco sentidos, mais fácil o acesso à memória de longo prazo. Quando a informação é transmitida por canais multi-sensoriais, asseguramos ao aluno maior oportunidade de entrada dessa informação. Se a informação se realizar por um canal visual e a pessoa tem dificuldades na percepção visual, por exemplo, limitamos suas possibilidades de aprendizagem. Porém, se for apresentado a esta pessoa a informação por mais um canal auditivo, como uma música, provavelmente, o benefício será maior e se for oferecido, ainda, uma outra experiência tátil, certamente as conexões formadas serão mais significativas;
  2. Limitação na capacidade de aprender (memória de trabalho). É impossível aprender de uma só vez grandes volumes de informações, então, o melhor é que o conhecimento seja fracionado. Ao planejar sua instrução, considere a necessidade de prever tantos encontros quanto sejam necessários para assegurar que não haja uma sobrecarga de informações em uma única oportunidade, pois a memória de trabalho não conseguirá tratar o conteúdo de maneira dedicada e você, provavelmente, não atingirá o objetivo de uma aprendizagem efetiva;
  3. Repetição do processo de fazer conexão entre o conhecimento que já se encontra na memória de longo prazo e a nova informação para que o novo conhecimento seja fortalecido.
  4. É importante, ainda, ressaltar o tempo do desbravador para a aprendizagem. O instrutor deve ter em mente que cada pessoa aprende de acordo com um tempo próprio de aprendizagem. Porém, é igualmente importante compreender que o tempo adequado de exposição ao conteúdo permitirá novas oportunidades a essa pessoa que aprende, para que possa realizar as conexões que serão fixadas como conhecimento na memória de longo prazo.
  5. Atenção. É a nossa grande porta de entrada do aprendizado. É comum ouvirmos pessoas afirmarem que conseguem manter a atenção em várias coisas ao mesmo tempo. Porém, o que ocorre é uma rápida alternância do foco de atenção. É impossível ao cérebro, segundo a neurociência, manter a atenção em dois focos ao mesmo tempo. A atenção funciona como um filtro, que decide qual a informação que deverá ser processada de maneira especial e, apenas uma informação sobrevive a esse filtro e ganha acesso à memória de trabalho, que, como já vimos, é bastante limitada e só funciona com aquilo que está no foco da sua atenção. Portanto, se ela não tem uma única informação, essas informações não permanecem na memória de trabalho.

Então, sempre que o instrutor oferece recursos que favoreçam o despertar da atenção do desbravador, estará assegurando maior possibilidade de aprendizagem a ele.

Há ainda outros fatores que exercem influência positiva para o aprendizado. Neste momento, destacaremos apenas três deles:

  1. Prática: é a oportunidade de se consolidar um conhecimento. “Ninguém pode se tornar um bom pianista sem nunca ter tocado um dedo em um piano”.
  2. Motivação: é o querer aprender. É ela quem determina o empenho à prática. É o processo que mobiliza o organismo para a ação. Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado, o indivíduo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o desbravador, utilizando o que o juvenil/adolescente gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.
  3. Método: é importante lembrar que cada pessoa apresenta preferência por determinada forma de aprender. Há pessoas que realizam cálculo mental, por exemplo, de forma mais eficiente que cálculo escrito. Para que o instrutor seja apto a ensinar com qualidade deve conhecer os mais variados métodos de ensino, suprindo, assim, a necessidade daquele que aprende. Há métodos individualizados e socializados. Técnicas como o estudo dirigido, o trabalho em grupo, aula expositiva, demonstrativa, estudo de caso, saída de campo, etc. Qualquer método ou técnica só terá êxito nas mãos de quem os realiza com entusiasmo e espontaneidade.

É necessário que, ao planejarmos uma instrução, esses fatores sejam os principais direcionadores do processo de ensino e aprendizagem, então as “perguntas desanimadoras” terão pouca chance de aparecerem novamente.

Com esse novo conhecimento em mãos, nossa seção Classes agora está em um novo formato. Colocaremos aqui não apenas ideias e materiais para se cumprir os requisitos, mas disponibilizaremos um plano de instrução, de forma que o requisito seja bem trabalhado e os desbravadores possam, de fato, assimilar o conteúdo. Acreditamos que esse formato pode, realmente, fazer diferença na vida futura do desbravador.

Inclusive, nosso primeiro post nesse formato foi publicado ainda no ano passado, confiram AQUI. E se liguem, pois temos muito mais novidades por aí!

1- Edneide

Planilha de acompanhamento

Planilhas são excelentes recursos para planejamento e acompanhamento das atividades do Clube de Desbravadores. Pensando nisso a Andressa, líder e diretora associada do Clube Bandeirantes (APlaC – UCOB), e eu elaboramos uma planilha. A ideia dela é facilitar o controle de presença das reuniões (com pontualidade, utilização do uniforme, porte da Bíblia e da pasta) e também o acompanhamento das classes, tanto para saber os requisitos que já foram passados pelos instrutores quanto quais requisitos cada desbravador já cumpriu.

Clique aqui para baixar a planilha e veja abaixo uma apresentação de como utilizá-la.

Caso tenha sugestões de como podemos melhorar a planilha, nos deixe um comentário ou envie um e-mail, que então trabalhamos essas melhorias para o próximo ano.

P.S.: devido ao grande número de solicitações pela senha e para facilitar a edição, a planilha disponibilizada por meio do link agora não exige senha para alterações.

Desenvolvimento infantoadolescente e liderança: Desenvolvimento infantoadolescente

Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, damos continuidade hoje à nossa série de posts com a 5ª aula. Trabalhamos com juvenis e adolescentes de 10 a 15 anos, faixa etária em que ocorrem as principais transformações da vida. Só teremos êxito em nossa missão, se compreendermos o que acontece com essas pequenas mentes em formação.

Para ajudá-lo no preparo teórico para essa aula, confira também nossa seção Compreendendo o desbravador.

Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário baixar o arquivo e ler com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.

Um elemento importantíssimo da aula é o vídeo Adolescência: cérebro em formação:

 

Programa do Clube: Ordem unida

Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, estamos dando continuidade à nossa série de posts, com a nossa quarta aula. O tema de hoje é uma das atividades que os desbravadores mais gostam no Clube, que ajuda no desenvolvimento da disciplina, respeito e coordenação motora: ordem unida!

Continuem ligados, pois temos ainda mais novidades!

Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário baixar o arquivo e ler com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.

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