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Limites e disciplina na adolescência

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Este artigo tem dois objetivos principais. Um deles é ajudar aos meus queridos líderes de desbravadores a lidar com a disciplina de uma maneira sábia e válida. O outro é uma singela homenagem a um dos grandes mestres da educação do nosso país, falecido neste ano. Seu nome é conhecido pela maioria dos educadores e psicólogos do Brasil: Içami Tiba.

Em um de seus livros este autor menciona que as crianças não têm noção dos limites que separam sua segurança física dos perigos, nem do que é ou não adequado a se fazer. Por isso os pais, professores ou cuidadores devem ensiná-las a não fazer algo simplesmente porque sentiram vontade de fazer, mas a conhecer o limite na medida certa para cuidar da própria vida e segurança.

Mais difícil ainda é a vida dos adolescentes! Estes já tendo noção infantl de limites, querem aventurar-se pela vida afora, ampliando, em diversas aventuras, esses limites que tinha na família e na escola. O grande drama é que sobra energia para “estirar” estes limites, porém, falta experiência para enfrentar os desafios dessa fase. Um bom exemplo disso é a entrada no mundo das drogas, a vida sexual precoce, esportes radicais sem toda segurança necessária, entre outros. A tentativa é entrar no mundo dos adultos sem a proteção deles. Uma grande aventura essa!

O grande trunfo para lidar de forma sabia com essas questões de limites e disciplina consiste em não permitir que as crianças façam em casa e nas suas respectivas escolas o que “não podem fazer na sociedade”. Será que ouvimos bem? Vou repetir de outra forma: se não pode fazer na rua, no bairro, na casa de outras pessoas, então não pode ser feito na própria casa ou escola! As crianças e púberes devem exercitar em casa e nas escolas com a ajuda de seus pais e mestres a disciplina. Esta deve ser praticada e aprendida como se fosse “uma língua-mãe”. É preciso educar para formar cidadãos responsáveis.

Nossos Clubes de Desbravadores são um excelente campo para o desenvolvimento dessas habilidades. Através das dinâmicas e atividades nossos meninos e meninas aprendem a respeitar o próximo e a natureza. Essas mentes impressionáveis estão alerta a tudo o que seus instrutores e lideres dizem e fazem! Que grande missão! Que ministério abençoado e necessário.

Estamos contribuindo para a formação de homens e mulheres de bem. Cidadãos estes que serão exemplo para a sociedade em que vivemos. Não negligenciemos essa sublime missão com vans teorias contemporâneas onde tudo está permitido em nome da “liberdade”. Sem limites não se vive! Uma bússola só serve porque tem um norte!

Só para que reflitamos um pouquinho, quem tem disciplina dentro de si é mais competente, ético, mais livre e muito mais feliz!

Um grande abraço a todos e meu sincero desejo de que perseveremos nessa missão até a breve volta de Jesus.

1- Samira

Socorro, o ano está acabando!

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Estamos a pouco mais de 60 dias do final do ano. Muitos nesse período começam a se desesperar sobre o que fazer com todos os seus sonhos, projetos e planos que não deram certo. Muitos se vêm sem saída e acham que será mais um ano marcado pelo insucesso…

Esse também é um período que muitos tentar correr atrás do tempo perdido e tentam de alguma forma reverter a situação como um todo. Trabalho em uma escola e acabo vendo o desespero de alguns alunos nessa época do ano correndo atrás das notas que largaram pra trás. Só que pra muitos o tempo restante já não é suficiente para recuperar todo o tempo desperdiçado.

No Clube esse dilema não é diferente, muitos conselheiros, instrutores, diretores e até mesmo desbravadores começam a ficar angustiados, sem saber o que fazer, pois faltam apenas 2 meses para o encerramento das atividades do Clube, e tem muita coisa pra fazer.

A pergunta que fica então é será que dá para fazer alguma coisa pelo meu Clube ainda?

A resposta é depende. Depende? Como assim depende? Depende de como está o estado do seu Clube, então precisamos fazer uma análise simples:

  1. Fiz um bom planejamento no início do ano, executei boa parte do que era proposto, mas ainda ficaram algumas coisas para trás, alguns desbravadores ainda estão devendo relatório? Pois bem, para você ainda tem solução!
  2. Não fiz um planejamento no início do ano, conduzi meu Clube como uma colônia de férias e agora quero fazer tudo que devia ter feito e não fiz em dois meses? Sinto muito, para o seu caso não tem solução. Por que digo isso? Porque em dois meses não é possível fazer tudo que é necessário com qualidade. Logo, você terá de arranjar “jeitinhos” pare concluir as coisas, só que essa não é a maneira de se trabalhar com o Clube de Desbravadores. Isso para mim é, na realidade, jogar contra toda a nossa filosofia. Então para você que se encaixa nessa situação, o melhor é admitir que errou e começar um planejamento novo e mostrar para os desbravadores como conquistar as coisas de maneira correta.

Mas para você que fez um planejamento, mas ainda faltam algumas pontas para serem amarradas, temos 4 dicas que podem te ajudar a sair do sufoco.

Dica 1: Reúna seus conselheiros e instrutores para diagnosticar qual é a real situação do Clube | Nessa etapa você deverá avaliar se existem atividades a serem desenvolvidas pelo Clube ainda, quais são os desbravadores que ainda apresentam dificuldade para completar algum requisito do cartão, quais instruções ainda precisam ser dadas. Feito um levantamento específico da condição do seu Clube, é hora de partir para a segunda dica.

Dica 2: Monte um quadro com as atividades levantadas | Recomendo você fazer três quadros diferentes nessa etapa, um para as atividades do Clube, outro para as instruções por classe e outro com os desbravadores e suas dificuldades, por classe.

Quadro 1: Pegue todas as atividades do Clube que ainda precisam ser feitas e coloque em uma coluna, na frente classifique essas atividades como indispensável, importante e dispensável. Observe o exemplo:

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Quadro 2: Cada instrutor deve preparar um quadro similar ao primeiro e colocar quais instruções ainda precisa ser ministradas e classificar da seguinte forma: urgente, necessário e alternativo. Urgente: seria uma instrução que precisa ser dada imediatamente. Importante: seria algo que precisa ser feito, mas ainda pode esperar um pouco, logo não é urgente. Alternativo: seria uma atividade que você tem condições de buscar uma alternativa para solucioná-la fora do seu ambiente de instrução.

Quadro 3: Cada instrutor também precisa relacionar cada um dos desbravadores de sua classe e verificar como está a situação de cada um. Aqui no Cantinho já disponibilizando um cartão para acompanhando de cada desbravador, que você pode usar para fazer essa etapa.

Feita essa etapa, vamos para a dica 3.

Dica 3: Relacionar quais são as datas que você tem disponível até o final das atividades do Clube desse ano | Nesta fase você vai pegar as datas que você ainda tem disponível e colocar na sua tabela, seguindo a seguinte ordem: 1) colocar as datas de realização das atividades no quadro 1, seguindo os critérios de indispensável, importante e dispensável; 2) em seguida, cada instrutor deve preencher a data no seu quadro de instrução, vendo quais das atividades do Clube são úteis para aproveitar para concluir os requisitos das classes; 3) feito isso, o instrutor deverá montar um cronograma de apoio a cada desbravador, envolvendo o conselheiro nesse cronograma. Marque horários alternativos para atender os juvenis.

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Veja que no nosso quadro ilustrativo a última atividade ficou fora, porque não tinha dias suficientes para ela ser realizada. Mas era uma atividade dispensável, o que não comprometeu as principais atividades do Clube.

Colocada as datas, vamos à última dica.

Dica 4: Mãos à massa | Pegue agora esse seu planejamento e corra, não perca tempo e sempre que possível vá marcando em um check list aquilo que está sendo feito. Foco é fundamental nessa etapa, para não incluir atividades que possam prejudicar seu planejando emergencial.

Espero que essas dicas possam te ajudar! Sucesso no seu planejamento final.

1- Paulo

5 ideias para chegar com ânimo ao final do ano

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Um dos objetivos dos eventos de desbravadores (camporis, feiras, olimpíadas, etc.) é manter o ânimo do Clube durante o ano, além de ajudá-lo a manter o foco no programa. Já estamos na parte final de outubro e a maior parte de todos os camporis e eventos locais/regionais na DSA já passou. E um fenômeno comum que já observamos é que neste intervalo entre o campori e a cerimônia de encerramento muitos Clubes praticamente morrem.

Assim, é importantíssimo atenção especial nesse período para que o Clube chegue com força total até a festa de encerramento, no final de novembro ou início de dezembro. E para ajudá-los a reverter essa triste realidade, nossa Equipe separou 5 dicas que, se seguidas com planejamento e dedicação, poderão dar o restinho de fôlego que tanto precisam. Confiram!

1. Reunião com a direção

Pode parecer bobagem ou que não vai adiantar em nada, mas manter uma regularidade de reuniões com a direção do Clube faz uma diferença enorme! Isso porque ninguém recebe para trabalhar com desbravadores, logo, todos têm emprego ou estudam, enfim. Atividades que consomem a nossa energia. Com isso, uma hora ou outra a gente acaba naturalmente desanimando.

Na reunião com a direção, o diretor tem a oportunidade de conduzir um momento de desabafo, de incentivo, de apoio. É o momento perfeito para que um anime o outro. Nessas horas, quem estiver mais forte vai ser um apoio para quem estiver com mais dificuldade.

Mas é claro que para a reunião com a direção seja efetiva, é necessário planejamento e que o diretor saiba conduzi-la adequadamente. Para isso, sugerimos a leitura do post Reunião de direção: como conduzir?

2. Pernoite

O princípio é exatamente o mesmo que ocorre com os eventos de Campo/União. Ao realizarmos um evento interno, conseguiremos mobilizar as unidades, afinal, qual desbravador não gosta de um acampamento?! Considerando que o acampamento de instrução provavelmente já ocorreu, faça um evento mais recreativo, até mesmo para ficar mais fácil de o Clube se organizar.

3. Atividades com as unidades

As atividades da unidade, extra-clube, já deveriam ser uma rotina nos Clubes. Porém, sabemos que infelizmente essa não é a realidade. O sistema de unidades é o núcleo de funcionamento do Clube de Desbravadores, portanto, tudo o que puder ser trabalhado nesse formato terá excelentes resultados.

Em todos os treinamentos que tivemos a oportunidade de participar, sempre batemos na tecla de que a unidade não se restringe apenas às reuniões regulares! O conselheiro deve manter um vínculo com as suas crianças durante a semana.

Uma das melhores maneiras de integrá-las é realizar um evento próprio da unidade, uma noite do pijama, por exemplo. Pode parecer meio feminino, mas a ideia é excelente para os garotos também, é só mudar o nome, rs. Nesse post destacado, você encontra algumas sugestões de como desenvolver a sua atividade. Além da noite do pijama, outras sugestões são uma social ou mesmo assistir a um BOM filme (que seja 100% adequado com os princípios bíblicos). E se a criatividade estiver pouca, uma pizzada ou qualquer outro evento “comestível”, rs, sempre agradará, hehe.

4. Gincana/competições

Posso afirmar tranquilamente que mais de 90% de todas as crianças se amarram em gincanas e competições! Então, vamos fazer bom uso delas! Podem ser de diversos tipos como, por exemplo, competição de ordem unida/evoluções, gincana com brincadeiras e lanchinhos (parecido com as que as escolas fazem), campeonatos esportivos, etc.

Uma outra sugestão também é desenvolver uma atividade que incentive as crianças a arrecadar alimentos para o Mutirão de Natal. A tarefa de arrecadação pode ser facilmente incluída em praticamente qualquer uma das atividades acima. Assim, além de oferecer uma atividade recreativa saudável para os seus garotos e garotas, vocês ainda vão estar colaborando grandemente com a ASA da Igreja local.

Não se esqueçam que competições, campeonatos e etc. precisam de prêmios! Portanto, pensem em bons prêmios, que não sejam caros para vocês, mas que sejam suficientes para fazer com que todos queiram ganhar!

5. Festival de especialidades

Uma excelente opção também é realizar um festival de especialidades! Já vimos ótimos resultados com esse método, mas é necessária muita cautela ao se preparar a atividade. Isso porque, muitos tendem a oferecer as especialidades pela metade, o desbravador assimila apenas metade do que foi ensinado e, no final, ele recebe a insígnia tendo aprendido, na verdade, apenas 25% do conteúdo. Certamente o objetivo do programa das especialidades não será atingido e traremos mais males que benefícios para as crianças.

Mas é plenamente possível realizar um ótimo festival, com especialidades diversas e muito bem preparadas. O primeiro passo é o tempo! Um período de 50 a 60 minutos por dia e 3 reuniões seguidas. Esse tempo é suficiente para concluir com qualidade muitas especialidades do manual! Uma dica é que se escolha especialidades práticas, que colocarão o desbravador para por a mão na massa. Assim, a área de Artes e habilidades manuais é a mais repleta de sugestões.

O segundo passo é escolher bem as especialidades, pensando exatamente na qualidade da instrução e no tempo disponível. Em seguida, escolha bons instrutores e prepare o ambiente e os materiais necessários para que todos os desbravadores possam cumprir. Nesse item, é importante lembrar que os grupos devem ser pequenos, pois como serão especialidades práticas, o instrutor vai ter que acompanhar de perto o desenvolvimento do desbravador, para ajudá-lo sempre que necessário. Clique AQUI e confira um post com algumas dicas sobre esse assunto.

 

Estas são apenas algumas sugestões, que entendemos serem práticas e fáceis de fazer. Mas um bom planejamento é essencial para o sucesso e para alcançar o objetivo pleiteado. Portanto, veja o que se adapta melhor ao seu Clube e nos conte aqui quais foram os resultados =D. Caso você tenha alguma outra sugestão e quer compartilhar conosco, basta nos mandar um email ou deixar um comentário nesse post ou nas redes sociais.

1-Alberto

Legislação aplicada ao Clube de Desbravadores: responsabilidade penal e civil

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A legislação brasileira protege o ser humano desde antes dele nascer. Todavia, o exercício de alguns direitos só são plenamente permitidos após certa idade. Até os 16 anos a criança/adolescente é considerada absolutamente incapaz, dessa forma necessita ser representado pelo responsável em qualquer ato da vida civil.

O Código Civil Brasileiro define como relativamente incapaz os maiores de 16 e os menores de 18 anos. O relativamente incapaz pode praticar alguns atos da vida civil assistido por seus representantes legais. A capacidade civil é alcançada aos 18 anos. A partir de então a pessoa pode exercer plenamente qualquer direito e é a partir dessa data também que o indivíduo passa ser o único responsável por todos os seus atos.

No ordenamento jurídico brasileiro há duas formas básicas de responsabilidade: a penal e a civil.

Uma pessoa só pode ser penalmente responsabilizada a partir dos 18 anos, antes disso o adolescente é inimputável, todavia, se cometer algum ato tipificado como crime configura-se ato infracional e será julgado nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Já a responsabilidade civil decorre da agressão a um interesse jurídico em virtude do descumprimento de uma norma. A responsabilidade pode ser contratual, que deriva de um contrato, ou aquiliana, que deriva de uma ação ou omissão que gera dano a outrem. A responsabilidade civil é precipuamente reparatória. Já a responsabilidade penal tem caráter eminentemente punitivo.

É importante que a direção do Clube compreenda o instituto da responsabilidade civil para saber quais circunstâncias ensejam obrigação de reparação de danos e assim evitar essas situações ou saberem como reagir caso sejam vítimas de danos praticados por terceiros.

Os artigos do Código Civil mais relevantes para este assunto são o art. 927 e 186.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

O artigo acima institui a obrigatoriedade de reparar o dano quando se comete ato ilícito que o gera. Uma leitura superficial pode levar o leitor a interpretar o termo “ato ilícito” apenas como comportamento tipificado como crime. Todavia, essa não é a interpretação correta. O artigo 186 explica o que é ato ilícito:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Desta forma fica claro que qualquer ação ou omissão, desde que cometida com imprudência, imperícia ou negligencia, enseja reparação de dano.

Para uma melhor compreensão cabe analisar a definição de cada um desses termos:

Imprudência – configura-se quando se sabe o grau de risco envolvido e mesmo assim realiza o ato acreditando que seja possível a realização do mesmo sem que ocorra nenhum dano, ou seja, excede os limites do bom senso, não age com cautela.

Imperícia – é caracterizada pela falta de habilidade ou técnica que o agente deveria demonstrar em razão de seu conhecimento ou função.

Negligencia – também conhecida como desatenção ou falta de cuidado. Significa não agir de forma diligente, prudente, ou seja, com o cuidado exigido para a ocasião.

Outro termo que é necessário compreender bem é o nexo de causalidade:

Nexo de causalidade – não basta que tenha ocorrido um ato ilícito e um evento danoso, é preciso que estas duas situações estejam inter-relacionadas, ou seja, deve-se ter a certeza que sem que houvesse o ato não ocorreria o dano.

Assim tem-se a equação:

Legislação aplicada ao clube de desbravadores

Dessa forma, se estão presentes esses três elementos há dever de indenizar.

Um ponto importantíssimo que merece destaque especial é o parágrafo único do art. 927 do Código Civil:

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Esta determinação legal quer dizer que se a atividade oferece riscos (qualquer tipo, mas especialmente à integridade física) independentemente da ocorrência de negligência, imprudência ou imperícia, se houver nexo de causalidade e dano haverá o dever de indenizar.

Portanto, todo o cuidado deve ser dispensado tanto quanto na prática de esportes radicais, por exemplo, rapel e escaladas, quanto em atividades comuns em acampamentos, como uma falsa baiana ou escada de cordas. Pois se um desbravador cai de uma falsa baiana e se machuca (estão presentes o nexo de causalidade e o dano) o responsável pelas crianças terá o dever de reparar o dano.

A reparação do dano se dá através do pagamento de indenizações pelos danos materiais e morais sofridos pela vítima. Os valores costumam ser elevados, todavia, não são suficientes para realmente reparar o sofrimento. Muitas vezes o dano à imagem do Clube e/ou da Igreja é um prejuízo muito maior que o a perda financeira. Por este motivo é dever de cada membro capaz da diretoria zelar pelo maior patrimônio que o Clube possui: os desbravadores.

1- Éveni

Recomendamos

a formação de um discípuloA formação de um discípulo

Discipulado. Esse é o “segredo” para um Clube de Desbravadores forte e que cumpre os seus ideais. Este também é o melhor método para formar líderes para atuar nos mais diversos cargos da Igreja.

Coloquei a palavra segredo entre aspas porque, na verdade, não é nenhum segredo para nós que o discipulado foi a forma escolhida por Cristo para transformar simples pescadores em grandes evangelistas.

Mas quais são os passos que devemos seguir para formarmos um discípulo? A resposta a essa pergunta está nesse livrinho de apenas 167 paginas. Apesar do tamanho reduzido, o livro é grande em conteúdo. Veja algumas citações:

“Quanto mais eu estudava o Novo Testamento, mais firme se tornava a minha convicção de que o discipulado é a única forma de evitar a má nutrição espiritual e a fraqueza dos filhos espirituais pelos quais sou responsável” p. 18.

“Talvez o erro fundamental cometido por muitos cristãos seja fazer distinção entre receber a salvação e tornar-se um discípulo. Colocam as duas coisas em níveis diferentes da maturidade cristã, presumindo que é aceitável ser salvo sem assumir compromisso com as exigências mais radicais de Jesus como ‘tomar a sua cruz’ e segui-Lo”.

Declarações fortes, não é mesmo? Há muitas outras além dessas. O meu livro está todo sublinhado, já li mais de uma vez porque é um texto tremendamente inspirador. O autor trabalha com discipulado há mais de quarenta e dois anos, ou seja, ela sabe bem do que está falando.

Gostaria de chamar a atenção para um detalhe, este livro não é da CPB e o autor não é um adventista, mas há muito pouca coisa que diverge de nossa doutrina. Quem me indicou foi o meu líder JA (na época o Pr. Fernando Lopes), então não precisam ficar com o pé atrás, basta só desconsiderar as referências à Escola Dominical e coisas do tipo.

Vocês podem encontrar o livro para comprar AQUI. Ele é tão baratinho que dá até para comprar um para cada membro da direção.

1- Éveni

Crítica construtiva?

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Aposto que você já ouviu essa expressão em algum lugar. Acertei? Ela é usada geralmente pelas pessoas mais próximas para amenizar a “paulada” que vem depois. Mas convenhamos, a crítica, mesmo a que leva o nome de construtiva, pode destruir a autoestima de uma pessoa.

Como bem menciona Dale Carnegie em seu famoso livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, “não há meio mais capaz de matar as ambições de um homem do que a crítica dos seus superiores.”

Há várias explicações psicológicas para isso, mas empiricamente posso afirmar que isso ocorre principalmente pela vergonha e pela sensação de fracasso que advém de perceber que não atendemos a expectativa de alguém.

No Clube de Desbravadores trabalhamos com uma das classes mais sensíveis às críticas, as crianças e adolescentes. Por uma ou outra palavra de censura podemos afetar grandemente a autoestima dos nossos meninos e meninas.

Os motivos para crítica são muitos, às vezes é a letra feia, outras um relatório que não está bem escrito ou ainda o uniforme não está bem limpo e passado. Mas antes de abrir a boca para dizer alguma coisa precisamos pensar como aquilo que diremos afetará o desbravador.

Cada ser humano possui uma personalidade distinta. Analisar os traços típicos do seu desbravador vai te ajudar a ter mais tato na hora de falar de alguma coisa que precisa ser corrigida. Por exemplo, uma menina perfeccionista ficará arrasada se for criticada em relação ao seu caderno. Já um menino mais relaxado não estará nem aí se você disser que o uniforme dele está imundo.

É por isso que broncas gerais são uma péssima ideia. Colocar o Clube em forma e fazer com que desbravadores que não merecem escutem um “sermão” junto com aqueles que precisam ser corrigidos magoa uns e não afetam os que realmente estavam precisando ouvir.

Por isso deve-se prestar muita atenção no que se diz e em como se diz. Para os mais sensíveis, a abordagem deve ser em forma de sugestão, ou ainda perguntar a opinião deles sobre o assunto. Geralmente eles já até reconheceram o erro, mas não sabem como melhorar. Sua tarefa então será ensinar e motivar.

E quando o desbravador é mais “difícil”? Ainda assim é necessário ser cuidadoso. Precisamos saber quais são as circunstancias pessoais pelas quais ele está passando. Muitas coisas podem afetar o comportamento da criança ou adolescente (veja quais são algumas delas no Manual Administrativo do Clube de Desbravadores, seção II). E quando alguém está passando por um problema, a última coisa que ele precisa é de críticas. Assim, seja carinhoso mesmo com aqueles que dão muito trabalho.

É necessário ainda ressaltar que esses mesmos cuidados devem ser observados com os adultos também. Se você é diretor, deve prestar muita atenção em como fala com seus conselheiros e associados. A motivação da sua equipe também depende de como você os trata.

Para não ter erro é só pensar em como Jesus tratava as pessoas. Gastar tempo meditando no caráter de Cristo fará com que você também adquira sabedoria e brandura para saber se relacionar bem com os outros.

1- Éveni

5 dicas para uma reunião de pais de sucesso

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Ao contrário do Clube de Aventureiros, onde funciona a rede familiar e os pais/responsáveis são membros ativos do Clube, o Clube de Desbravadores trabalha com a participação indireta deles, com o principal objetivo de que seus garotos e garotas possam se desenvolver plenamente.

Como deve funcionar, então, o vínculo pais/responsáveis e o Clube?

Primeiramente, nenhum desbravador pode participar do Clube sem a expressa autorização do pai/responsável. Ele precisa autorizar que seu filho participe de todas as atividades do ano. Além disso, precisa dar o devido suporte financeiro para que o Clube tenha condições de cumprir com seu calendário. Quanto mais próximo o pai/responsável for do Clube, teremos melhores resultados no trabalho com o seu filho.

Uma das principais maneiras de criarmos esse vínculo com eles é através das reuniões de pais. Não são necessárias muitas ao longo do ano. O importante é ter sempre uma no início do ano, no final do ano e antes dos principais eventos do Clube, como acampamentos e camporis.

No post de hoje, confira algumas dicas do que fazer na primeira reunião de pais do ano:

Apresentar da direção do Clube: Esse é o primeiro contato com o Clube do ano, então, é necessário que os pais conheçam quem está trabalhando com os seus filhos. O diretor deve apresentar-se e apresentar também a sua diretoria e direção.

Explicar o que é o Clube de Desbravadores: Esse momento é destinado aos pais que não são adventistas e que estão conhecendo o Clube neste ano. Não é necessário fazer um TBD para eles, rsrs, e também não devemos demorar nesse ponto, para que os pais que já conhecem o Clube não se sintam entediados. Eles precisam ter apenas uma visão geral do Clube. Uma boa opção e passar o DVD Viva essa Aventura, pois é curtinho, super explicativo e empolgante!

Descrever os objetivos do Clube local: Os pais devem saber quais são os objetivos que o Clube vai trabalhar no ano, como, por exemplo, desenvolver habilidades campestres; aprender mais sobre a natureza; ter projetos comunitários fixos e ativos; etc.

Discutir o calendário anual e o orçamento: Esse é o momento em que o diretor vai apresentar quais são as atividades que os desbravadores vão participar durante o ano (camporis, feiras, acampamentos internos, exploração de cavernas, caminhadas, etc.). Eles devem estar cientes da data, local, atividades que serão realizadas. Além disso, é o momento ideal para se trabalhar também o orçamento, para que todos saibam quanto será necessário investir no ano e se programarem.

Mostrar a disponibilidade do Clube: O pai/responsável deve sentir que o Clube de Desbravadores é um parceiro na educação do seu filho, por isso, ele deve sentir que o Clube está à disposição para ajudá-lo no que for necessário nessa tarefa.

Para que sua reunião fique mais organizada e os pais já notem que o Clube é uma instituição séria, entregue a cada um uma pauta dos assuntos que serão discutidos e também uma cópia do calendário anual e do orçamento individual. Esteja à disposição para tirar dúvidas e fazer atendimento individualizado no final da reunião, para os pais que desejarem.

1- Alberto

Afinal, pra que servem as especialidades?

Faixa de especialidades cheiaPra que serve estudar e cumprir uma série de requisitos sobre um determinado tema? Por que temos um manual com 475 assuntos diferentes para estudar? O que representa uma faixa cheia de insígnias? Responder a essas perguntas é fundamental para que o Clube de Desbravadores continue a ser um programa relevante. A finalidade desse post é iniciar uma reflexão sobre o assunto e, quem sabe, até um debate.

Antigamente se tinha a ideia de que a especialidade era para tornar o desbravador um especialista em determinado assunto. Isso geralmente trazia um certo peso para o processo de cumprimento dos requisitos. Alguns regionais eram extremamente rígidos e não aceitavam nada menos que a perfeição dos desbravadores.

Ainda bem que essa filosofia está superada, hoje a tese mais aceita é que a especialidade é um meio para despertar no desbravador o desejo pelo conhecimento. Concordamos plenamente com essa ideia! Todavia, a partir desta premissa, alguns líderes têm tomado certas atitudes que tem desvirtuado este programa basilar do Clube de Desbravadores.

Se a especialidade é para despertar o interesse do desbravador, então não é necessário cumprir todos os requisitos, basta dar uma noção geral e pronto! entrega a insígnia para o menino. Com isso multiplicam-se as faixas carregadas de insígnias e o líder acha que está fazendo um excelente trabalho.

Infelizmente esse comportamento tem se alastrado. Tanto que até algumas Associações vem apoiando esse modo de pensar promovendo festivais de especialidades onde os desbravadores têm uma aula de 2 horas, cumpre um ou outro requisito com aquela qualidade e recebe a insígnia.

Este método de “ensinar” uma especialidade tira todo o brilho da conquista da insígnia. Tudo que se consegue com demasiada facilidade acaba perdendo o valor. Com isso, conquistar uma insígnia passa a não significar nada mais que assistir uma aula superficial sobre determinado assunto. Nada mais prejudicial para o programa!

Quando eu era desbravadora, meus pais sempre me ajudavam a fazer especialidades, mas com eles não tinha essa de requisito mal cumprido não. Quando foi necessário aprender a cortar madeira com um machado, meu pai não ficou com dó de ver minha mão cheia de calos. Quanto tive que construir um abrigo, fiz e refiz as amarras tantas vezes até que o abrigo ficou tão firme que eu podia subir na parte de cima dele. Foram três tardes inteiras no meio do mato para a especialidade de Plantas silvestres comestíveis. Tenho muito mais exemplos, mas esses são suficientes.

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Ralar tanto para conseguir uma especialidade me fez ter menos ânimo de fazê-las? Muito pelo contrário! Cada dia eu ficava mais apaixonada por tudo isso e hoje cada insígnia na minha faixa me traz a recordação de bons momentos passados com meus pais ou com o pessoal do Clube.

É para isso que serve uma faixa cheia, para o desbravador olhar e lembrar quanta coisa legal, quantas aventuras ele já viveu! Se não for para isso não adianta nada! Outro dia a diretoria do nosso Clube estava reunida descansando depois do almoço e uma líder comentou de quando levou todas as insígnias do estoque do Clube para casa para fazer o inventário. Ela poderia ter pegado quantas insígnias quisesse, mas ela não o fez. Por quê? Não teria a mínima graça! É isso, receber uma insígnia sem merecer, no fim das contas, não tem a mínima graça!

Depois de muito tempo temos um Manual de Especialidades totalmente reformulado. Uma boa parte do motivo da demora foi pela magnitude do trabalho. Todas as especialidades foram revisadas por profissionais das respectivas áreas. Todos aqueles requisitos muito difíceis de cumprir que não fossem absolutamente necessários para a especialidade foram retirados.

E por que tanto trabalho? Por que existe um manual? Cada especialidade foi desenvolvida com muito cuidado. Procurou-se estabelecer um bom equilíbrio entre teoria e prática para representar desafio na medida certa para caída faixa etária. Tem especialidade para as crianças de 10 anos e tem especialidade que vão representar desafio até para líderes com 20 anos no Clube de Desbravadores. Essa é a graça!

Cumprir uma especialidade significa completar cada um dos seus requisitos. Tem um motivo para ele estar lá! Por isso não se pode simplesmente desconsiderar um requisito e não ensiná-lo ou não exigi-lo. Isso não vai desestimular o desbravador (se você providenciar o meio para que ele possa cumprir), pelo contrário, só vai aumentar a felicidade dele no dia em que ele estiver recebendo a insígnia na frente de toda a Igreja.

Se ater aos comandos do manual não é legalismo ou pragmatismo, é simplesmente valorizar uma das partes mais divertidas do programa dos desbravadores.

AQUI no blog você encontra diversos materiais que vão te auxiliar a ensinar as especialidades de maneira interessante e divertida. Você também pode usar a criatividade e inventar novos meios de ensinar. Pode também buscar na sua região pessoas que entendem do assunto para trazer mais conhecimento.

Se concluir com qualidade cada um dos requisitos de uma especialidade ainda não é seu método de trabalho, faça o teste! Talvez você diminua a quantidade, mas certamente vai aumentar a diversão e a realização de seus desbravadores. Que tipo de memória você que ser para o seu desbravador?

1- Éveni

Cuidado com a ressaca pós-Campori

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Só os fortes entenderão!

Depois de um ano de muita correria e muitos gastos, finalmente chegou o o grande e esperado IV Campori da Divisão Sul-Americana. Mas infelizmente, como diz o ditado, tudo o que é bom acaba logo e agora o Campori é apenas uma ótima lembrança…

Um evento desses é maravilhoso, grandioso, entretanto, se o pós-Campori não for bem administrado, seu Clube pode entrar em uma séria recessão. Isso ocorre, geralmente, porque há uma enorme discrepância entre a magnitude do Campori e os demais eventos a serem desenvolvidos no ano seguinte [isso quando o Campo faz algum evento oficial], sem contar o cansaço da direção do Clube que ralou o ano inteiro para conseguir levar o Clube.

Os efeitos dessa ressaca são uma debandada quase geral na direção e falta de estímulo dos desbravadores. E não pense que isso ocorre só com os Clubes que foram ao Campori. Em menor escala, os Clubes que não tiveram a mesma oportunidade também sofrem com isso.

Caso a direção perca algum membro que quer “tirar férias do Clube”, já há prejuízo para os desbravadores; se perder muitos membros, o enfraquecimento é praticamente inevitável.

Outro fator que mina o ânimo tanto dos desbravadores quanto da direção é a falta de eventos oficiais significativos durante o ano. A maior parte dos Campos não realizará nenhuma atividade para os desbravadores este ano.

O que fazer frente a essa situação?

Primeiramente, direção de joelhos no chão todos os dias, pedindo para Deus forças, ânimo e sabedoria para trabalhar com os desbravadores este ano. Uma sugestão é realizar alguns jejuns até o início das atividades, para uma consagração maior a Deus. O pr. Udolcy jejuou vários dias pelo Campori, vamos copiar a receita!

Com a devida consagração, o Clube deve se fortalecer nos seus principais pilares, no programa do Clube – classes, especialidades, cantinho da unidade, ordem unida, classe bíblica. O foco deve ser o aprimoramento da qualidade. O objetivo maior é maquinar como fazer com que o programa do Clube seja mais atrativo e realmente ensine conhecimentos/habilidades úteis/importantes para o desbravador. Reúna sua equipe, faça seu planejamento estratégico e veja quais ações serão adotadas para se alcançar os resultados desejados.

Conseguir novos desbravadores também é uma excelente opção, afinal, para eles tudo é novidade e o fato de não ter participado do Campori, ouvindo apenas as histórias, os fará ter ainda mais ânimo em ser do Clube para poder participar do próximo!

Por fim, seu Clube deve oferecer ótimos eventos aos desbravadores. Precisa de, pelo menos, dois ótimos acampamentos, bem planejados, equilibrados entre áreas física, mental e espiritual, com um ótimo programa em um local agradável. Os preparativos devem ser feitos com muita antecedência, para não ser apenas mais um. Além disso, caminhadas, trilhas, passeios em parques/zoológico, excursões são boas opções para se costurar o planejamento de 2014 de forma a fechá-lo com êxito!

Tem alguma sugestão que você já testou no seu Clube e funcionou? Deixe aqui seu comentário!

1- Éveni1- Alberto

Correndo contra o tempo

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Tik tak, tik tak, tik tak, tik tak, tik tak, tik tak, tik “frum”… NOSSA LÁ SE FOI O “TAK”, nem consegui perceber e ele já passou. Esta velocidade vertiginosa que vivemos acaba nos deixando desorientados. Quando eu acordo pela manhã é segunda-feira, quando chego em casa novamente percebo que já estamos na sexta. O dia, no lugar de 24hs, parece que tem apenas 12hs; a semana de 7 dias parece que se resumiu a 3; quando você olha para o calendário é janeiro e quando olhamos novamente já é natal!

Com o passar dos anos, tenho a estranha sensação que o tempo anda cada vez mais rápido. Sabemos que nada mudou em relação à quantidade de horas do dia, ou de dias da semana, o que realmente mudou foi nosso jeito frenético de viver a vida, nos envolvemos com tantas coisas. Somos bombardeados por uma série de informações a todo tempo, que não damos conta de fazer tudo que queremos dentro dos prazos que temos. Nunca a palavra planejamento fez tanto sentido na minha vida como nos últimos dias.

Nós que trabalhamos dentro do Clube de Desbravadores sabemos o quando a falta de tempo nos prejudica em conseguir o êxito nas atividades que desejamos cumprir. O final do ano está chegando e geralmente neste momento os Clubes começam a correr para tentar fazer o desbravador terminar o cartão, conseguir aplicar mais alguma especialidade, realizar mais um último projeto antes que o ano termine.

Justamente por estamos na reta final de nossas atividades do ano é que precisamos focar no que é realmente importante e traçar uma estratégia final para alcançar os objetivos. Se você, assim como eu, também está correndo para conseguir preparar tudo para o próximo campori da DSA, este tempo parece que anda ainda mais escasso.

Vamos então tentar promover algumas dicas que podem te ajudar nesta reta final:

  • Sobre as classes, reúna seus instrutores e os oriente a fazerem uma análise do cartão de cada desbravador. Veja o que é preciso ser feito para eles concluírem os requisitos. Cobrem do desbravador os relatórios que não tenham concluído e as leituras que ele ainda não fez. Após fazer o levantamento do que ainda precisa ser feito, veja aquilo que é comum para todas as classes e o que é particular de cada desbravador. Aborde os temas comuns com grupos maiores [classes mais próximas, de idades compatíveis] e os particulares individualmente [você precisará marcar com este desbravador outro momento para ajudá-lo].

Uma boa dica para os instrutores é fazer um “plantão do cartão”. Como funciona? Você pode pegar sua classe e organizar um final de semana da classe. Comece reunindo a classe no sábado à tarde e desenvolva as partes bíblicas do cartão que ainda estão pendentes. À noite, organize uma “noite do relato”, que pode sim ter alguns momentos de recreação, mas lembre à classe que este momento é focado em cumprir atividades do cartão. Se sua classe ainda precisa fazer um pernoite, tente organizar nesta noite especial (lembrando que para estas atividades é preciso ter autorização da diretoria do Clube). No domingo, após a reunião, também é um bom momento para você adiantar as pendências.

  • Se ainda existem projetos a serem realizados, como visita a asilos, orfanatos, projetos missionários, comunitários ou sociais, veja as datas disponíveis e tente, quem sabe, fazer dois projetos no mesmo dia, você pode, por exemplo, visitar um orfanato e ali já fazer a limpeza ou restauração de uma parede, sala… assim cumprirá dois projetos em uma mesma oportunidade.

Este é um momento de muito foco e planejamento (mas não perca muito tempo com o planejamento, esquecendo-se de agir!). Não tente agora fazer projetos grandiosos que você não conseguiu realizar ao longo do ano, veja o que é fundamental, necessário, desejável e dispensável. Coloque o que será preciso para fazer estas atividades, o prazo final de cada uma e o responsável. Abaixo apresento um modelo de uma planilha que pode lhe ajudar a organizar as tarefas.

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Como puderam observar na tabela, aquelas atividades que são consideradas dispensáveis nós já eliminamos de nossa agenda porque o tempo não permite realizar. Não gaste tempo naquilo que te rouba o tempo do que realmente é importante. Note na tabela que o que for desejável, caso o tempo, recursos e oportunidades permitam, pode ser executado, desde que não comprometa o que é fundamental e necessário.

O tempo é implacável muitas vezes quando as questões são prazos, precisamos ter muita disciplina e determinação para não desistir agora nesta reta final. Mas não realize as atividades de qualquer forma apenas porque você está meio sem tempo, lembre-se que como Clube de Desbravadores lutamos sempre pela Excelência, então não seja negligente com as suas obrigações e responsabilidades.

Sucesso para nós e vamos avante porque o tempo é curto!

1- Paulo

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