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Termorregulação em colmeias de abelhas

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Abelhas são insetos incríveis. Já falamos aqui no blog do maravilhoso funcionamento de sua visão e de seu “sistema de GPS” que as ajuda na escolha dos caminhos mais curtos. Hoje vamos falar sobre a termorregulação em colmeias, um assunto interessantíssimo, tema de artigos e teses acadêmicos. [Os grifos e os comentários entre colchetes são meus].

Independentemente da temperatura externa, a área de cria da colmeia é mantida entre 34 e 35º C, temperatura ideal para o desenvolvimento das crias. A ocorrência de temperaturas fora dessa faixa pode provocar aumento da mortalidade na colônia e as operárias que emergirem podem apresentar defeitos físicos nas asas ou outras partes do corpo.

Para baixar a temperatura da colmeia, as abelhas do interior da colônia se distanciam dos favos e se aglomeram do lado de fora da caixa. Algumas operárias ficam posicionadas na entrada do ninho, movimentando suas asas de forma a direcionar uma corrente de ar para o interior da colmeia. Essa corrente de ar, além de esfriar a colmeia, auxilia na evaporação da umidade do néctar, transformando-o em mel.

No interior da caixa, outras operárias estão batendo as asas, ajudando na circulação da corrente de ar. Se houver duas entradas na colmeia, o ar é aspirado por uma entrada e expelido pela outra; caso contrário, usa-se parte da entrada para aspirar e outra parte para expelir.

Se a temperatura do ar estiver muito alta, as operárias coletam água e espalham pequenas gotas pela colmeia e/ou regurgitam pequena quantidade de água abaixo da língua, que será evaporada pela corrente de ar, auxiliando no resfriamento da colônia. A umidade evaporada do néctar também se presta a esse fim.

A umidade relativa da colmeia é mantida por volta dos 40%. Se essa porcentagem aumentar muito com a evaporação do néctar, as operárias imediatamente provocarão uma corrente de ar para o interior da colmeia, na tentativa de diminuir a umidade.

Em períodos frios, para aumentar a temperatura do interior do ninho, as abelhas se aglomeram em “cachos”. Se a temperatura continuar caindo, as operárias aumentam sua taxa de metabolismo, provocando vibrações dos músculos torácicos, gerando calor. Ocorre também uma troca de posição: abelhas que estão no centro do cacho vão para as extremidades e vice-versa.

Fonte: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/organizacao.htm#f

Duas coisas me impressionaram bastante nesse texto. A primeira delas foi a curta faixa de temperatura ideal para o desenvolvimento das crias na colmeia, 1°C é uma variação muito pequena. A segunda coisa que me chamou a atenção foi o quão complexo é a regulação térmica da colmeia, são muitas variáveis envolvidas por trás desse mecanismo. Se não houvesse essa termorregulação, a prole da colmeia estaria comprometida, quer seja pela morte direta quer seja pela má-formação (morte indireta). Expandindo esse raciocínio de uma colmeia para todas a colmeias, a sobrevivência de todas as espécies de abelhas estaria comprometida. Sendo assim, esse mecanismo precisa ter “surgido” no momento em que “surgiram” as abelhas.

1- Mateus

Curso de Introdução ao Criacionismo

Criação

“Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso?” Jó 12:7-9

Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.
Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz.
Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.
Salmos 19:1-4

Deus nos convida a conhecê-lo cada dia mais. E a Bíblia é o principal meio para isso. Mas em segundo lugar e que não deve ser de forma alguma negligenciado está o estudo da natureza. A criação testifica do amor, do poder e da inteligência de Deus.

E uma forma de conhecer mais a Deus por meio do estudo da natureza é o criacionismo, que pode ser definido como uma corrente de estudos interdisciplinares que procura explicar a origem da vida e do Universo, com semelhanças e diferenças em relação às teorias evolucionista e design inteligente.

Se você tem interesse pelo criacionismo, mas não tem familiaridade com o tema (ou mesmo se tem, mas deseja revisar conceitos que já aprendeu), não perca esta oportunidade e faça já sua inscrição para o I Curso à Distância “Introdução ao Criacionismo”, promovido pela SCB.

O curso terá início no dia 22 de fevereiro de 2016 e as inscrições serão encerradas no dia 15 de fevereiro, impreterivelmente.

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O livro texto adotado pelo curso será: “Criacionismo Bíblico – Súmula dos Principais Fundamentos Teológicos e Científicos”, de Autoria de Jónatas E. M. Machado, publicado pela SCB.

As inscrições estão abertas em duas modalidades: sem recebimento do livro texto (R$50,00) ou com recebimento do livro texto (R$70,00). Para os que optarem pela segunda opção, o livro poderá ser retirado no dia 05/03/2016 (sábado), após às 18h30, no local do XIX Seminário Filosofia das Origens, em Curitiba, ou encaminhado por via postal ao endereço constante da inscrição efetuada.  O livro também será disponibilizado eletronicamente no curso.

O curso será dividido em cinco módulos, que agruparão capítulos do livro e tratarão de tópicos relacionados com ciência e fé, criacionismo bíblico e evolucionismo, uniformismo e catastrofismo, origem e sintonia do universo, informação, origem da vida e evolução das espécies.

Ao final de cada módulo, para fixação dos conceitos, haverão exercícios, jogos e outras atividades. Também estarão disponíveis artigos para download.

Clique aqui para fazer sua inscrição no curso.

Para mais informações sobre o curso:

  • Telefone: (61) 3468-3892 – segunda a sexta de 14h às 17h
  • e-mail: scb@scb.org.br

1- Mateus

A Criação, a Terra é testemunha

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A criação do mundo é uma crença fundamental base para várias outras verdades bíblicas. Dela dependem a verdade do sábado, do casamento, da natureza do homem, etc. Acreditar na criação literal em 6 dias, com descanso no 7º, é um marco dos adventistas em relação aos outros cristãos. Por esse motivo, esse assunto precisa ser muito bem trabalhado com as crianças dos nossos Clubes.

Como já vimos aqui no nosso Cantinho, no post Dário da criação, para a classe de Companheiro, recursos audiovisuais são excelentes meios para assimilarmos melhor uma mensagem. Naquele post, apresentamos um vídeo do capítulo 1 de Gênesis, com a narração de Cid Moreira.

Algum tempo atrás encontrei outro vídeo muito bom, produzido pela Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. É um vídeo mais longo que o do post anterior e mais cheio de detalhes, mas pela sua excelente produção e pela ótima escolha de imagens e trilha sonora, você nem vê o tempo passando! Uma coisa que pode ser uma desvantagem é que a narração do vídeo é em inglês, apesar de ter legenda em português, mas como é um texto bem conhecido, e não são muitas falas, é de fácil compreensão para todos. Outra coisa que achei bastante interessante foi a abordagem em relação à narração: o narrador é uma pessoa interpretando Moisés, o autor do relato da Criação, contando a história pra uma criança.

Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.
Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz.
Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.
Salmos 19:1-4

1- Mateus

Cientistas encontram evidências de uma enorme reserva de água no centro da Terra

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Pesquisador com a amostra obtida em solo brasileiro (Foto: divulgação – Universidade de Alberta, Richard Siemens).

Uma pesquisa publicada na Nature sugere que a Terra tem uma reserva secreta de água. De acordo com cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, a descoberta de um mineral raro, que nunca foi encontrado em estado natural antes, indica que há enormes quantidades de água dentro do manto terrestre – em um local chamado de “zona de transição”, localizado entre a camada inferior e superior do manto.

As conclusões vieram após o estudo de um mineral de apenas 3 milímetros e 0,09 gramas encontrado em 2008, na cidade de Juína, no Mato Grosso. Um pequeno ponto da amostra revelou ser feita de ringwoodite, a rocha é uma espécie rara de olivina, que havia sido obtida anteriormente apenas em meteoritos. Desde a sua descoberta em solo brasileiro, a amostra estava passando por análises que determinaram que ele era, sim, proveniente da Terra e não do espaço.

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Um close na amostra (Foto: divulgação – Universidade de Alberta, Richard Siemens).

Os pesquisadores afirmam que essa rocha é capaz de conter água. Como ela, provavelmente, foi expelida para a superfície por atividade vulcânica, seria um indicativo de que o interior da Terra teria reservas maiores dessa rocha – e, consequentemente, de água. No entanto, vale notar que a água não estaria em estado líquido e, sim, seria contida nesse mineral.

Mas se não podemos consumir (pelo menos não imediatamente) a água, qual seria a vantagem da descoberta? Basicamente, seria possível entender melhor o funcionamento do planeta e de suas placas tectônicas, levando em consideração que há água em seu interior. “A presença de água em seu interior muda profundamente a nossa compreensão do planeta”, declarou o cientista Graham Pearson, que conduziu a pesquisa.

Fonte: Revista Galileu

Mais uma descoberta da ciência que vai ao encontro do que a Bíblia nos ensina:

“E depois dos sete dias, as águas do Dilúvio vieram sobre a terra. No dia em que Noé completou seiscentos anos, um mês e dezessete dias, nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jorraram, e as comportas do céu se abriram” (Gênesis 7:10-11).

1- Mateus

Os magníficos pombos de Darwin

[Comentários entre colchetes e grifos são meus.]

Charles Darwin viu a [micro]evolução nos pombos. O princípio-chave da teoria da evolução de Charles Darwin é a seleção natural, isto é, a modificação de seres vivos ao longo de inúmeras gerações de acordo com a capacidade de se adaptar ao seu ambiente. Uma gazela lenta é devorada pelo leão que, ao matá-la, não permite que seus genes “lentos” passem adiante. Apenas as gazelas mais rápidas conseguem se reproduzir e as mais lentas são extintas. O mesmo ocorre com leões lentos e fracos: não conseguem propagar seus genes.

Em busca de confirmações Darwin compreendeu que a seleção artificial funciona de maneira semelhante, mas ao invés das características serem escolhidas naturalmente pela capacidade do animal sobreviver e se reproduzir são escolhidas por humanos que querem ver animais exóticos, com aparências curiosas. Darwin juntou-se ao clube de criadores de pombas da região onde morava, era o único nobre a participar da atividade. Mas obviamente não se interessava especialmente em pombos bonitos, mas nas evidências que a seleção artificial poderia agregar a sua teoria.

Junto com os criadores aprendeu que em algumas gerações um criador de pombos poderia selecionar qualquer característica física que desejasse: um bico curto ou pescoço longo ou penas encaracoladas. Basta reproduzir aves que exibem a característica desejada com outra semelhante, sempre selecionando os filhotes que tivessem estas características mais acentuadas. Repetindo o processo durante algumas gerações é possível chegar a resultados encantadores como os que você vê a aqui.

[tribulant_slideshow post_id=”4649″]

Darwin dissecou centenas, senão milhares destes pombos para explorar os processos por trás da seleção natural. Durante sua viagem ao redor do mundo ele conseguiu observar claramente que as espécies se modificam, mas não conseguia explicar como. Então ele usou as pombas para experimentar como as características podem ser herdadas pelas gerações seguintes e como os criadores usavam isto para manipular as espécies ao longo do tempo.

É incrível observar como todos estes pombos são, em realidade, variações de uma única espécie de pombo doméstico. Transportando essa noção para a seleção natural, ao longo de tempo e gerações suficientes é fácil de entender como uma espécie se transforma em outra de maneira muito gradual e lentamente [o difícil é aceitar como fato uma extrapolação como essa sem nenhuma comprovação]. A diferença é que na seleção natural é o ambiente que seleciona as características físicas.

É a velha piada darwiniana que todos conhecemos: quando você está passeando pelo zoológico com um amigo e um urso foge vocês começam a correr. Seu amigo diz: “nós não conseguimos correr mais rápido do que um urso” e você responde que não precisa ser mais rápido do que o urso, mas apenas mais rápido do que seu amigo. Se o seu amigo tem alguma característica indesejada para este ambiente, como obesidade, por exemplo, a tendência é que suas características desapareçam do acervo genético. Do contrário pode ser você que vire lanche de urso.

Estas fotos são do britânico Richard Bailey e retratam animais criados especialmente para exposições, feiras e exibições.

Fonte: Hypescience

O que Darwin observou nos pombos, tal qual ele observou nos tentilhões, são evidências que dão suporte à seleção natural, que é um fato. Mas a comprovação da seleção natural não implica em comprovação da macroevolução, só confirma que ocorre microevolução, ou “diversificação de baixo nível”, como define o biólogo James Gibson. Microevolução não é macroevolução. Assim como os tentilhões não se transformaram em outro tipo de ave, assim como os pombos domésticos de Darwin, por mais exóticos que tenham se tornado, continuam sendo pombos domésticos, ainda por cima da mesma espécie.

1- Mateus

Lagartos-de-chifres espirram sangue nos olhos como defesa contra predadores

Lagarto de chifres usa o sangue como defesa – Foto Reprodução do vídeo de Nat Geo Wild (veja no final do post)

Lagarto de chifres usa o sangue como defesa – Foto: Reprodução do vídeo de Nat Geo Wild (veja no final do post)

Se algum dia você encontrar um lagarto do gênero Phrynosoma, tome cuidado! O bicho tem sangue nos olhos! Conhecidos como horned lizards (lagartos de chifres na tradução literal do inglês) algumas espécies conseguem esguichar o próprio sangue pelos olhos e acertar qualquer coisa que tente ameaçá-los.

Formigas constituem o prato principal dos lagartos de chifres, e os animais precisam de mais ou menos 200 insetos para saciar o apetite. Consumir essa quantidade demanda esforço e tempo. Ele tem que ficar exposto em campo aberto por um longo período para pegar suas presas. Suas cores pasteis o ajudam a se camuflar nas areias dos deserto, seu habitat natural, mas ele precisa se movimentar em busca do alimento, o que denuncia a sua presença. Porém, existe uma segunda linha de defesa contra predadores.

Os lagartos de chifres receberam seu nome devido às escamas em forma de espinhos que possuem. Eles podem perfurar o estômago de cobras, que precisam engolir o alimento inteiro. Mas a armadura não é impenetrável, a barriga do lagarto é mole e pode ser cortada por dentes ou bicos afiados.

No entanto, alguns agressores não são intimidados facilmente – seus maiores predadores são coiotes, raposas e cães domésticos –, os lagartos inflam o corpo para parecerem maiores e começam a sibilar. Se isso não for suficiente entra em ação a arma secreta: eles aumentam a pressão sanguínea na cabeça, rompem os vasos ao redor do globo ocular e esguicham o próprio sangue pelos olhos na direção da boca do predador.

Lagartos do gênero Phrynosoma são conhecidos como horned lizard (lagarto de chifres na tradução literal do inglês). Foto - Tom Tietz-iStock-Thinkstock

Lagartos do gênero Phrynosoma são conhecidos como horned lizard (lagarto de chifres na tradução literal do inglês). Foto: Tom Tietz/iStock/Thinkstock

O sangue possui uma substância que não é agradável ao paladar de canídeos, que preferem procurar por uma refeição mais saborosa.

Veja o vídeo que mostra o processo:

Fontes: National Geographic Brasil

Nesse sistema, todas as engrenagens (sangue com substância com gosto desagradável + aumento da pressão sanguínea rompendo vasos no lugar certo + pontaria certeira) teriam que funcionar bem desde a primeira vez, caso contrário o primeiro lagarto-de-chifre que tentasse não teria vivido pra contar história. Parece mais provável esses fatores acontecerem ao mesmo tempo por serem projetados assim ou por um processo lento e gradual? Eu escolho a primeira alternativa.

1- Mateus

Grand Canyon não é tão antigo quanto se pensava, diz estudo

Toroweap PointO Grand Canyon é mais jovem do que se pensava: ele só tem entre 5 e 6 milhões de anos, de acordo com um estudo publicado esta semana na revista “Nature Geoscience”. Estimativas anteriores chegaram a estabelecer que o cânion, que fica no sudoeste dos Estados Unidos, havia se formado há 70 milhões de anos.

Segundo o pesquisador Karl Karlstrom, da Universidade do Novo México, o estudo demonstra que existem alguns segmentos de rocha mais antigos ao longo do Grand Canyon, mas que a formação como a conhecemos hoje é recente.

“O que é diferente aqui, eu acho, é que nós finalmente temos uma descrição do Grand Canyon que faz juz a todos os dados coletados”, disse Karlston à BBC.

O cânion tem um comprimento de 450 quilômetros e uma profundidade de 1.800 metros. Cerca de 5 milhões de turistas visitam o local a cada ano. Toda essa vastidão é um dos desafios para pesquisadores que estudam o local, já que é preciso coletar material de vários pontos da formação.

Nesse estudo, os cientistas usaram o método de termocronologia para obter a datação. A técnica permite descobrir a época em que as rochas foram trazidas à superfície da terra devido à remoção das camadas de rocha mais superficiais pela erosão.

A medida foi feita em quatro segmentos ao longo do cânion. Apesar de os pesquisadores terem encontrado alguns segmentos mais antigos, a conclusão é de que o Grand Canyon tornou-se o gigante que conhecemos hoje quando todos os segmentos menores de cânion  se uniram devido à eroção do Rio Colorado, o que ocorreu em um período mais recente.

Fonte: G1 – Ciência e Saúde

54 – 55 milhões de anos é uma grande diferença entre dois métodos de datação. Nada garante que daqui algum tempo esse método seja considerado ultrapassado, inadequado ou incorreto e uma nova “idade” para o Grand Canyon seja estabelecida. Quem sabe no futuro se admita que o formador desse cânion não foi o rio Colorado ou um “rio ancestral”, mas uma grande catástrofe hídrica?

1- Mateus

Concha de moluscos inspira a criação de vidro super-resistente

bioinspired_glassIntrigados com a dureza das conchas dos moluscos, que são compostas de minerais frágeis, porém são muito resistentes, engenheiros encontraram inspiração em sua estrutura para produzir um vidro 200 vezes mais forte do que uma vidraça padrão.

Segundo estudo publicado nesta terça-feira (28) na revista Nature Communications, ao contrário do que se possa pensar, o vidro é fortalecido com a introdução de uma rede de fendas microscópicas.

Uma equipe de cientistas da Universidade McGill, em Montreal, inciou suas pesquisas com um estudo detalhado sobre materiais naturais como as conchas dos moluscos, ossos e unhas, que são assombrosamente resilientes apesar de feitas de minerais frágeis.

O segredo consiste no fato de que os minerais se encaixam em uma unidade maior e mais forte. A junção significa que a concha contém minúsculas ranhuras denominadas interfaces. Externamente, isto pode parecer uma fraqueza, mas na prática é um defletor habilidoso da pressão externa.

Para dar um exemplo, a concha interna e brilhante de alguns moluscos, conhecida como nácar ou madrepérola, é cerca de 3 mil vezes mais dura do que os minerais de que é feita.

“Fazer um material mais duro introduzindo interfaces fracas pode parecer um contrassenso, mas parece ser uma estratégia universal e poderosa em materiais naturais”, destacou o artigo.

Usando o que aprendeu, a equipe utilizou um laser tridimensional para esculpir fissuras microscópicas em lâminas de vidro, as preencheram com um polímero e descobriram que isso a deixou 200 vezes mais dura.

O vidro seria capaz de absorver melhor os impactos, cedendo e curvando-se suavemente em vez de se estilhaçar.

“Um recipiente feito de vidro padrão quebraria e se estilhaçaria se o deixassem cair no chão. Ao contrário, se feito com nosso vidro bio-inspirado, ele tem a possibilidade de se deformar um pouco, sem se quebrar completamente”, disse à AFP François Barthelat, co-autor do estudo.

“O recipiente poderia, assim, ser usado novamente após uma ou algumas quedas”, prosseguiu. O vidro entalhado pode “se esticar” quase 5% antes de trincar, em comparação com uma capacidade de apenas 0,1% do vidro padrão.

Um vidro mais forte pode ser usado em janelas à prova de bala, óculos e até mesmo telas de smartphones.

O vidro é funcional por causa de sua transparência, dureza, resistência a produtos químicos e durabilidade, mas a principal desvantagem é sua fragilidade. O novo método para lidar com esta fraqueza é “muito econômico”, segundo Barthelat.

“Tudo o que se precisa é um feixe de laser pulsado, que pode ser direcionado precisamente para alguns pontos pré-determinados”, prosseguiu. “Nossa técnica de entalhamento com laser 3D pode facilmente ser aumentada e aplicada em componentes maiores e mais espessos, de formatos diferentes”, continuou.

Tentativas anteriores de copiar a estrutura robusta das conchas do molusco tinham se concentrado em criar novos materiais, ao juntar minúsculos “blocos de montar”, como a construção de um muro microscópico.

“Nossa ideia foi atacar o problema de um novo ângulo: começar com um bloco maior de material sem microestrutura inicial e esculpir interfaces mais frágeis nele”, disse Barthelat.

Fonte: G1 Ciência e Saúde

Os avanços tecnológicos precisam de alguém por trás, demandam tempo e dinheiro, quase sempre se utilizam de um modelo existente na natureza. Mas os pesquisadores continuam afirmando que esses modelos, que são muito superiores aos materiais desenvolvidos com bastante trabalho, surgiram sem que haja um Projetista por trás.

1- Mateus

Andorinhas podem estar evoluindo para evitar carros

Andorinha-de-dorso-acanelado (1)[Comentários entre colchetes e grifos são meus.] Andorinhas-de-dorso-acanelado que constroem seus ninhos próximos a estradas desenvolveram asas mais curtas e mais manobráveis, o que pode tê-las ajudado a fazer desvios rápidos de carros em sentido contrário, de acordo com o estudo Where has all the road kill gone? [Para onde foram todas as mortes por atropelamento?, em tradução livre], publicado na revista Current Biology.

Os autores do estudo descobriram a tendência após perceber que o número de aves mortas por veículos havia diminuído ao longo das últimas três décadas. Eles sugeriram que as duas descobertas fornecem evidências de adaptação relacionadas a estradas.

“Eu não estou dizendo que é tudo por causa do comprimento das asas”, diz Charles Brown, um biólogo da Universidade de Tulsa, em Oklahoma, e um dos autores do estudo. Mas ele diz que o encurtamento apoia a ideia de que as aves estão se adaptando a ambientes perturbados, assim como outros organismo presumivelmente estão.

Juntamente com Mary Bomberger Brown, uma ornitologista na Universidade de Nebraska – Lincoln, Brown rastreou populações de andorinhas-de-dorso-acanelado que vivem próximas a estradas no oeste de Nebraska por 30 anos, sobretudo para estudar os hábitos comportamentais dentro de suas colônias.

Andorinha-de-dorso-acanelado (3)Esses pássaros invernam na América do Sul, mas se reproduzem na América do Norte, em colônias com mais de 12.000 adultos. Eles geralmente constroem seus ninhos cônicos feitos de barro dentro das laterais dos penhascos, mas também passaram a viver debaixo de pontes e viadutos.

Enquanto os dois pesquisadores verificavam as colônias próximas a estradas, Brown, taxidermista amador, coletou andorinhas mortas para empalhar – reunindo 104 adultos mortos por veículos e 134 adultos mortos acidentalmente em redes utilizadas para o estudo. Quando ele e Bomberger Brown notaram uma queda no número anual de atropelamentos – mesmo com o aumento da população geral – eles compararam as medidas dos dois grupos de aves empalhadas.

A equipe descobriu que as aves mortas por veículos tinhas asas mais longas que as aves que morreram em redes e que enquanto o tamanho das asas das aves que morreram atropeladas havia aumentado, o tamanho das asas daquelas mortas pelas redes – que representam a população geral – tinha diminuído.

Brown diz que existe evidência de que asas mais curtas tornam os animais mais ágeis: “eles podem fazer curvas em 90° mais rapidamente”, ele diz. Isso poderia ajudar as aves a evitar o tráfego quando saem ou entram em seus ninhos, ou quando levantam voo do chão, explica Brown. Isso por sua vez permite que elas sobrevivam e produzam mais descendentes de asas curtas.

Os pesquisadores tentaram descartar outros fatores que poderiam ter explicado a diminuição dos atropelamentos – incluindo mudança nos métodos de encontrar os animais, padrões de tráfego, predadores, doenças e animais carniceiros – mas reconhecem que isso pode ter sido causado por mudanças de comportamento, tais como as aves aprendendo a evitar os carros.

O taxidermista Johannes Erritzoe, da House of Birdresearch, em Christiansfeld – Dinamarca, também notou uma diminuição no número de atropelamentos de aves pela Dinamarca, e suspeita de seleção natural. Embora ele ainda não tenha medido o tamanho das asas, diz que pretende fazê-lo.

É difícil provar definitivamente que os animais estão se adaptando a vida em torno das estradas, diz o ecologista comportamental Colleen St. Clair, da Universidade de Alberta, em Edmonton, Canadá. Mas ela diz que “esta é a melhor demonstração de que eles têm essa capacidade”.

Fonte: Nature

As andorinhas-de-dorso-acanelado estão se adaptando ao ambiente em que estão vivendo. As aves mais adaptadas estão sobrevivendo e gerando mais descendentes, enquanto as menos adaptadas estão morrendo. Aves com asas curtas vão transmitir aos seus descendentes genes de asas curtas, então menos descendentes terão asas longas. Se um dia as asas curtas se tornassem prejudiciais, aconteceria o mesmo processo descrito acima, porém selecionando aves com asas mais longas. As evidências apresentadas pelo estudo dão suporte à seleção natural, que é um fato. Mas a seleção natural não é capaz de explicar a “macroevolução”, tão defendida pelos darwinistas, mas que não possui outras evidências além da “microevolução”.

1- Mateus

Fotossíntese utiliza física quântica

A vida animal e humana depende, direta ou indiretamente, da vida vegetal. E toda a vida vegetal depende de máquinas bioquímicas extraordinariamente precisas que capturam e convertem a energia luminosa em energia que as células vivas podem usar. Pesquisadores do Laboratório Nacional Argonne, em Illinois, estão utilizando espectroscopia ultra-rápida para descobrir exatamente como esses sistemas trabalham. Sua descoberta mais recente os deixaram perplexos sobre a recente complexidade da fotossíntese em bactérias púrpuras. Acontece que as máquinas de fotossíntese são de uma tecnologia tão avançada que aproveitam a natureza quântica da luz.

Diagrama de estruturas coletoras de luz, cada uma com mais de uma dúzia de moléculas de clorofila suspensas em arranjos circulares, encontradas bactérias púrpuras fotossintetizantes. A luz incidente é capturada em coerência quântica. Áreas abaixo da ilustração da lente de aumento mostram detalhes internos. Créditos da imagem: Copyright © 2012 American Chemical Society. Adaptada para uso de acordo com a lei de direitos autorais (doutrina de uso justo). Uso pelo Cantinho da Unidade não implica em aprovação pelos detentores dos direitos autorais.

Diagrama de estruturas coletoras de luz, cada uma com mais de uma dúzia de moléculas de clorofila suspensas em arranjos circulares, encontradas bactérias púrpuras fotossintetizantes. A luz incidente é capturada em coerência quântica. Áreas abaixo da ilustração da lente de aumento mostram detalhes internos.
Créditos da imagem: Copyright © 2012 American Chemical Society. Adaptada para uso de acordo com a lei de direitos autorais (doutrina de uso justo). Uso pelo Cantinho da Unidade não implica em aprovação pelos detentores dos direitos autorais.

Os pesquisadores primeiramente resfriaram as bactérias fotossintéticas a  -150ºC para que as interações super rápidas dos fótons e elétrons no interior dos complexos de proteínas coletoras de luz da bactéria ocorressem lentas o suficiente para investigar mais detalhadamente.

Eles emitiram um comprimento de onda de luz sobre as moléculas de pigmento específicos dentro dos complexos de proteínas coletoras bioquímicas de luz. Cada complexo contém vários pigmentos em modalidades específicas. “Os cientistas de Argonne disseram algo que ninguém havia observado anteriormente: um único fóton pareceu excitar diferentes cromóforos (pigmentos) simultaneamente”, de acordo com uma reportagem do Laboratório Nacional Argonne.

Isso corresponde com estranhas observações de “coerência quântica” da luz [ou superposição quântica], onde uma única partícula se movendo rapidamente aparece em dois lugares ao mesmo tempo. A bioquímica bacteriana explora essa propriedade da luz enquanto a coleta, mas como? Os pesquisadores escreveram no Preceedings of the National Academy of Sciences que a captura da luz em sua coerência quântica era “provavelmente devido a ligação eletrônica entre o cofator [pigmento]”, e as proteínas precisamente posicionadas para especificar o acoplamento.

Como aquelas algas de pouca luz, os complexos coletores de luz das bactérias estão dispostas de forma a explorar a luz quântica para maximizar a transferência de energia ao longo de grandes distâncias. Isso aumenta drasticamente a sua eficiência de coleta.

Em outras palavras, bactérias são equipadas com máquinas que só podem ter sido construídas por alguém – ou por outra máquina, que por sua vez foi construída por alguém – que tenha entendimento complexo da natureza quântica da luz. O co-autor Gary Wiederretch, bastante surpreso, perguntou “Como pode a Mãe Natureza criar esta solução incrivelmente elegante?”. Claro, “ela” não fez. Se ela tivesse feito, ele nunca teria pensado em fazer essa pergunta.

Da mesma forma, o bioquímico e autor sênior da Argone, David Tiede disse “Isso nos faz perguntar se eles realmente estão lá apenas por acidente, ou se eles estão nos contando algo sutil e único sobre esses materiais”.

A Mãe Natureza e sua varinha mágica de acidentes não poderia ter criado tal tecnologia avançada. Está além da vanguarda da tecnologia humana atual e até mesmo da atual compreensão humana da coerência quântica. E se as regras das máquinas de fotossíntese descarta a Mãe Natureza, então sua origem só pode ser explicada da mesma forma que outras máquinas encontram suas origens – em alguém fora da natureza.

Institute for Creation Research

Quanto mais o ser humano estuda a natureza, mais ele vê que não sabe nada. E cada vez mais ele percebe a complexidade por trás de coisas aparentemente simples. O questionamento do pesquisador David Tiede tem uma resposta simples que nem todos querem ouvir: eles estão sim nos contando algo sutil e único: Deus é o Criador de todas as coisas. E isso também responde à pergunta do co-autor Gary Wiederretch: a Mãe Natureza não pode criar essa solução, apenas Deus pode ter feito isso.

1- Mateus

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