Todos os anos, tenho o desafio de escrever alguma coisa sobre o dia mundial dos desbravadores. Essa não é uma tarefa fácil, às vezes pela questão do tempo, outras pela questão da inspiração.
Um dos idealizadores deste blog é um grande amigo, alguém que acredita e vive esse ministério de uma forma genuína e sincera. Quando comecei a ler sobre a proposta para o tema deste ano, não pude deixar de pensar nesse meu amigo, “o menino que acreditou no impossível”, muitas vezes eu já me vi desanimado com esse ministério, por uma infinidade de fatores, esse meu amigo: NÃO! Quando eu encontrava obstáculos que pareciam intransponíveis, ele sempre me dizia, esse ministério nasceu no coração de Deus, Deus irá cuidar de seu povo. Quando paro para pensar na história desse menino, essa experiência de acreditar às vezes no impossível é muito clara em minha vida quando olho para meu amigo. Não importa o que eu tenha nas mãos, se eu entregar para Cristo Ele poderá fazer coisas inacreditáveis.
O tema desse ano tocou muito fundo no meu coração, justamente por isso gostaria que a Igreja também tivesse essa real experiência. Justamente nesse ponto que fiquei martelando na minha cabeça, o que propor para os leitores do Cantinho em 2015? O que quer que seja, precisa ser algo que faça a gente acreditar no impossível quando Deus está no comando.
Vou dividir a sugestão desse ano em dois posts, o primeiro sobre a decoração e parte do programa da manhã e o segundo sobre o programa da tarde.
Vamos às sugestões:
Decoração
No centro da Igreja, na parte da frente, fazer um monte (montanha), uma sugestão é revestir uma caixa d’água virada com tecido marrom e pedras artificiais de forma que em cima possa ser colocado o púlpito. Na base da montanha montar uma espécie de vegetação gramada com árvores artificiais, se você tiver um tapete de grama sintética será ótimo.
No corredor central, faça uma espécie de mar, com TNT AZUL, ou outro tecido de forma que ele termine no início da sua colina.
Monte um barco grande como na proposta do programa, que caiba 12 desbravadores dentro, faça o mastro com o triângulo dos desbravares.
Do lado direito da colina montar uma fogueira, continuando a vegetação rústica. Uma espécie de área para reunião de um acampamento. Do lado esquerdo montar um escritório com mesa e sofá (foto exemplo).
Programa
Faça uma bela recepção na igreja, com desbravadores uniformizados. Prepare bem o louvor desse dia, mensagem musical, organize a entrada dos seus desbravadores (caso opte por fazer), enfim, prepare todas as partes do programa conforme o manual.
No início do programa do culto, antes do inicio do sermão: 12 desbravadores (os de 15 anos) devem entrar pelo centro da Igreja vestidos de desbravares como se estivessem remando e param o barco lá na frente na base da colina. Eles descem e sentam ao redor de uma fogueira que terá do lado direito do palco da Igreja. Um líder do Clube começa a falar:
Líder: Desbravadores, já faz 65 anos que esse programa do Clube de Desbravadores existe, e foi justamente em um acampamento como este, onde jovens estavam reunidos em volta de uma fogueira, que eles ouviram falar de John Fremont.
Desbravador 1: John o quê?
Líder: John Fremont foi um engenheiro, explorador, botânico e político dos Estados Unidos. Fez parte do Corpo de Engenheiros Topógrafos dos Estados Unidos. Pertencia a um grupo de indivíduos chamados desbravadores, dispostos a resistir a coisas incríveis em busca de aventuras e riquezas. Foi num acampamento como este que um grupo de jovens ouviu falar pela primeira vez sobre esse homem, e sobre essa palavra Desbravadores. A mente daqueles jovens viajou ouvindo as histórias das explorações de Johan Fremont e de como ele vivia aventuras incríveis.
Desbravador 1: Nossa que interessante, continue…
Líder: Pouco depois daquele acampamento com a história de John Fremont, a Associação Sudeste da Califórnia realizou seu primeiro acampamento para jovens e juvenis e deu-lhe o nome de Acampamento de Desbravadores Jovens Missionários Voluntários. A partir daí, o nome Desbravador foi tomando força, e passaram-se vários anos até que, em 1950, o Clube de Desbravadores foi oficializado na Igreja Adventista. Hoje, 65 anos depois, podemos dizer que os desbravadores estão presentes em todo o mundo, desde o extremo norte, em Nordkapp, na Noruega, até Ushuaya, no extremo sul da Argentina.
Desbravador 1: Nossa! Tem Clube em tantos lugares assim? Somos um grupo muito grande então!
Líder: Sim, somos um grande grupo, mas ainda temos muitos desafios: ainda há lugares nos quais se constitui um verdadeiro desafio formar um Clube de Desbravadores. Em fevereiro, foi realizado o 1º Campori de Desbravadores dos países do Golfo da Arábia. Sete países se fizeram representar: Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Oman, Kuwait, Qatar, Iémen e Arábia Saudita. Enquanto isso, no ano passado (2014), nós aqui na Divisão Sul-Americana reunimos 35.000 desbravadores no 4º Campori. Esse 1º Campori do Golfo da Arábia, com sete países, contou com a presença de 150 desbravadores e aventureiros. Para que você não duvide, vou mostrar esse cartaz como o número escrito: cento e cinquenta DESBRAVADORES e AVENTUREIROS no Campori.
Desbravador 3: Caramba! Só 150 desbravadores, junto com os aventureiros. Este número aqui para nós é o número de desbravadores de um distrito ou até de algum Clube.
Líder: Para vocês verem como é desafiante. O grande desafio naquela região é encontrar líderes nativos que possam assumir a liderança. Mas a Bíblia lembra: “Não desprezeis esse começo humilde porque os olhos do Senhor se alegram vendo o trabalho começar” (Zc 4:10 – Bíblia Viva). Sabemos que é uma semente que está sendo plantada e com o tempo vai crescer dando muitos frutos e abrindo portas para que muitos jovens e muitas pessoas possam conhecer mais sobre os desbravadores e também sobre a graça de Deus.
Desbravador 4: Mas sabe de uma coisa? Ouvindo essa história comecei a refletir no seguinte: o início do movimento dos desbravadores foi bem pequeno e hoje já ouvi dizer que passamos de um grupo de mais de 1.530.000 desbravadores em todo o mundo.
Desbravador 2: Exatamente, temos certeza de que, naqueles países do oriente, os desbravadores se multiplicarão e terão uma participação efetiva na conquista de pessoas para o reino de Deus.
Líder: Isso mesmo, esse ministério não é nosso, ele nasceu no coração de Deus.
Continuam conversando em volta da fogueira, a cena muda
No escritório, a mãe entra para fazer a leitura de um livro no sofá.
Filho pequeno (mais ou menos 9 anos) entra correndo.
Filho (Marcelo) [chateado, com voz de choro]: por que eu não pude ir com o Felipe acampar? Eu também queria ter ido.
Mãe: Calma filho, vem aqui com a mamãe, senta aqui comigo.
Marcelo: Eu sempre fico de fora, por que eu não posso ir? [resmungando: eu sempre fico de fora].
Mãe: Marcelinho, você ainda não tem idade para participar dos desbravadores, o seu dia vai chegar ainda, mas não fique triste, mesmo pequeno como você é, Deus pode usá-lo.
Marcelo: Deus pode me usar, mesmo sendo tão pequeno?
Mãe: Claro que sim meu filho, inclusive, isso me faz lembrar de uma história. A história de um menino bem pequeno, que na época em que ele vivia não era muito valorizado. As crianças naquela época não eram importantes. Mas ele ouviu falar de Jesus, e decidiu ir até onde Ele estava, no meio dos adultos, porque ele queria ouvir Jesus falar. Esse menino acreditou naquilo que era impossível, uma criança participou de um verdadeiro milagre. Deixe-me contar a história: certo dia Jesus subiu até um monte e começou a ensinar…
Muda a cena e o pregador da manhã (de uniforme de gala branco) chega até o púlpito que está no alto da montanha.
Líder: Bem, vamos todos nos sentando que já vamos começar.
Vários adultos chegam e senta ao redor da montanha, para ouvirem o sermão, entre eles um desbravador, o menor do seu Clube.
Os 12 desbravadores que representam os discípulos também se assentam juntos (esses precisam ser os maiores do Clube, de preferência os de 15 anos).
O líder começa o sermão.
Num dado momento, quando chegar na parte da história sobre a multidão, a seguinte cena acontece:
Desbravadores (discípulo 1): “Senhor, temos que dar um break!”, já estamos aqui há muito tempo, já estamos com fome, e esse povo todo também (aponta para a multidão e Igreja), vamos mandá-los para casa para poderem fazer um lanche.
Líder: Não posso mandá-los para casa agora, ainda tenho muito que falar, nem comecei o meu sermão direito. Já sei, tive uma ideia! “Vocês devem dar-lhes de comer”.
Desbravador (discípulo 2) [Assustado]: Como é que é? Nós temos de dar o que comer a eles?
Líder: Isso mesmo.
Desbravador (discípulo 2): O Senhor já viu quantas pessoas são? Não podemos sair para comprar nada, e ainda estamos acampando, e não temos ingredientes para fazer comida para tanta gente.
Desbravador (discípulo 4): Ninguém tem dinheiro aí? Será se fizermos uma vaquinha, não dá para comprar alguma coisa?
Desbravador (discípulo 5): Já conferi aqui com todos, não temos nada. Ninguém imaginou que isso pudesse acontecer.
Líder: Filipe, você que mora aqui na região, sabe de algum lugar onde poderíamos comprar pão pra essa gente? Será que não tem uma padaria que poderia tirar, de uma só fornada ou duas fornadas, 5.000 (coloque o número de membro da sua igreja) pães?”
Desbravador (Filipe): Além disso, a mesada de todos nós juntos não seriam suficientes. Vamos supor que compremos cada lanche por R$ 8,00 (o que não é caro). Essa multidão toda de 5.000 (coloque o número de membros da sua igreja) daria 40 mil reais. “Senhor, simplesmente: im…possível. Nada feito Senhor. Vai dá não. Melhor mandar cada um ir de volta pra casa.
Desbravador (discípulo 4, André): Eis aqui um menino. [traga o menor desbravador do grupo, com uma cesta], ele tem 5 pães e 2 peixes.
Desbravador (discípulo 6): [risada] Você ficou louco André? Como assim 5 pães e 2 peixes? Você acha que isso será o suficiente para alimentar 5 mil pessoas? Cada um que me aparece, deve ter levado muito sol na cabeça. [risada deboxada].
Desbravador (discípulo 7): Ô, André! Não acredito. Essa não! O que é que você quer com esse garoto com um cesto, cinco pães e dois peixes? Você não entendeu, André? São 5 mil pessoas. Deixe o garoto em paz!.
Líder: Traga o menino aqui. [Pega o cesta na mão, levanta pro alto e faz uma oração]. Tragam os cestos, vamos alimentar essa multidão.
Cada discípulo traz um cesto, líder vai repartindo o pão e colocando um pedaço em cada cesto. O cesto já deve está cheio de pães.
Líder: Entreguem à multidão.
Prepara um minipão como lembrança para cada membro da Igreja. Entregar junto com um cartão, dizendo algo mais ou menos assim: “faça você também alguém acreditar no impossível, traga 1 pão hoje à tarde, para que o Clube de Desbravadores possa distribuir a famílias carentes”. O legal é dias antes do programa você fazer a especialidade de Panificação com os desbravadores, e eles mesmos prepararem os pães.
Desbravadores discípulos saem com os cestos pela Igreja entregando os pães.
Cena volta para o sofá (enquanto os desbravadores discípulos entregam os pães para a Igreja)
Marcelo: Nossa mãe, que história! Um garoto tão pequeno ajudou Jesus alimentar uma multidão.
Mãe: Está vendo só, meu filho, é só nós acreditarmos e entregarmos tudo nas mãos de Deus, Ele pode fazer coisas impossíveis.
Marcelo: Eu quero entregar tudo que tenho para Jesus, mãe.
Mãe: Muito bem meu filho. Tive uma ideia. O que você acha de eu prepara alguns pães e nós irmos lá ao acampamento do Filipe, para ajudarmos eles a entregarem no sábado à tarde para as famílias carentes?
Marcelo: Sério mãe, eu vou poder ir no acampamento ajudar?
Mãe: Sim, você me ajuda a fazer os pães?
Mãe e filho saem de cena
Todos se sentam
O líder continua seu sermão
Líder: Essa pequena representação é para nos dar uma ideia do que estava acontecendo naquele dia.
Continue o sermão até o final.
_________________________________ FIM _________________________________
Essa é nossa proposta para o programa da manhã deste dia mundial dos desbravadores. Usamos o programa oficial, fazendo algumas adaptações. Espero que gostem! Orem por mim, pois preciso encontrar tempo para terminar o outro post.
Obrigado a todos e que Deus esteja sempre com vocês.
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