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Cuidados para conservação de cordas

A corda é o principal elo entre o praticante de esportes (rapel, escalada, espeleologia, etc) e a proteção da vida. Sendo assim um dos equipamentos para atividades ao ar livre de maior exigência de conservação e uso.

No requisito 1 da seção de Arte de Acampar da classe de Amigo nos é pedido para “Demonstrar como cuidar corretamente de uma corda” e no requisito 2 da especialidade de Nós para “Conhecer os cuidados para conservação de cordas”.

As dicas que serão dadas aqui não substituem a formação magistral do praticante nem as precisas recomendações dos fabricantes. Leia com total atenção o manual de uso de seus equipamentos antes de qualquer limpeza e/ou uso.

Vamos dividir os cuidados que devemos ter em cuidados antes do uso, durante o uso e depois do uso. Na próxima semana falaremos sobre quando se deve aposentar uma corda, e numa outra postagem falaremos sobre os cuidados ao se escolher uma corda.

Ao contrário do que muitos pensam, as cordas possuem vida útil limitada independente de sua utilização, podendo ser maior ou menor de acordo com a frequência de uso (ocasional ou intenso) e sua forma de uso (leve ou extremo). Mesmo que mantida adequadamente armazenada em uma loja, as fibras que compõem a sua estrutura entram em processo lento de deterioração natural pelo simples contato com o ar. E este processo ainda pode ser acelerado com a exposição à fontes de luz ou mesmo com o toque das mãos, possivelmente impregnadas com resíduos de sujeira e com oleosidade nociva aos tecidos. Ou seja, com os melhores cuidados apenas pode-se aproveitar o máximo da vida útil da corda, mas que um dia deverá ser aposentada. Recomenda-se que, quando esse dia chegar, ela seja destruída para reduzir a possibilidade de acidentes.

Calcular com precisão a longevidade dos materiais têxteis é bastante complexo, mas os fabricantes consideram que a vida útil das cordas não poderia se estender mais do que 5 anos (10 anos, considerando os 5 anos que a corda pode ficar estocada em perfeitas condições antes de começar a ser utilizada). De forma geral, recomenda-se que uma corda deva ser aposentada de 3 meses a 1 ano, se usada diariamente; de 2 a 3 anos caso seja usada semanalmente; e de 4 a 5 anos com usos ocasionais!

Preste atenção também ao limite de Quedas de Fator 2 estipulado pelo fabricante para o seu modelo de corda. Faça um controle o mais preciso possível do uso de sua corda para saber quando aposentá-la, mesmo que seu aspecto ainda pareça excelente.

Jamais compre equipamentos de segurança usados e evite emprestar a sua corda. Na hora de investir em uma nova corda, procure uma loja especializada. Somente quando recebemos um mínimo de informações sobre certo assunto é que compreendemos a importância de certos cuidados.

Cuidados antes do uso

É importante que uma corda nova seja desenrolada com cuidado antes do uso. Outra coisa que os fabricantes recomendam fazer é que se molhe a corda e deixe-a secar lentamente à sombra. Desta forma, ela encolherá cerca de 5% e reduzirá o risco de deslizamento da alma.

Não marque o meio de sua corda com canetas comuns, pois os agentes químicos da tinta podem enfraquecer o ponto marcado com o tempo. Use apenas canetas especiais.

Evite transportar a sua corda do lado de fora da mochila e, principalmente, sem uma boa proteção em bagageiros de veículos, que podem conter vestígios de substâncias altamente corrosivas (ácido de bateria, etc).

Cuidados durante o uso

Uma das principais dicas sobre como cuidar de sua corda resume-se ao seu uso adequado. A utilização inadequada pode danificar a corda, reduzindo a sua vida útil e resistência. Como exemplos: Nunca utilize uma corda semi-estática em atividades que possam gerar quedas próximas a Fator 1; Usar uma corda de certo diâmetro em um equipo não desenvolvido para tal medida também pode danificar ou acelerar a deteriorização da mesma; Jamais guarde a sua corda com nós caso não seja necessário, para não danificar a sua corda pelo “vício” inapropriado de suas fibras; Também, evite realizar rapéis rápidos para não acelerar o desgaste da corda e superaquecer o descensor, que poderá derreter os tecidos. A temperatura de fusão do poliéster e da poliamida é de 250ºC e 230ºC respectivamente, valores alcançados em descidas superiores a 2 metros por segundo. Rapelar rápido desnecessariamente traduz-se em ignorância de técnicas e dos riscos inerentes às atividades. Deixe para Hollywood! A lista é grande, procure o máximo de informação possível sobre a sua prática para usar a sua corda adequadamente.

Em atividades aquáticas, cuidado redobrado com as arestas cortantes, pois a corda molhada perde resistência e torna-se muito mais sensível à abrasão neste estado.

A escolha dos nós utilizados também conta. Por exemplo, o nó Oito é um dos que menos agridem a estrutura da corda em longo prazo devido à geometria de sua confecção.

Evite também pisar em sua corda. As fibras de poliamida (nylon) que constitui a corda são material têxtil e estragam com abrasão. Grãos de areia e cascalhos podem cortar as fibras e danificar a corda. Um fragmento rochoso ou mineral que penetre no interior de uma corda pode também causar danos internos. Então você não só deve evitar de pisar, mas também de deixar em locais sujos com detritos como areia e pó. É sempre boa idéia utilizar sacos de corda ou forração de nylon para manusear a corda no chão.

Cuidados depois do uso

Após cada utilização, vistorie visualmente e manualmente toda a extensão de sua corda em busca de possíveis deformações, desfiados ou cortes. Danos aos quais não se pode estipular o grau de comprometimento da corda devem ser considerados como severos e irreversíveis. Quando houver dúvida, a corda deverá ser eliminada imediatamente.

Você pode limpar a sua corda com um pano úmido. Caso seja realmente necessário, lave-a com água fria, de preferência sem cloro. Se a sujeira estiver muito impregnada (muita terra, areia ou magnésio), deixe de molho por umas duas horas em água aquecida a no máximo 30ºC. Depois, esfregue levemente a corda entre si, com sabão neutro e auxílio de uma escova sintética de cerdas macias.

Existe um aparelho para limpeza de cordas desenvolvido pela marca francesa Beal chamado Rope Brush, que consiste em uma escova em forma de espiral e que é utilizado junto a um sabão não agressivo chamado Rope Cleaner. Mas não improvise. Evite esfregar ou jatear água para não introduzir minúsculas partículas minerais no interior da corda, incapazes de realizar estragos a olho nu, mas que poderão romper os delgados filamentos de poliamida da alma, diminuindo parcialmente as suas capacidades de absorção de energia e a sua resistência à ruptura.

Seque sempre à sombra, suspensa, espalhada em voltas e sem o auxílio de qualquer fonte de calor. O tempo de secagem leva de 2 a 4 dias. Lembrando que os raios ultravioletas são extremamente prejudiciais às fibras sintéticas, comprometendo a elasticidade e resistência das cordas em longo prazo.

Em hipótese alguma lave a sua corda em máquina de lavar ou use alvejante. Mesmo que não se constate danos visíveis, a sua corda deverá ser aposentada ao menor contato com produtos químicos (gasolina, óleos, ácidos, etc – especialmente os derivados de hidrocarbonetos), substâncias altamente prejudiciais para os tecidos.

Reserve um espaço especial em seu armário para o seu correto armazenamento – desenrolada, em local seco, arejado e escuro. Não a guarde úmida, suja ou dentro da mochila, evitando a proliferação de fungos e bactérias. Proteja o seu armário com desumidificadores e inseticidas que contenham paradiclorobenzeno (para traças, sem cheiro e inócuo aos tecidos), mas não deixe em contato direto com sua corda.

Fontes:

http://www.penatrilha.com.br/cuidados-com-sua-corda
http://resgate.com.br/index.php?op=NEArticle&sid=81
http://www.halfdome.com.br/code_hd/index.php/informes/index/es/esca12

Doenças no acampamento

Já vimos aqui no nosso Cantinho várias dicas e ideias do que se fazer em um acampamento. Mas hoje vamos falar de um dos assuntos que mais preocupam os pais quando deixam seus filhos sob os nossos cuidados: doenças. Pode ser desde uma simples dor de cabeça até uma grave infecção intestinal.

Vamos ver as mais comuns, como preveni-las e o que podemos fazer para amenizar os sintomas até chegarmos ao serviço de saúde mais próximo.

Dor de cabeça: esse não é um problema exclusivo dos desbravadores em acampamentos, mas de toda a população! Ela pode ser causada por mais de 100 fatores diferentes. Mas o que pode fazer com que os desbravadores tenham dor de cabeça nos acampamentos?

Para aqueles que não têm nenhum problema de saúde (o que é a maioria), a desidratação é a causa mais comum, principalmente porque ficamos muito tempo expostos ao sol e ingerindo pouca água. Além disso, longos períodos sem ingerir nenhum alimento (o que também é comum) ou início de um quadro inflamatório ou infeccioso (seja bacteriano ou viral) também são fatores que podem desencadear esse mal estar.

Muito mais importante do que simplesmente dar um analgésico para a criança (até porque não devemos fazer isso), é solucionar a raiz do problema. Na maior parte das vezes, só isso resolve, mas, se a dor persistir, mesmo após tomadas todas as providências, a diretoria do Clube deve levar o desbravador ao serviço de saúde mais próximo.

Insolação:muitos confundem a insolação com a desidratação. Na verdade, insolação é a exposição prolongada ao sol sem proteção. Ela dá origem à desidratação e a queimaduras.

Desidratação: como já vimos, a desidratação é geralmente causada pela exposição ao sol em excesso, além de ingerir pouca água. Em dias comuns, a média de consumo de água deve ser em torno de 6 a 8 copos, porém, como em acampamentos se perde muito mais água, essa quantidade deve ser maior.

Os principais sintomas são a dor de cabeça, fraqueza, tontura ou até mesmo o desmaio. A solução é bem simples, dar bastante água e suco para ele, além de deixá-lo descansar na sombra, com as roupas mais frescas possível. Em alguns minutos ele já vai estar melhor. Caso não melhore, procurar imediatamente o serviço de saúde.

Queimaduras solares:isso não deveria acontecer com nenhum dos nossos desbravadores, pois é muito fácil prevenir uma queimadura deste tipo, basta usar protetor solar, boné e não fazer atividades diretamente sob o sol entre as 10 da manhã e as 4 da tarde.

Mas se acontecer, é preciso molhar a área queimada com água corrente por, aproximadamente, 10 minutos. Caso isso não seja possível, fazer compressas de água fria (não gelada e muito menos usar gelo!!!) ajudam a melhorar. Todavia, se a área queimada for muito grande, a festa acabou, é necessário levar o desbravador para o serviço de saúde, mesmo contra a vontade dele.

 

 

Hipoglicemia: a glicose é o combustível do nosso cérebro. Sem ela, ele literalmente pára de funcionar e aí a pessoa desmaia. A hipoglicemia ocorre quando o desbravador fica muito tempo sem comer nada, principalmente algo doce. Com as atividades, ele vai gastando a sua reserva e quando ela estiver chegando ao fim, ele vai começar a sentir tonturas, fraqueza, mal estar, irritação e visão turva. Este é o momento de você dar a ele um suco ou um pouco de água com açúcar. Chocolate, leite com açúcar ou balinhas não são boas opções, pois a glicose contida neles demora a ser absorvida. Mas se você não percebeu antes e o desbravador acabou desmaiando, você NUNCA pode dar nada para ele tomar ou comer, enquanto ele estiver inconsciente. Primeiro você deve acordá-lo e só depois dar o copo de suco ou água adoçada. É quase mágico, em poucos minutos ele volta ao normal!

Pressão baixa: os sintomas são os mesmos dos de hipoglicemia, mas só é possível saber conferindo a pressão do desbravador. Como isso não é muito acessível, o procedimento é simples. Como a hipoglicemia é bem mais comum, devemos primeiro tratar como se fosse uma hipoglicemia. Se ele não melhorar em poucos minutos, podemos desconfiar de pressão baixa e dar um pouquinho de sal embaixo da língua dele. Se mesmo assim ele não melhorar, NÃO tente mais nada, leve-o ao serviço de saúde imediatamente!

Câimbra: é uma contração muscular involuntária e dolorosa. Muito comum durante atividades físicas intensas ou moderadas, principalmente atividades dentro da água. Para amenizar a dor, ajude o desbravador a fazer um pequeno alongamento e, se ainda não melhorar, use compressas de água morna.

Dor de ouvido: esse é um caso complicado, pois pode indicar um quadro infeccioso grave. Não pode haver negligência da nossa parte. Por mais que pareça algo simples (e sempre esperamos que realmente seja) e por mais que haja insistência do desbravador em dizer que já melhorou!, é OBRIGATÓRIO levá-lo imediatamente ao serviço de saúde. Não perca tempo tentando diagnosticá-lo ou em tratamentos caseiros.

Diarreias e vômitos: não é porque estamos em um acampamento que devemos esquecer dos princípios básicos de higiene! (Veja mais AQUI). Diarreias e vômitos são, na maioria esmagadora das vezes, causados por problemas alimentares. Os erros mais comuns encontrados em nossos acampamentos são: tomar água não purificada/filtrada (água potável é diferente de água filtrada!), alimentos não armazenados corretamente, verduras mal lavadas, alimentos mal cozidos e mãos e utensílios sujos na hora do preparo.

Se tiver sido apenas alguma coisa estragada, sem nenhum agente infeccioso, precisamos hidratar o desbravador com soro (aquele soro em pó, distribuído em postos de saúde). O soro caseiro não é indicado, pois geralmente as pessoas não sabem prepará-lo usando a quantidade correta de sal e açúcar e aí causa mais prejuízos que benefícios. Apenas aqueles que têm uma colher de medida adequada (também disponibilizada em postos de saúde) podem prepará-lo.

Assim que o alimento estragado “sair”, o desbravador melhorará. Caso isso não aconteça, é necessário levá-lo ao serviço de saúde, pois pode se tratar de uma infecção.

Cólica menstrual: o Clube trabalha com uma faixa etária muito delicada, pois lidamos com adolescentes entrando na puberdade. Essas meninas têm muita vergonha de dizer que estão com cólica. Então, se você é homem e está notando que uma desbravadora está “tristinha”, procure uma conselheira e peça para ela ajudar a desbravadora. NÃO vá com ela! rs. Às vezes, deixá-la descansar um pouco e manter a barriga aquecida ajuda a aliviar a dor. Caso não resolva, o serviço de saúde deve ser procurado.

Infecção de vias aéreas superiores: gripe só ocorre quando se entra em contato com o vírus. Parece muito óbvio, mas não é, pois muita gente acredita que o desbravador vai gripar se tomar banho na água fria, tomar líquidos gelados, pegar chuva ou mesmo ficar no sereno à noite. NÃO, isso não causa gripe! O nariz escorrendo, dor de garganta, febre e/ou mal-estar que, às vezes, ocorrem após esses episódios são infecções de vias aéreas superiores. O tratamento é beber bastante líquido e descansar. Se tiver febre, a única solução é levar o desbravador para o serviço de saúde.

Todo líder de desbravadores deve estar preparado para saber quando deve realizar algum procedimento ou quando o caso só será resolvido pelos profissionais médicos. Sob os cuidados de um líder com este conhecimento, os desbravadores estarão mais seguros.


Char Cloth ou tecido carbonizado

A grande dificuldade para se fazer uma fogueira é iniciar o fogo. Muitas vezes a isca não pega fogo tão bem quanto desejamos ou não dura por tempo suficiente para que o fogo passe para os gravetos menores. Existem técnicas que facilitam neste trabalho de fazer com que os gravetos menores peguem fogo mais fácil e neste post vamos falar sobre uma delas, o char cloth ou tecido carbonizado.

Esta é uma técnica muito antiga e que continua tão funcional quanto era na época do velho oeste. Consiste em pedaços carbonizados de tecido natural, normalmente algodão, que se incendeiam como uma brasa assim que uma faísca os atinge. 

Dica: Quando for fazer algum char cloth e quando for utilizá-lo, é muito importante tomar todos os cuidados possíveis, pois você estará lidando com materiais perfurantes e também com fogo. Portanto, MUITO CUIDADO! Recomendamos que nenhuma criança faça o char cloth e fogueiras sem a supervisão de um adulto e, de preferência, que um adulto o faça.

Material necessário:

  • Latinha. Os gringos usam muito a famosa Altoids Tin, mas pode-se usar latas de bala, de Vick, ou mesmo comprar latas para brindes de festa, como o autor fez. A escolha é individual.
  • Tecido natural. O método mais simples e garantido é pegar uma camiseta de algodão velha, mas pode-se e deve-se experimentar outras coisas, como sisal, palha, etc., inclusive é muito comum o uso de cordas.
Camiseta velha e latinha, tudo o que se precisa. 

Como preparar:

  • Com ajuda de um prego e uma base de madeira, faça um furo na tampa da lata, por onde a fumaça da queima sairá sem aumentar a pressão interna.
Tampa da lata é furada
  • Recorte o tecido em pequenos quadrados, que caibam justo na lata. Não tem medidas exatas, é no chute mesmo.
Manga da camisa recortada em quadradinhos e lata já preenchida
  • Coloque a tampa na lata e depois coloque a lata no fogo baixo do seu fogão ou fogareiro, ou ainda nas brasas da fogueira, se estiver no mato. Rapidamente a fumaça vai subir pelo furo. Não se assuste com o cheiro de tecido queimado, deixe a fumaça sair até se esgotar. Apenas ventile bem a casa, se fizer o processo dentro dela.
Fumaça começando a sair pelo furo feito na lata
  • Feito isto, desligue o fogo ou remova a lata das brasas e deixe esfriar. Não abra ainda, ou a ventilação pode fazer o tecido incendiar. O resultado é o que vemos abaixo, tecido carbonizado que é queimável. Repare que os quadrados encolhem.
Char cloth pronto para ser usado
Como usar:
  • Como dito anteriormente, a fogueira deve ser preparada normalmente. Material miúdo, intermediário e grande separado ao lado de onde vai ficar o fogo. Pegue um dos pedaços do tecido e o coloque junto do material miúdo. Com apenas uma faísca ele vai ficar em brasa, basta soprar para incendiar o material em volta. Isto poupa esforço, o que é um alívio após um dia de longa caminhada. A partir daí é alimentar a fogueira como costume.
Queimando lenta e controladamente

Esta é uma técnica muito simples, barata e eficiente. Todos têm acesso a um pano ou camiseta velhos, e pelo que pôde ser visto, duram muito usando esta técnica. A lata também é simples de encontrar, transformando o char cloth em técnica de fácil acesso. O tecido carbonizado queima durante tempo suficiente para que o material miúdo acenda.

Tente fazer e nos conte o resultado!

Fonte: http://www.oaventureiro.com.br/2012/02/char-cloth-ou-tecido-carbonizado.html

Acampar, quando???

A essas alturas do ano, todos os Clubes já fizeram o seu planejamento anual. (O quê??? Seu Clube ainda não fez? Já está mais que atrasado. Veja AQUI algumas dicas de como montar o planejamento). 

Se o seu planejamento já está pronto, as datas dos acampamentos já devem estar marcadas. Qual foi o critério de escolha? Só olhar no calendário e ver quando tem um feriado?

Amigos, a escolha da data do acampamento é outro ponto crítico, é claro que é necessário procurar os feriados, mas esse não deve ser o único critério. Vamos ver alguns pontos importantes.

Duração do acampamento – Qual o propósito do acampamento? Instrução, recreação, treinamento, etc.? Para cada um desses tipos há uma duração específica, sendo que os acampamentos de instrução precisam ter, no mínimo, 4 dias. Se o objetivo principal for recreação, 3 dias inteiros são suficientes [mas é claro que devemos aproveitar todas as saídas para cumprir algum requisito de classe ou especialidade].

Acampamentos muito curtos – Os acampamentos de fim de semana (sexta à noite, sábado e domingo pela manhã) raramente são uma boa opção. O tempo é curto para se desenvolver qualquer atividade e se o local é distante, perde-se mais tempo ainda. Dessa forma a relação custo benefício geralmente não apresenta um balanço positivo. Se o Clube só tem esse tempo disponível, uma caminhada com pernoite seria mais adequado.

Acampamentos muito longos – Se há Clubes com preguiça de acampar, nunca fazem acampamento de mais de 3 dias, há outros que exageram na dose e fazem acampamentos de mais de 5 dias. Não que seja proibido um acampamento mais longo, mas poucos conseguem preencher tanto tempo com atividades interessantes. Outro fator é o financeiro, quanto mais dias acampados, mais dispendioso será o evento.

Época do ano – Em muitos lugares no Brasil só existem 2 estações, metade do ano chove, na outra metade não; assim fica fácil fazer o planejamento. Lembrando que um acampamento em tempo chuvoso não deve ultrapassar 4 dias.

Em algumas regiões há uma grande variação de temperatura conforme a estação, por isso esteja bem atento às suas crianças para saber se elas conseguirão suportar o frio ou o calor do lugar/época do acampamento. Esse cuidado é importante, pois todas as crianças têm um limite. É claro que no acampamento não oferecemos as mesmas comodidades de casa, não é esse o propósito, mas sem o mínimo de conforto em relação ao clima as atividades ficam prejudicadas e podemos fazer o desbravador perder o gosto pelo contato com a natureza. 

Calendário escolar – Esse ponto é crucial, os tópicos acima são orientações que apresentam certo nível de flexibilidade, mas não podemos em nenhuma hipótese fazer os desbravadores perderem aula por conta das atividades do Clube. Se fizermos a criança matar aula um dia que seja, a imagem do Clube perante os pais fica prejudicada. No Brasil temos um bom número de feriados, temos até mesmo os feriados prolongados, então basta ter sabedoria e um bom planejamento para conseguir uma boa data para acampar.


Acampar, onde???

Uma das decisões mais importantes no planejamento do acampamento é a escolha do local. O acampamento pode ser super legal ou um fiasco a depender de onde você escolheu levar seus desbravadores.

Em algumas igrejas há irmãos dispostos a permitir que os desbravadores acampem em suas chácaras, mas nem sempre podemos contar com isso. Ou ainda, se seu clube é mais experiente e você quer proporcionar às crianças uma aventura diferente, a dica é procurar parques nacionais e estaduais.

Nesse site do Governo Federal é possível encontrar a lista completa de todos os parques nacionais.

Há muitas informações: aspectos culturais e históricos; aspectos físicos e biológicos como clima, vegetação, relevo e fauna; e ainda telefone de contato com a administração do parque.

É claro que para acampar em um parque é necessário cuidado redobrado com a questão ambiental; em alguns não é permitido sequer acender fogueiras, portanto, é necessário ter todas as informações acerca das regras do local antes de planejar a atividade. Outro ponto importante é em relação ao lixo, uma atenção especial deve ser tomada e todos os resíduos não orgânicos devem ser levados de volta. 

Apesar desses cuidados especiais, certamente vale a pena pensar em um acampamento num local como esses. Com certeza será inesquecível!


Acampamento, uma ideia de Deus!

Sabemos que Deus dirige seu povo e revela sua vontade de diversas formas: pela Bíblia, pelos profetas, pelos líderes consagrados da Igreja e etc. Certamente a criação do Clube de Desbravadores foi guiada pela Providência Divina. Ele usou líderes consagrados para mostrar qual seria o programa das classes e especialidades e para uma das atividades mais marcantes do estilo de vida desbravador Ele deixou instruções precisas na Bíblia. 

Enganou-se quem pensou que eu estou falando de estudo bíblico ou momentos devocionais, que também são importantíssimos é claro! Deus deixou uma instrução específica para Seu povo ACAMPAR. Isso mesmo, a filosofia de acampamento do Clube de Desbravadores é baseada na Bíblia. Vejamos:

“Assim, começando no décimo quinto dia do sétimo mês, depois de terem colhido o que a terra produziu, comemorem a festa do Senhor durante sete dias; o primeiro dia e também o oitavo serão dias de descanso. 

“No primeiro dia vocês apanharão os melhores frutos das árvores, folhagem de tamareira, galhos frondosos e salgueiros, e se alegrarão perante o Senhor, o Deus de vocês, durante sete dias. 

“Comemorem essa festa do Senhor durante sete dias todos os anos. Este é um decreto perpétuo para as suas gerações; comemorem-na no sétimo mês.

Morem em tendas durante sete dias; todos os israelitas de nascimento morarão em tendas, para que os descendentes de vocês saibam que eu fiz os israelitas morarem em tendas quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. Levítico 23:39-43. 

Anualmente, o povo de Israel deveria acampar durante 7 dias. Nesse período eles deveriam sair de suas casas e construírem abrigos de materiais naturais, como folhas e galhos de árvore. O propósito deste acampamento era, além de separar tempo para a comunhão com Deus, lembrar a todas as gerações que eles foram peregrinos e moraram por 40 anos em tendas.

Nossos acampamentos também precisam ter o propósito de lembrar aos nossos garotos e garotas que somos peregrinos e forasteiros aqui neste mundo. Às vezes nos esquecemos disso e passamos a gastar demasiado tempo em coisas que vão ficar para trás, que não servirão em nada quando estivermos em nossa residência definitiva e eterna.

Por isso, no acampamento deixamos todos os supérfluos para trás, vivemos somente com o mínimo necessário. Isso ensina lições de mordomia muito mais poderosas que anos de sermões ou de dezenas de páginas de livros. A alimentação é simples e baseada em vegetais, o que proporciona gosto pela alimentação mais natural. Não há televisão ou internet, que geralmente roubam o nosso tempo de comunhão com Deus ou as preciosas horas de sono. Tudo isso faz com que os princípios de reforma da saúde sejam inculcados na mente em formação dos desbravadores. 

Por tudo isso, o acampamento se torna oportunidade fundamental para transmitir as verdades eternas ao coração dos nossos pequenos. Não se esqueça de incluir, pelo menos, 2 acampamentos no seu calendário anual. Dicas, ideias e sugestões de como programar e executar um acampamento de sucesso você encontra AQUIAQUI e AQUI.


Mais um motivo para acampar

Imagem de Thiago Lobo

Em vários treinamentos de desbravadores e em relatórios sobre a filosofia de acampamento são listados os motivos pelos quais os desbravadores acampam. Entre eles estão: aprender sobre a natureza e seu Criador, treinar habilidades mateiras, adquirir entrosamento e espírito de equipe e etc.

Estamos chegando a uma época do ano em que, mesmo chovendo bastante (aqui no Centro-Oeste pelo menos), o acampamento é mais que necessário. Estamos nos aproximando do carnaval. E nesse feriado o acampamento tem um objetivo muito importante: afastar nossas crianças e adolescentes do perigo.

Aqui no Distrito Federal as festividades de carnaval não são tão populares como temos notícia que são as de outras partes do Brasil, muitas pessoas viajam e a cidade fica mais vazia do que nos dias normais. Mas mesmo aqui é quase impossível não ser afetado por toda imundície que esta festa traz. Um bloco passando na rua, um bar ou restaurante perto da sua casa, um vizinho… e se não tiver nada disso para incomodar, ainda tem a televisão. A missão de não se contaminar é difícil para os adultos, quanto mais para os jovens!

É por isso que o acampamento se torna uma necessidade. Geralmente nós desbravadores não temos que nos preocupar em planejar esse evento, pois é uma atribuição do Departamento Jovem. Se sua igreja já está organizando um acampamento, a tarefa é incentivar os desbravadores, principalmente os que não são adventistas, a participarem.

Mas se sua igreja ou distrito não for acampar, então a responsabilidade de tirar os garotos e garotas do meio do “fogo-cruzado” é sua. Não se assuste. Não é difícil planejar um acampamento, você encontra várias dicas AQUI, AQUI e AQUI.

Separe vários momentos de recreação (sempre dirigida) e reforce a programação espiritual e você vai ter desbravadores super animados o resto do ano.

Pontos cardeais sem bússola, para a classe de Companheiro

Na classe de Companheiro, na seção de Arte de Acampar, requisito 1, devemos “Descobrir os pontos cardeais sem a ajuda de uma bússola e desenhar uma Rosa dos Ventos”.

Indicações das direções Norte-Sul e Leste-Oeste

Neste post vamos conhecer sobre os pontos cardeais. Primeiramente, o que são pontos cardeais?

Primeiro precisamos responder essa pergunta para depois aprendermos como encontrá-los.

Como o próprio nome diz: são pontos e significam pontos principais ou pontos de referência. Através deles é possível localizar qualquer lugar sobre a superfície da Terra, são eles: o Norte (N) e o Sul (S) que apontam na direção dos pólos terrestre; o Leste (E ou L) e o Oeste (W ou O) que apontam para o lado do nascer e do por do Sol, cruzando a linha Norte-Sul, como mostra a figura ao lado.

Saber os pontos cardeais é essencial para poder se orientar. Mas por que devemos saber como encontrá-los sem uma bússola? Primeiramente porque a bússola indica o norte magnético da Terra, então precisaríamos da declinação magnética (que varia com o local e com o tempo) para encontrarmos o norte verdadeiro. Em segundo lugar porque pode acontecer de perdermos, quebrarmos ou esquecermos a nossa bússola.

“Se estendermos o braço direito em direção ao sol nascente (leste) e o braço esquerdo em direção ao sol poente (oeste), teremos à nossa frente o norte e às nossas costas o sul.”

A figura acima explica a forma mais simples e uma das mais ensinadas para se encontrar os pontos cardeais sem o auxílio de uma bússola, porém ela está errada. Não completamente, mas parte dos princípios errados. Diferentemente do que muitos pensam, o Sol não nasce no ponto cardeal leste e não se põe no ponto cardeal oeste. Ele nasce do lado leste e se põe no lado oeste de onde estamos. A cada dia do ano o Sol nasce e se põe num ponto diferente. Se usarmos esse método para nos orientarmos, a cada dia tomaremos uma direção diferente. Por exemplo, se um observador na cidade de São Paulo, em julho, adotar esse procedimento, estará cometendo um erro de aproximadamente 23º, apontando o braço direito para um ponto intermediário entre o nordeste e o leste, e não para o ponto cardeal leste.

Agora que já aprendemos o que não podemos fazer, vamos aprender alguns métodos que podem ser utilizados com o sol.

  • Método do Gnômon, ou das sombras iguais

 

    1. Escolha um lugar que receba diretamente a luz do Sol, pelo menos das 10h às 15h. O terreno não deve ser muito irregular e deve ser nivelado.
    2. No período da manhã, entre 10h e 10h30min, finque firmemente no chão uma vareta reta. Certifique-se de que ela não esteja inclinada.
    3. A vareta irá produzir uma sombra se o Sol estiver iluminando-a. Faça uma marca na ponta da sombra (marca A) e depois trace uma circunferência partindo da marca e tomando como centro o ponto onde a vareta estiver fincada (ponto I), utilize giz. É possível fazer isso laçando a vareta com um barbante ou cordinha e prendendo um giz na outra ponta (figura 4b). Cuidado para não mexer a vareta do lugar e nem incliná-la, pois se isso acontecer à experiência ficará prejudicada.
    4. Espere 40 a 50 minutos, a sombra estará em outra posição, repita a marcação e a circunferência (figura 4c).
    5. Depois que passar do meio dia a ponta da sombra irá tocar as circunferências novamente. Fique atento a este momento. Os horários mostrados na figura 4 são apenas uma aproximação, podem variar em até 20 minutos dependendo da época do ano. Assim que a ponta da sombra tocar cada circunferência faça novas marcas como mostram as figura 4d e 4e. Não tente adivinhar o caminho da sombra, marque somente quando a sombra chegar ao lugar correto – a circunferência.
    6. Para encontrar os pontos cardeais siga o procedimento:
      1. Ligue os pontos A ao D e B ao C, formando duas retas;
      2. Ache o meio dessas retas e marque, são os pontos M e N;
      3. Trace uma reta que liga o ponto I ao ponto M e outra que liga o ponto I ao ponto N;
      4. Se essas retas (IM e IN) coincidirem você não cometeu erros e essa é a direção Norte-Sul.
      5. Se elas não coincidirem basta traçar uma reta que saia do ponto I e passe entre as retas IM e IN. Essa nova reta será a direção Norte-Sul (figura 4f).
      6. A reta AD é a direção Leste-Oeste. O leste está do lado do nascer do Sol, mas dificilmente estará onde o Sol nasceu. 
  • Método da Sombra

Este método é mais simples que o método do gnômon, porém sua precisão é menor. Veja o passo-a-passo no vídeo abaixo.

  • Método do relógio analógico 

    1. Para este método o seu relógio analógico não deve estar no horário de verão.
    2. Mantenha o relógio na horizontal, com o mostrador para cima.
    3. Oriente o relógio de forma que a linha das 12h fique na direção do Sol.
    4. A bissetriz do menor ângulo formado pela linha das 12h e o ponteiro das horas define a direção norte-sul.
    5. Para saber qual lado é o norte e qual é o sul, basta lembrar da rosa dos ventos e que o Sol nasce ao leste e se põe ao oeste do local onde você se encontra. Ou sabendo em que hemisfério você se encontra, o Sol geralmente estará na direção oposta (no hemisfério sul o Sol estará para o norte e no hemisfério norte o Sol estará para o sul), exceto para regiões próximas do equador, onde o Sol oscila de norte a sul durante as estações do ano.

Este método funciona porque sabemos que o ponteiro das horas de um relógio dá duas voltas completas por dia (12 horas cada volta). Por outro lado a Terra dá apenas uma volta por dia. Quando usamos a metade da distância do ponteiro das horas até a posição das 12 horas estamos simulando um ponteiro virtual que gira com a metade da velocidade do ponteiro das horas, isto é, uma volta a cada 24 horas. Assim este ponteiro virtual que gira no sentido contrário do movimento aparente do Sol no céu fica estacionário em relação a Terra, ou apontando sempre para a mesma direção, a direção norte-sul.

“Tudo bem, aprendi! Mas se estiver de noite? Como eu faço?”

Não é só o Sol que nos fornece informações sobre orientação. À noite também é possível determinar os pontos cardeais, com certa precisão, para se orientar corretamente.

Para os habitantes do hemisfério norte é bastante simples, já que existe uma estrela, chamada Polaris, que nunca sai do lugar. Essa estrela não nasce nem se põe, pois ela está na direção do eixo da Terra, no pólo norte terrestre. Então, para se encontrar o ponto cardeal norte, à noite, basta encontrar esta estrela e descer perpendicularmente para o horizonte.

Já para os habitantes do hemisfério sul é um pouco mais complicado, pois não existe uma estrela na direção do eixo da Terra. Mas nós temos o Cruzeiro do Sul, uma constelação formada por cinco estrelas mais brilhantes, que pode ser usada para encontrar o ponto cardeal sul. Esse método apresenta um erro de 2 graus. 

  • Encontre o Cruzeiro do Sul;
  • Para localizar o pólo sul terrestre trace uma linha imaginária que segue para baixo na direção do corpo da cruz (braço maior) a uma distância de aproximadamente 4,5 vezes o corpo da cruz. Esse ponto será o pólo sul celeste.
  • À partir do pólo sul celeste, desça perpendicularmente para o horizonte, onde estará o ponto cardeal sul.
  • Cuidado! Não adianta prolongar o braço da cruz até o horizonte, você não encontrará o sul! 
Obs.: Quanto mais próximo do equador for a localização de quem faz esta observação, mais próximo do horizonte estará o pólo sul celeste, e quanto mais distante do equador, mais alto estará o pólo sul celeste.

Existem outras estrelas que também proporcionam uma orientação bastante precisa, tanto indicando a localização do pólo sul celeste como simplesmente a direção norte-sul, algumas com maior precisão que o Cruzeiro do Sul, porém são mais difíceis de se identificar. Caso haja interesse, esse pode ser tema de um post futuro.

Fontes:

http://discoverybrasil.uol.com.br/experiencia/contenidos/orientar_sem_bussola/?cc=BR

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1356

http://sobrevivencialismo.com/2011/07/20/como-achar-o-norte-sem-bussola/

http://zeca.astronomos.com.br/sci/orientacao.htm#meridiano

http://www.cdcc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/parte1a.html

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2529-6.pdf

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Kit de Sobrevivência, para a especialidade de Vida Silvestre


O requisito 9 da especialidade de Vida Silvestre pede para “Ter um estojo pessoal de sobrevivência, com 15 itens, e saber usar cada um deles”.

O ideal é que este requisito seja o último da especialidade, pois fica mais fácil explicar a importância de cada um destes itens.

Os itens do kit de sobrevivência deverão cobrir (pelo menos até certo ponto) os seis aspectos básicos de sobrevivência: água, abrigo, fogo, alimento, sinalização e navegação. Um importante aspecto, que deve ser levado em conta no preparo de seu kit, é o nível de utilidade e conforto para se carregar os itens escolhidos por você. Prefira itens multifuncionais, que sirvam para mais de um propósito, mas que não sejam muito pesados ou volumosos para se transportar. O seu kit não precisa ser muito sofisticado, mas precisa ser bem elaborado.

Abaixo apresentamos uma lista com vários itens, a partir da qual vocês podem montar seu próprio kit de sobrevivência.

  • Obtenção de água
    • Purificador de água (Pastilhas de cloro);
    • Recipiente tipo cantil ou garrafa Pet de 1 litro;
    • Uma pequena lata tipo molho de tomate ou refrigerante é boa para se cozinhar ou ferver água nela.
  • Obtenção de fogo
    • 2 ou 3 formas diferentes para se fazer fogo (Isqueiro; fósforos; pederneiras com carvão, de tecido e/ou bolas de algodão; lentes de aumento);
    • Tiras de borracha de câmara de ar de pneu.
  • Equipamento multi-uso
    • Um bom canivete e/ou faca ou facão;
    • Garrote (tubos de látex) (para se fazer uma atiradeira ou sugar água);
    • 2 Sacos plásticos de lixo resistentes e grandes (para se fazer um abrigo   impermeável pra chuva ou coletar água);
    • Velas em pedaços (para ajudar a acender fogo, ou iluminar);
    • Agulhas / linha / alfinetes de segurança (para se fazer reparos em roupas e equipamentos; anzóis; suturas);
    • 10 metros de cordame resistente, de nylon, tipo “Paracord” (para se fazer abrigos, armadilhas, reparos e amarras em geral);
    • Cobertor de alumínio de emergência (para aquecimento, abrigo ou sinalização).
  • Navegação
    • Uma bússola (dos tipos: Silva; De Visada; De Pulso ou Botão).
  • Sinalização
    • Um Apito (que soe bem alto);
    • Um espelho sinalizador (pode se usar a superfície reluzente de um cd ou o avesso de uma embalagem de salgadinhos ou Chips, ou qualquer outra superfície brilhante).
    • Bombas de fumaça colorida ou bombas comemorativas (Atraem a atenção com barulho e cor).
  • Obtenção de alimentos
    • 2 ou 3 metros de arame fino e maleável (Snares);
    • Anzóis pequenos e linha de pesca resistente;
    • Atiradeira para se abater aves ou derrubar frutas de árvores;
  • Criação de abrigos
    • Um pedaço de lona de plástico 4×3 metros.

Caso tenha sugestões de outros materiais que considerar essenciais para fazer parte de um kit de sobrevivência, mande-nos um e-mail ou deixe um comentário.

Fontes:

http://o-aventureiro.blogspot.com/2011/05/o-kit-de-sobrevivencia.html

http://www.mestredomato.com.br/kit.html

http://www.mestredomato.com.br/planejamento.html

http://www.mestredomato.com.br/planejamento_Leia_mais.html

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Montando sua barraca em um dia chuvoso

Fonte: Grupo Escoteiro Caoquira 158 SP

Armar uma barraca enquanto está chovendo é uma das piores coisas que podem acontecer em um acampamento. Mas ficar sem uma barraca durante uma chuva pode ser ainda pior. Então, já que precisamos montar, aqui vão algumas dicas do que fazer:

  • Caso escolha acampar debaixo de árvores, investigue cuidadosamente a existência de galhos ou árvores que possam cair com a chuva, danificando a barraca e machucando os acampantes;
  • Caso escolha acampar em campo aberto, não monte sua barraca debaixo de uma árvore solitária, pois ela pode funcionar como para-raios;
  • Não escolha lugares onde a água possa acumular e formar poças. Uma leve inclinação, apenas o suficiente para que a água escoe, é desejável;
  • Monte sua barraca longe de trilhas de animais, como vacas, pois elas formam caminhos para a água da chuva e ninguém quer dormir com as costas em um “riacho”;
  • Antes de montar a barraca, coloque uma lona sobre você. Dessa forma você evita que se forme uma piscina dentro da barraca antes mesmo de começar o acampamento;
  • Algumas barracas possibilitam que o teto seja montado antes que o interior da barraca (também chamado de quarto), permitindo que a barraca e quem a monta fiquem secos.
Além dessas dicas de montagem, conhecer os tipos de barraca, saber como escolher a sua barraca e saber os cuidados básicos com ela também podem ajudar bastante. Nas fontes abaixo existem outras dicas sobre como acampar na chuva, além das dicas sobre como montar uma barraca em dia chuvoso.

Fontes:

https://sites.google.com/site/dicasdecamping/dicas/camping-com-chuva
https://sites.google.com/site/dicasdecamping/dicas/camping-com-chuva/como-montar-a-barraca-debaixo-de-chuva
http://pt.wikihow.com/Acampar-na-Chuva
http://www.carajas.com/wiki/index.php?title=Barraca_Igloo


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