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Faça você mesmo: saco estanque

Saco estanque

Primeiramente, o que são sacos estanque? Com certeza alguém já passou (ou conhece alguém que tenha passado) pela desagradável situação de levar algo que precisava ficar seco pra um acampamento e a chuva ou a travessia de um rio frustrou esse plano. Os sacos estanques servem justamente pra isso, manter secos os materiais que estão dentro dele, evitando que coisas importantes sejam molhadas na mochila, trazendo prejuízo, desconfortos ou até riscos (por exemplo, um saco de dormir molhado). Como esses sacos são um pouco caros (alguns são muito caros), algumas pessoas utilizam sua criatividade e experiência para fazer o próprio saco estanque.

Abaixo temos um modelo bem simples de fazer, retirado do site Ciclorgânico.

Materiais:
Tesoura
Silvertape
Saco plástico resistente
Fechos para mochila
Faixa
Isqueiro

1 – Corte a faixa num tamanho que seja duas vezes a largura do saco + 10cm

2 – Queime a ponta da faixa para não desfiar

3 – Coloque as pontas no meio e o fechos nas extremidades

4 – Deixe cada fecho a uma distância de quase 2cm para o saco plástico

5 – Una as pontas da faixa com silvertape (ou costure-as)

6 – Faça um corte medindo aproximadamente 3 vezes a largura da fita em ambos os lados da boca do saco

7 – Enrole a faixa até onde existir o corte e depois faça uma “bainha” com a fita

8 – Faça a “bainha” em toda a extensão da boca do saco

9 – Para usar, basta enrolar a boca do saco e prender os fechos

No site  Trilhas do Mar tem um modelo mais resistente, com outros materiais, que exige um pouco mais de dedicação e habilidade.

Faça o seu e nos diga o que achou!

 

Testamos

Conjunto Tent Kit Coleman

É composto composto por 4 estacas de aço de 25 cm cada, garantindo uma noite tranquila de sono, onde sua barraca não sairá voando no meio da noite! Um martelo com cabeça de borracha – assim você não precisará usar as mãos ou mesmo procurar algo pesado como pedras, para pregar suas estacas. Não machuque suas mãos e dedos na hora de retirar as estacas – está incluso também ao kit um saca-estacas, facilitando ainda mais seus trabalhos. Não deixe de acampar por causa de uma barraca suja.. Use a escovinha com pá para limpar e deixar tudo em ordem. Finalmente, tenha tudo isso em mão com uma conveniente bolsa respirável de transporte.

O Tent Kit Coleman, pode ser encontrado em lojas de materiais de camping e pesca.

Esse é um kit bem simples, mas bastante  útil para um acampamento e ocupa pouco espaço. Justamente por essa simplicidade, é possível montar um kit similar a este gastando pouco: a escovinha e pá podem ser encontradas em supermercados e lojas de utilidades para o lar, as estacas e o saca estaca podem ser confeccionados em serralherias ou mesmo e o martelo pode ser encontrado em lojas de ferragens e materiais de construção. A bolsa respirável também é simples de ser confeccionada.

Testamos

Travel pillow – Sea to Summit

Acho que a única coisa do conforto de casa que eu realmente não abro mão quando vou acampar é o travesseiro. A menos que eu esteja realmente muito cansado, eu não consigo dormir sem um, é praticamente uma necessidade. Isso é um problema do ponto de vista de volume e peso na mochila. Já me recomendaram travesseiros infláveis, mas infelizmente eu não me adaptei.

Mas recentemente encontrei um excelente travesseiro, o Travel Pillow, da Sea to Summit. Ele é feito de poliéster e nylon, é leve, compacto, confortável e macio. Além das pequenas dimensões (veja abaixo), ele ainda possui um cordelete para comprimir o travesseiro, fazendo com que ele ocupe ainda menos espaço. Pode ser lavado à máquina e a secagem deve ser com pouco calor, não pode ser lavado à seco. A face mais macia fica protegida quando o cordelete é puxado para comprimi-lo, ajudando a mantê-lo limpo.

Existe um ponto que para mim é uma vantagem e uma desvantagem: o tamanho. É uma vantagem na questão de transporte. E, apesar de seu conforto e maciez nada deixarem a desejar em relação a um travesseiro normal, é normal estranhar a diferença de dimensões (ainda mais quando a pessoa costuma colocar o braço embaixo do travesseiro, como eu faço). Mas essa desvantagem é muito pequena (inclusive para algumas pessoas pode nem ser uma desvantagem), é apenas uma questão de se acostumar com isso.

O Travel Pillow pode ser encontrado em várias lojas de material para camping, abaixo estão algumas:

http://www.orientista.com.br/produto/1369-travesseiro-travel-pillow-sea-to-summit

http://www.americanas.com.br/produto/7451726/travesseiro-para-camping-travel-pillow-sea-to-summit

http://www.submarino.com.br/produto/7451726/travesseiro-para-camping-travel-pillow-sea-to-summit

Se você já testou esse travesseiro, nos deixe um comentário. E se você testou algum material e gostou muito, nos sugira para testarmos também.

Como guardar seu saco de dormir

No post sobre cuidado e manutenção de sacos de dormir falamos que não devemos embrulhá-los com “cuidado”, enrolando perfeitamente. Essa forma de guardá-lo é prejudicial às fibras, pois assim elas criam uma espécie de “memória”, se acostumando com aquela posição. A melhor forma de guardá-lo no saco é desordenadamente, socando-o lá dentro. Encontramos um vídeo mostrando como fazer isso, além de dar algumas dicas sobre cuidados com sacos de dormir.

Veja aqui outros cuidados que devemos ter com o saco de dormir para manter sua qualidade e aumentar sua vida útil. Caso ainda não tenha um saco de dormir ou esteja pensando em trocar o seu, veja aqui como eles funcionam e que pontos devem ser observados ao escolher um.

Testamos

Lanterna de barraca

Acampar, sem duvida, é uma das atividades favoritas de todo desbravador, estar em meio à natureza e contemplar de perto as maravilhas da criação de Deus. Quando a noite chega naturalmente precisamos recorrer a mecanismos de iluminação para podermos realizar algumas atividades. A fogueira é algo bastante usado em nossos acampamentos, mas quando partimos para dentro da barraca precisamos de algo menos perigoso e eficiente, é ai que entra uma velha conhecida de todo acampante: A LANTERNA. Isso mesmo, quem de vocês nunca recorreu a uma lanterna para iluminar sua barraca, seja para localizar algo ou se preparar para o descanso e as atividades do dia seguinte?

Hoje existe uma infinidade de lanternas e, apesar de já ter utilizado muitas, sempre quis uma lanterna que me atendesse dentro da barraca de forma a iluminar tudo, não se perdesse entre os colchões e mochilas e não fosse necessário ficar segurando enquanto se usa. Também tinha um sonho em particular, poder acioná-la remotamente antes mesmo de chegar à barraca.

Foi aí que em 2008 este sonho foi realizado, quando um amigo me presenteou com uma lanterna de barraca que agregava tudo isso, a lanterna de barraca Control Nautika.

Esta lanterna tem uma grande vantagem, ela possui em sua base uma haste de metal que adere a lanterna à barraca através de um ímã, assim você pode colocar a haste de metal na parte de cima do quarto da barraca e a lanterna por dentro, aderindo a mesma ao teto de sua barraca, ou você pode utilizar a haste para amarrar a lanterna na parte de cima do quarto da barraca. Ela também possui um controle que permite que você a acione remotamente mesmo antes de entrar na barraca, mas caso você não queira usar o controle, ela também pode ser acionada manualmente.

Abaixo encontra-se uma descrição do produto.

  • Luminária com controle remoto para barracas.
  • Energia: 4 Pilhas AAA (lanterna) / 2 AA (controle remoto);
  • Lâmpada 5 leds;
  • Material: Corpo de plástico ABS e lente de policarbonato com difusor de luz;
  • Medidas: Diâmetro 12cm – Espessura 5cm;
  • Sistema multifixação, podendo ser fixada na barraca com o uso de imã ou em outras superfícies com o uso de parafusos (não inclusos);
  • Pode ser utilizada em barracas, porta-malas, armários, barcos, etc.;
  • Possui controle remoto infravermelho para acionamento à distância;
  • 5 LED geram maior economia, potência e iluminação mais branca e estável.
  • Marca: Nautika

Eu particularmente acho esta lanterna muito prática e bastante eficiente quando estou acampando, e confesso que até mesmo em casa quando acaba a energia recorro a ela por sua praticidade e boa iluminação.

A lanterna é um modelo antigo que infelizmente não está mais sendo produzida pela Nautika, porém, é possível encontrá-la em lojas de camping e pesca. Caso não encontre, veja alguns similares abaixo:

Escolhendo seu calçado para trilhas e acampamentos

Um dos aspectos mais importantes (se não o mais importante) que devem ser observados para caminhadas ao ar livre e acampamentos é a escolha do calçado adequado. Quando se escolhe o calçado errado para a atividade, uma caminhada ou acampamento que tinha tudo para inesquecível (positivamente!) pode ser arruinada por um tornozelo torcido, uma bolha no pé, uma unha arrancada, etc. E tudo o que você vai lembrar da atividade é do incidente com seu pé e de como ele poderia ser evitado usando o calçado certo. A escolha de um calçado inadequado é um dos 10 erros mais comuns dos excursionistas, e como nós desbravadores gostamos muito de atividades ao ar livre, é essencial não cometermos esse erro.

Quando se fala em calçado para atividades ao ar livre não se deve colocar o fator economia acima de tudo, pois é a sua segurança e seu lazer que estão em risco. Não precisa ser a marca e modelo mais caro do mercado, mas tem que ser um calçado adequado, um calçado técnico. Outra coisa que deve ser pensada é que não existe um calçado perfeito ou ideal, a escolha vai depender de onde se pretende usar e como você  é (e seus pés estão inclusos aqui).

Existem algumas opções de diferentes tipos de calçados que podem ser utilizados em atividades ao ar livre e todos os tipos são adequados para uma determinada atividade. Estas são suas opções:

  • Sandálias esportivas (papetes) – cada vez mais abundantes no mercado, são sandálias de fitas ou couro, com solado de borracha ou poliuretano. Começaram como sandálias para esportes aquáticos, pois secam muito rápido, e, hoje, até sandálias para corridas e trekkings já existem. Algumas podem ser usadas com meias e são ótimas como calçados para áreas de camping, por deixarem os pés respirarem e serem muito confortáveis. Algumas pessoas caminham em trilhas com elas, mas não são recomendadas pois oferecem pouca proteção e apoio para os pés e tornozelos contra torções etc. Mas são ideais para rafting, caiaque e outras atividades aquáticas, bem como trilhas muito curtas e planas.
  • Tênis de aproximação/Tênis de corrida em trilhas – por ser feito para usar em trilhas, ele protege mais do que os tênis comuns de corrida. Possuem solados aderentes e entressolas macias. Por ser leve, respirável e flexível, costuma ser o escolhido para caminhadas mais longas também, o que não é indicado, pois ele não oferece o apoio e proteção ideais. Lembre-se, que ele será ainda menos recomendável se você estiver carregando uma mochila pesada!
  • Botas para caminhadas leves – normalmente feitas de uma combinação de couro e tecido, estas botas costumam ser leves e possuem modelos com três tipos de cano: alto, médio ou baixo. Costumam, também, ser flexíveis e são indicados para caminhadas de um dia ou com o uso de mochilas cargueiras não muito pesadas (menos de 10 kg). As de cano alto protegem o tornozelo de torções, mas não são tão eficientes assim.
  • Botas de Trekking – mais duráveis e de construção mais rústica, estas botas são as mais indicadas para a maioria dos trekkings, incluindo aqueles com um ou mais pernoites. A maioria é feita de couro com algum tipo de tratamento para a umidade. O solado é mais resistente e protege melhor das pedras no caminho. Elas são mais pesadas que os modelos do item acima e, por isso, mais duráveis. Também deverão proteger melhor seus tornozelos de torções etc.
  • Botas de aproximação – nós não temos, no Brasil, condições para usar estas botas. Muito resistentes e duráveis, com canos bem altos e um solado agressivo e durável, estas botas são feitas para serem usadas em terrenos desiguais e acidentados, como as morenas e suas pedras cortantes e afiadas. Por apoiarem muito bem seus pés, são as indicadas para uso com mochilas pesadas. Costumam ser muito pesadas e não são indicadas para qualquer trekking – no entanto, são perfeitas para caminhadas com mochilas cargueiras com carga pesada, distâncias longas e viagens de várias semanas, como expedições à alta montanha…
  • Botas duplas ou de gelo – são as mais pesadas, resistentes, duráveis e que melhor protegem os seus pés. Foram desenhadas para serem usadas com mochilas extremamente pesadas nos piores terrenos e com os piores climas – são impermeáveis e oferecem boa proteção contra o frio. Mas não se engane! Por tudo isso, elas são, também, as mais desconfortáveis. A maioria é compatível com o uso de crampons e são usadas em expedições a lugares remotos da Terra ou onde caminhar sobre glaciares e escalar em rocha e gelo é uma constante.
Veja  abaixo um vídeo mais objetivo sobre os tipos de calçados para trilhas.

Existem ainda outros pontos que devem ser observados, como o tipo de solado, material constituinte, amortecimento, peso etc. Nos vídeos abaixo vemos algumas dicas sobre essas características.


Na hora de comprar, estas dicas também são bastante importantes:

  1. Conheça o tipo do seu pé e procure por calçados que sejam feitos para ele;
  2. Procure por calçados que tenham amortecedor para impactos;
  3. Compre à tarde/noite ou depois de caminhar/correr, quando seus pés aumentam pelo inchaço e/ou pelas longas horas de ‘uso’…;
  4. Experimente o calçado  já com as suas meias que vai utilizar com ele (veja aqui como escolher suas meias). Tenha certeza de que está comprando e experimentando o pacote completo…;
  5. Tenha certeza de que o calcanhar não aperta e nem deixa seu pé deslizar;
  6. Em caso de calçados fechados, você precisa conseguir mexer os dedos com o calçado no pé, mas este espaço não pode ser muito grande, ou você terá o calçado ‘sambando’ no pé, principalmente toda vez que estiver descendo alguma trilha – pior, o calcanhar tenderá a “sambar” também!;
  7. Procure uma rampa ou uma escada para experimentar o calçado tanto subindo quanto descendo – se o dedão bate no bico dele ou o calcanhar sobe e desce livremente nos fundos dele (ele não deve mover mais do que meio centímetro), experimente outro número;
  8. Sempre experimente os dois pés ao mesmo tempo, fechando-o completamente como se fosse sair para caminhar naquele instante;
  9. Caminhe ou corra pela loja, antes de tomar a decisão – é sempre bom lembrar que seus pés podem aumentar de tamanho ao colocar peso sobre eles. Portanto, não experimente os calçados apenas sentado. Levante-se, caminhe etc.;
  10. O movimento que você faz ao caminhar também é importante e, por isso, você deve caminhar pela loja;
  11. O calçado que você está experimentando deverá fazê-lo sentir-se bem com ele imediatamente – você nunca deverá ter de alargar ou algo mais do que simplesmente amaciar o couro de um calçado para atividades esportivas. Aliás, esta é uma regra que deveria valer também para seus calçados sociais!
  12. Considere as condições que você irá utilizar suas botas. Como é o clima de onde você costuma caminhar? Qual o peso que você costuma carregar? Como costumam ser as trilhas que você vai? Estes fatores são determinantes na hora de escolher uma bota. Ainda falaremos mais sobre eles…
  13. Procure calçados leves, sempre que possível, mas não sacrifique o apoio, a proteção ou a durabilidade por isso… Existe um ditado que diz: “cada grama que você carrega nos pés equivale a 5 gramas extras nas costas”;
  14. Experimente. Experimente. E experimente de novo… Experimente todos os modelos e tipos de botas e calçados que estiver ao seu alcance. Cada fabricante tem desenhos diferentes e nem mesmo dois pares do mesmo fabricante calçarão iguais. Não descanse nunca, mesmo quando você acha que encontrou o par perfeito! Você deve considerar todas as opções – aquele modelo que você tinha certeza de que não serviria, poderá surpreendê-lo…
  15. Como você se sente? Desconfortável? Simplesmente esqueça-os! Por mais bonito, barato etc que você o ache. Se eles não vestiram bem na loja, o que dirá em uma trilha em terreno desigual, subindo ou descendo por horas a fio?

Uma dica muito importante sobre seu calçado é nunca estreá-lo no acampamento ou trilha. Você deve amaciá-lo antes, utilizando-o às vezes durante uma ou duas semanas, dependendo da frequência de uso.

Fontes:

Também sugerimos este tutorial para escolher botas corretas para práticas esportivas: http://www.mochileiros.com/tutorial-escolher-botas-corretas-para-praticas-esportivas-t55086.html

Você tem outras dicas de como escolher um bom calçado para trilhas e acampamentos? Deixe-nos um comentário!

Métodos para acender fogo sem fósforo, parte 2

Ao pensar em fogo sem fósforo, com certeza muitos devem se lembrar do filme “Náufrago” e o personagem fazendo fogo por atrito. O atrito é o princípio mais simples para realização de fogo e o que menos necessita de materiais artificiais, podendo ser feito exclusivamente com o que é encontrado na natureza.

Além do fogo por atrito (ou fricção), hoje mostraremos como acender uma fogueira utilizando o princípio do ar comprimido, da faísca elétrica e dois métodos utilizando produtos químicos.

  • Atrito
    • Fogo com arco

    • Fogo por atrito em placa

    • Fogo por atrito com bambu

  • Ar comprimido (pederneira de pistão)

Abaixo temos um vídeo (em inglês) explicando o funcionamento de uma pederneira de pistão.

  • Faísca

  • Produtos químicos
    • Permanganato de potássio e glicerina
    • Água e carbeto de cálcio (carbureto)

Num post anterior mostramos como fazer fogo utilizando pedras de fogo (sílex, quartzo, pirita), pederneira (iniciador de fogo), lente e outras formas que utilizam o mesmo princípio da lente. Caso você ainda não tenha visto ou queria relembrar, clique aqui.

Métodos para acender fogo sem fósforo, parte 1

Um conhecimento importante para acampantes é como fazer fogo, pois ter uma fogueira no acampamento é fundamental para várias coisas, como aquecer o corpo, secar roupas, purificar água, cozinhar alimentos, iluminar o acampamento, repelir insetos, espantar animais perigosos, dar senso de segurança e conforto, fornecer fumaça para sinalização a equipes de resgate, etc.

Mas o que fazer se você estiver sem fósforo ou sem isqueiro? Existem vários métodos, alguns mais simples, outros mais complexos. Mas todos necessitam de prática. Saber essas técnicas pode aumentar sua autoconfiança ao acampar e também são uma forma de diversão para algumas pessoas.

Na especialidade de Acampamento III pede-se para conhecer seis diferentes maneiras de se acender uma fogueira sem o uso de fósforos e construir uma utilizando uma das maneiras. Para explicar melhor cada um dos métodos e suas variações, vamos dividi-los em dois posts. Após conhecê-las, experimente as que você achar mais viável e pratique.

  • Pedra de sílex ou quartzo ou pirita

Veja aqui como fazer o char cloth utilizado no vídeo acima.

  • Pederneira (iniciador de fogo)

  • Lente de vidro
As técnicas que serão apresentadas abaixo têm princípio semelhante: aproveitar a energia de raios solares refletidos ou refratados. Essa energia se “concentra” no foco – o ponto onde os raios convergem antes de divergirem novamente.

  • Variações do método da lente
    • Gelo – A técnica é uma variação do método que usa uma lente de aumento, no caso substituída por gelo. O gelo precisa ser transparente para que o método funcione.Remova as porções turvas do gelo e apare o gelo em formato redondo e abaulado como uma lente de aumento. Veja o vídeo abaixo (em inglês).

    • Lata e chocolate: este método só dá certo em dias de sol forte. A base da lata funciona como um espelho côncavo. É preciso polir o alumínio, esfregando um pedaço de chocolate (fig. 1) e depois um pano (fig. 2) até o fundo da lata ficar bem brilhante. Aí você deve posicionar o material inflamável – algo como um palito com capim seco na ponta – no ponto focal, onde os raios refletidos convergem. Para localizar esse ponto, é recomendável usar óculos escuros, tanto para a proteção dos olhos quanto para reduzir a luminosidade do ambiente. (Não coma o chocolate, ele fica cheio de alumínio).
    • Água e plástico transparente: Junte as pontas do plástico, formando um saco que deve ser preenchido com um pouco de água que você tiver, por exemplo, num cantil. Aqui também o sol é essencial: o saco d?água vai funcionar como uma lente para concentrar os raios e incendiar sua “isca”: materiais como palha, capim seco, estopa ou casca de árvore.

    • Água e garrafa pet

No próximo post da seção falaremos sobre atrito, ar comprimido e faísca.

Como construir diferentes tipos de abrigo, para a classe de Guia de Exploração

Os acampamentos são uma das atividades mais comuns aos desbravadores, e uma coisa muito legal para se fazer em um acampamento é construir um abrigo e passar uma noite nele. Só quem já passou uma noite em um abrigo construído com suas próprias mãos (usando materiais naturais ou artificiais) consegue descrever a sensação.

Na classe de Guia de Exploração é pedido para três tipos diferentes de abrigo, explicar seu uso e utilizar um deles em um acampamento.

Ao escolher o tipo de abrigo que faremos devemos observar alguns pontos:

  • Tempo meteorológico: parâmetros como temperatura, chuva, vento, umidade, etc. devem ser considerados ao escolher o tipo de abrigo. Por exemplo, abrigos que servem para dias chuvosos podem não ser os mais recomendados para dias ensolarados, assim como locais que têm ventos fortes exigem abrigos diferentes dos locais que têm ventos fracos.
  • Disponibilidade de material: ao construir um abrigo devemos levar em consideração os materiais que temos à disposição, tanto materiais naturais quanto artificiais. Devemos pensar também nas outras utilizações que esses materiais podem ter durante o acampamento. Por exemplo, a madeira pode ser utilizada também na construção de pioneirias e como lenha para fogueira.
  •  Tipos de abrigos:
    • Abrigos permanentes: são os construídos com material da região e destinados a dar condições de permanência na mata por um longo período de tempo.
    • Abrigos temporários: são os construídos com material da região, utilizando também, se necessário, partes do próprio equipamento e destinados a permitir a permanência na mata por curtos períodos de tempo.
  • Disponibilidade de tempo:
    • Qual a duração do acampamento? Se o meu acampamento é curto, não compensa gastar muito tempo na construção de um abrigo permanente, muito elaborado e trabalhoso, a menos que as condições de tempo meteorológico exijam um abrigo desse tipo.
    • Caso o meu acampamento seja móvel, também não há necessidade de gastar muito tempo na construção de um abrigo permanente.

Observando esses pontos com bom senso, com certeza teremos uma atividade construtiva.

Veja abaixo dois vídeos de abrigos que podem ser construídos, cada um para condições bastante diferentes:

Clique na imagem abaixo para ver no site da Discovery o passo a passo deste tipo de abrigo rápido e simples, bem como a escolha do lugar onde montá-lo.

E agora mais algumas imagens (retiradas do manual de Abrigos e Barracas, Coleção Tafara, Série Ar Livre, nº 2) de modelos de abrigo que podem ser utilizados em seu acampamento, tanto com utilização de lona quanto sem sua utilização. Vários outros modelos podem ser desenvolvidos, basta colocar a criatividade e o conhecimento de amarras em prática.

Particularmente, sou contra derrubar árvores e cortar galhos para a construção de abrigos e pioneirias, tanto pela curta duração dos nossos acampamentos quanto pela “necessidade” de degradar o meio ambiente para essa finalidade. Considero que abrigos suspensos, apesar de serem bonitos, funcionais e utilizarem bem os conhecimentos de amarras, não são muito interessantes sob o ponto de vista ambiental, pois é difícil encontrar a quantidade de madeira nas dimensões necessárias sem derrubar árvores, portanto, o ideal é que só fossem utilizados em caso de real necessidade.

Testamos

Hoje estamos iniciando uma nova seção, a seção “Testamos”. Nosso intuito nesta seção é o de mostrar materiais para desbravadores e líderes que tenhamos testado e aprovado, apresentar a descrição do produto, suas vantagens e desvantagens e relatar brevemente a experiência com o material.

Caso tenha testado algum material e queira nos recomendar, nos mande um e-mail.

 

Dry Lite Towel – Sea to Summit

Trata-se de uma toalha confeccionada em microfibra, macia e ultra-absorvente. Cada kg do material da toalha absorve até 5 kg de água. Além dessa grande capacidade de absorção de água, ela também seca muito rapidamente. É macia, leve e compacta, ocupando pouco espaço na mochila e realizando o mesmo trabalho de uma toalha grande convencional. Por estas características, a Dry Lite Towel é ideal para viagens, trilhas, acampamentos, rapel e outras atividades de aventura.

Ela pode ser encontrada em 5 tamanhos diferentes: extra-pequena (XS), pequena (S), média (M), grande (L), e extra-grande (XL) (veja na tabela abaixo).

Eu comprei uma M e uma XS, para usar como toalha de rosto. A média é mais que suficiente para me secar bem, sem deixá-la encharcada após o uso. E mesmo a pequena já me quebrou um galho quando esqueci de levar a média, só precisei torcê-la pra terminar de me enxugar. Elas realmente são bastante macias e o espaço ocupado é muito pequeno, dando espaço para colocar outras coisas na mochila ou simplesmente reduzir o peso e volume de material a carregar.

O vídeo abaixo demonstra bem a capacidade de absorção e secagem de uma Dry Lite Towel e porque ela é uma boa toalha para atividades outdoor.

Aqui estão algumas lojas nas quais é possível encontrar essa toalha (alguns tamanhos podem estar indisponíveis):

http://www.penatrilha.com.br/catalogsearch/result/index/?manufacturer=630&q=toalha&x=0&y=0

http://www.arcoeflecha.com.br/busca.asp?palavra=toalha%20dry%20lite

http://www.territorioonline.com.br/catalogsearch/result/?q=toalha+dry+lite

http://behard.com.br/lojavirtual/produto/toalha-drylite-micro-towel/21

Teste você também e nos diga o que achou!

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