Arquivo | novembro 2015

Como crianças…

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“e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus”. Mateus 18:3

Esse é um daqueles versos bíblicos que a gente decora nos primeiros anos na escola sabatina e que parece bem simples de entender à primeira vista, mas que a gente só compreende toda a profundidade de significado com o passar dos anos. E essa semana eu consegui entender um pouquinho mais do significado dele e gostaria de compartilhar com vocês.

Uma das minhas atividades favoritas é cozinhar. E geralmente quem gosta de cozinhar gosta também de assistir programas de culinária. Bem, esse é o meu caso, rs. Há umas três semanas eu comecei a assistir aquele programa chamado Master Chef. Eu sei que na verdade já até acabou a segunda temporada, mas não riam de mim, é que na verdade nós não temos TV em casa, então algumas coisas acabam passando batido.

Semana passada começou mais uma temporada do programa, só que dessa vez os competidores são crianças de 8 a 13 anos. E o que mais me impressionou não foi a enorme habilidade culinária das crianças (a de algumas, maior até que a minha, rs. Até hoje não sei fazer suflê, rs) ou mesmo a extrema concentração em que eles trabalham, e sim o espirito de amizade e cooperação entre eles.

Só para citar dois exemplos. Uma das meninas de 8 anos estava fritando um peixe na frigideira e por um descuido deixou o peixe cair no chão. Assim que o menino do lado notou o que tinha acontecido ele procurou um pedaço de peixe nas coisas dele e deu para a colega terminar o prato. Outro caso foi de um garotinho que errou o ponto dos ovos e precisaria refazer a receita, só que ele não tinha mais ovo suficiente para refazer. Ele virou para o colega de trás e pediu um ovo, mas ele também ia precisar dos ovos. E o que ele fez? Disse que não podia dar o ovo? Não! Ele foi no amiguinho do lado e pediu o ovo para dar para o outro colega! Ou seja, ele não tinha, mas não podia deixar o coleguinha na mão! Além desses tem vários outros exemplos de companheirismo, nem parece que as crianças estão disputando uma viagem para a Disney. Atitudes muito diferentes das que são vistas na competição dos adultos, onde a maior parte dos participantes faz de tudo para puxar o tapete do outro.

Quando paro para pensar nessas coisas fico me perguntando, onde foi parar essa generosidade que quase todas as crianças possuem? Em que parte do caminho ela se perdeu? Essa é só uma das características requeridas dos candidatos a cidadãos do céu. Outras são simplicidade, facilidade em perdoar, compaixão, sinceridade… e olha só! Todas essas características estão presentes na maioria das crianças. Esse certamente é um dos motivos pelo qual Jesus falou que se não fôssemos crianças, não entraríamos no Reino dos Céus!

1- Éveni

Jovens são ouvidos no Concílio Quinquenal da DSA

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Está acontecendo nesta semana o Concílio Quinquenal da Divisão Sul-Americana. Entre as principais atribuições desta comissão está nomear os administradores das Uniões com status de união-missão (que são 12 de 16), fazer mudanças necessárias nos departamentos da própria DSA e discutir estratégias e definir metas para o trabalho da Igreja na América do Sul pelos próximos 5 anos.

Um momento diferente fez parte das reuniões de ontem. Apesar de ser desconhecida a forma de seleção, um grupo de adolescentes de 11 a 18 anos foi chamado para dizer aos delegados da comissão a sua opinião sobre “como tornar a igreja mais relevante”.

O site oficial de notícias da Igreja, ASN, publicou ontem algumas das sugestões que os jovens fizeram: “os líderes da igreja local precisam aceitar as novas gerações”, “a igreja precisa ser mais simples e mais alegre”, “a igreja precisa dar mais oportunidades para os jovens trabalharem”.

Porém, o pastor Ted Wilson (presidente da Associação Geral da Igreja Adventista) publicou em sua página do Facebook alguns outros comentários, que acho extremamente relevante pontuar: “viva o que você prega como pastor”, “não tenhamos um posicionamento hipócrita na igreja”, “nossos pés estão na terra, mas nossos olhos precisam estar focados no céu”, “pais e filhos devem participar juntos das atividades da Igreja”, “vamos prosseguir com a missão de salvar almas”, “escolham corretamente os líderes de jovens, que saibam o que estão fazendo”, “mostrem Jesus de maneiras práticas”, “perguntem aos jovens o que eles gostariam nos eventos e serviços da igreja”. (tradução livre)

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Fiz questão de trazer as adições do pastor Ted Wilson porque elas mudam um pouco o quadro mostrado pela ASN. Ele nos fez abrir os olhos para alguns pontos muito importantes!

Frases como “viva o que você prega como pastor”, “não tenhamos um posicionamento hipócrita na igreja”, “mostrem Jesus de maneiras práticas” e, principalmente, “escolham corretamente os líderes de jovens, que saibam o que estão fazendo” nos mostram que os jovens estão atentos às escolhas da Igreja e não estão satisfeitos com elas! Isso porque, pelo contexto, eles não estão vendo em seus líderes alguém que mostre Jesus em seus atos, que vive o que prega e muito menos que demonstre saber o que deveria saber!

Isso nos prova o que há muito ouvimos falar nos treinamentos do Clube: os juvenis/adolescentes percebem as coisas. Eles notam quando algo é feito de coração ou não. Eles percebem as incoerências entre discurso e prática muito melhor do que imaginamos. Eles percebem quando o líder não está preparado para a função. Sobre nós repousa a sagrada responsabilidade de cuidar dos desbravadores que Deus nos confiou, precisamos fazer esse trabalho com muito zelo.

Declarações como a desses adolescentes e jovens não deixam de ser incômodas. A Igreja em todas as suas esferas, desde a comunidade local até a Associação Geral, precisa ter consciência da força da juventude, mas precisa também compreender que essa força só será usada para o bem se receber o direcionamento adequado.

1-Alberto

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