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O que fazer quando não quiser ficar perdido

Apresentar 10 regras para uma caminhada e explicar o que fazer quando estiver perdido.

Esse é um requisito muito importante da classe de Amigo, uma das primeiras coisas que um desbravador precisa saber e que os Clubes trabalham relativamente bem (daqui a pouco vou explicar o porquê do relativamente).

Porém, mais importante que saber o que fazer quando estiver perdido, é saber como evitar se perder em caminhadas, excursões, trilhas e acampamentos. Conforme o ditado popular, “É melhor prevenir do que remediar“. Por isso, esse aspecto deveria ser mais trabalhado nas regras de caminhada e ainda mais enfatizado com os membros da direção, especialmente com aqueles responsáveis pela organização das saídas do Clube em meio à natureza.

Mas, infelizmente, existem Clubes que negligenciam esse ponto e põem seus membros em risco. Na maioria das saídas, nada de ruim acontece, ninguém se perde, mas eventualmente algum Clube de Desbravadores aparece em uma manchete por causa de um incidente com todo o grupo ou parte do grupo de acampantes/excursionistas. E alguns desses incidentes (talvez todos) poderiam ser evitados se fosse mais enfatizado o “como não se perder” ao invés do “o que fazer quando estiver perdido”. “Acidentes” que poderiam ser evitados não são acidentes.

Grupo resgatado na Serra do Mar pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Existem alguns prejuízos que podem advir desses incidentes, entre eles:

  1. Trabalho dado aos órgãos públicos;
    • Muitos recursos humanos e materiais são empregados em operações de busca e resgate. Esses recursos públicos estão disponíveis e devem ser utilizados quando necessário. Mas não é porque eles estão disponíveis que devemos utilizá-los.
  2. Trauma que pode ser causado em alguns desbravadores;
    • As pessoas são diferentes umas das outras, e por essa razão elas terão reações diferentes em uma situação dessas. Algumas podem manter a calma, buscar encontrar soluções, tirar lições (por exemplo, perceber o que poderiam ter feito para evitar que isso acontecesse). Mas para outras pessoas, a situação de estar perdido em um ambiente desconhecido e sem sensação de segurança pode ser angustiante e desesperadora. Alguns desbravadores podem ficar traumatizados e nunca mais querer acampar ou fazer caminhadas em meio à natureza.
  3. Imagem do Clube de Desbravadores e da Igreja que são manchadas ante a sociedade;
    • A imagem que o Clube de Desbravadores possui perante a sociedade depende das ações (tanto positivas quanto negativas) que os Clubes adotam e do nível de repercussão dessas ações na sociedade. As ações podem não ter repercussão, repercutir no bairro, no Município, no Estado, no País ou mesmo mundo. Quando qualquer grupo se perde ou se acidenta numa trilha, excursão ou acampamento, em geral, a repercussão é muito grande. E, em geral, passa uma impressão de falta de organização, falta de preparo, etc.
    • Vários Clubes podem ser manchados pela ação de um só, dependendo da repercussão  do incidente, fechando portas e criando barreiras para ações futuras. Por exemplo, a administração de um Parque pode não conceder autorização para o Clube “X” acampar ou fazer trilhas no Parque devido a um incidente anterior que aconteceu com o Clube “Y”.
  4. Perda da credibilidade do Clube junto aos pais dos atuais desbravadores e possíveis futuros desbravadores;
    • Esse aspecto é um desdobramento do anterior, e pode ter consequências no próprio Clube ou atingir outros Clubes, conforme a repercussão do incidente:
      • Pais podem retirar seus filhos do Clube em razão de um incidente, por considerarem que a direção do Clube é irresponsável, etc.;
      • Pais podem retirar seus filhos de um Clube em razão de um incidente que ocorreu com outro Clube, por considerarem que a instituição Clube de Desbravadores é irresponsável, etc;
      • Por exemplo, quando houve uma morte de uma pessoa ao fazer rapel em uma cachoeira em que eu costumava fazer rapel, minha avó insistia comigo para que eu parasse de fazer rapel.
  5. Os aspectos 3 e 4 podem ainda manchar a imagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma vez que o Clube de Desbravadores é um departamento da igreja.

Então, para evitar ou minimizar as chances de acontecerem incidentes desse tipo, aqui estão algumas dicas do que fazer para não ficar perdido, além de outras dicas de preparação, caso fique perdido:

  1. Nunca faça trilhas e acampamentos sem avisar alguém sobre seus planos
    • Informe local de início e fim da excursão, duração, trajeto. Assim, caso aconteça algum atraso, alguém perceberá a demora e poderá informar as autoridades.
  2. Nunca faça trilhas e acampamentos sozinho
  3. Conhecimento do local
    • Nunca faça uma caminhada sem conhecer muito bem a região – e não vá além do trecho que conhece! Caso não esteja familiarizado com o local, vá acompanhado de um guia. Em ambos os casos, ande apenas pela trilha, inclusive para evitar degradar o local.
    • Sempre olhe para trás durante a trilha. A volta parece diferente da ida. E o cansaço também não colabora para reconhecer melhor o caminho. Olhar para trás pode ajudar a tornar o caminho de volta mais conhecido.
  4. Condicionamento físico
    • Escolha uma caminhada compatível com o preparo físico de seu grupo. Tenha certeza que o preparo físico do grupo é adequado ao nível de dificuldade da trilha. Se a dificuldade for superior ao preparo físico, as pessoas se cansarão mais rápido, demorarão mais que o planejado, e com isso precisarão de mais água e comida.
  5. Condições meteorológicas
    • Acompanhe a previsão do tempo meteorológico para a data/período em que planeja fazer a atividade. Não pense duas vezes em remarcar/cancelar caso as condições não sejam aquelas para as quais vocês se prepararam. E se planeje para possíveis mudanças que possam acontecer, leve roupas para caso isso aconteça.
  6. Tenha sempre um kit de primeiros socorros à disposição
    • Esperamos nunca precisar, mas é essencial sempre ter um bom kit para coisas mais simples, além de saber utilizá-lo corretamente.
  7. Tenha um GPS ou uma bússola e um mapa da região
    • Essa orientação é especialmente importante caso a trilha seja desconhecida. Ter equipamento(s) de orientação pode fazer a diferença entre permanecer perdido e sair de uma situação de desorientação.
  8. Tenha um celular com bateria
    • Apesar de existirem locais em que não há sinal, hoje em dia a cobertura das operadoras está aumentando. Ter um celular com bateria para solicitar o socorro em caso de emergência é um bom recurso. E, havendo sinal, será possível enviar a localização utilizando o WhatsApp, o que facilitaria o socorro, como já aconteceu com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
  9. Faça a previsão de alimentos e água para o caso de imprevistos
    1. Esses imprevistos tanto podem ser mudanças no tempo, quanto acidentes (entorses, fraturas, etc.). Além desses, existe outro “imprevisto”, o de subestimar o tempo que o grupo gastaria numa determinada trilha/excursão.
    2. Imprevistos aumentam a duração da trilha/excursão. Mais tempo na trilha = maior consumo de alimentos e água.

Nossas dicas foram adaptadas das seguintes fontes:

http://webventureuol.uol.com.br/h/noticias/regras-para-a-caminhada-na-mata-nao-virar-pesadelo/8046

http://oglobo.globo.com/rio/especialistas-dao-dicas-de-como-se-preparar-para-trilhas-6933824

http://www.trekkingbrasil.com/10-erros-comuns-na-trilha-e-camping/

http://www.sc.gov.br/mais-sobre-defesa-civil-e-bombeiros/8995-aplicativo-de-telefonia-movel-auxilia-operacoes-de-busca-e-resgate-do-corpo-de-bombeiros

Segurança básica na água

Uma das especialidades mais importantes do Clube de Desbravadores, ao meu ver, é a de Segurança básica na água. Especialmente o requisito 11, que trata das regras de segurança quando estiver próximo à água. No post de hoje vamos apresentar algumas regras importantes.

  • Regras gerais

    • Evite brincadeiras como simulações de afogamentos ou forçar a cabeça de um amigo para dentro da água;
    • Oriente as crianças sobre os perigos e não deixe que elas entrem na água sozinhas;
    • É indispensável a presença de um adulto quando as crianças estiverem na piscina;
    • Boias infláveis, colchões e outros artefatos infláveis de borracha não substituem coletes salva-vidas e podem dar a falsa sensação de segurança. Além disso, ventos ou ondas podem levá-los para longe;
    • Instale e disponibilize boias salva-vidas em locais visíveis, ao redor de piscinas, lagos e rios;
    • Não mergulhe de cabeça em lugares rasos ou em que você não conhece a profundidade;
    • Não nade à noite, exceto em piscinas que sejam bem iluminadas;
    • Não insista em ficar dentro da água caso esteja com frio;
    • Não entre em águas profundas logo após alguma atividade cansativa;
  • Segurança no rio

    • Antes de entrar na água, fique atento às informações de profundidade e correnteza no local;
    • Não salte de pedras ou galhos de árvores para dentro da água;
    • Se não souber nadar, não se afaste da margem e evite atravessar de uma margem à outra;
    • Mesmo sabendo nadar, evite tomar banho em rios caudalosos.
  • Segurança na piscina

    • Evite correr e pular em volta da piscina, pois geralmente a borda da piscina fica molhada e escorregadia;
    • Nunca se aproxime dos ralos instalados nas piscinas, nem tente obstruir a passagem de água.
  • Segurança no mar

    • Tome banho perto das guaritas dos salva-vidas e se informe do horário em que eles estão nas guaritas;
    • Não se afaste da borda do mar. O ideal é que a água não passe da cintura;
    • Não fique perto de pedras e costeiras, é escorregadio e você pode se ferir ou ser surpreendido por uma onda forte.

Como pedir por socorro dentro da água?

  • Mantenha-se apenas flutuando e acene por socorro. Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário, você estará se cansando e acelerando o afogamento. Acenar por socorro geralmente é menos desgastante e produz maior efeito.
  • No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar se levar para o alto mar, fora do alcance da arrebentação e a favor da correnteza, acenar por socorro e aguardar. Ou se você avistar um banco de areia tentar alcançá-lo.
  • Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e os braços para dar flutuação. Não se desespere tentando alcançar a margem de forma perpendicular, tente alcançá-la na diagonal, utilizando a correnteza a seu favor.

Como se livrar de uma cãibra dentro da água?

  • Mantenha a calma;
  • Se possível, tente sair da água ou chegar a um lugar mais raso;
  • Procure flutuar de costas;
  • Avise alguém que esteja por perto, para que te ajude(m);
  • Procure reverter as contrações, alongando o membro acometido, forçando os músculos no sentido contrário ao que eles estão se contraindo, até que a dor e o espasmo cessem;
  • O músculo que mais frequentemente sofre com cãibras na natação é a panturrilha. Para se livrar de uma cãibra na panturrilha, flutue de costas, estique bem a perna e force a ponta dos pés em direção à sua cabeça;
  • Saia da piscina e não volte a nadar após, você pode ter outra cãibra facilmente.

Fontes:

Curta o Acampamento de Verão com Segurança

Manual do Curso de Emergências Aquáticas da SOBRASA

Natação: cãibras em águas abertas

Tenha cuidado com cãibras musculares na prática de natação no Inverno

Saiba como evitar e lidar com cãibras na água

Caixa de primeiros socorros para desbravadores

primeiros-socorrosHá algum tempo observo que os líderes têm muita dificuldade ao montar sua caixinha de primeiros socorros. Trata-se de um item indispensável em qualquer atividade campestre do Clube e, claro, muito mais importante é saber usá-la.

Em alguns camporis, o Campo/União estabelece os itens mínimos para a caixinha. Porém, nos manuais de campori que eu tive acesso, tinha muita coisa desnecessária para a realidade do Clube, tornando a compra muitas vezes inviável. Em alguns casos, para não perder ponto, o Clube acaba gastando muito nas medicações e materiais e deixa de investir em outras coisas muito mais importantes…

Para sabermos o que devemos comprar, precisamos primeiro esclarecer algumas coisas:

  1. Pelo que o próprio nome sugere, o atendimento de primeiros socorros constitui em um atendimento primário, com vistas a diminuir os agravos da saúde até a chegada (ou ida) da equipe de saúde. Assim, não é nosso objetivo tratar todo e qualquer agravo de saúde, mesmo se um médico estiver presente no local.
  2. As medicações constituem cerca de 28% dos casos de intoxicação no Brasil. Assim, é necessário muita cautela ao usar os itens.
  3. Como geralmente os Clubes compram as medicações antes dos eventos e muitos não são usados, há grandes chances de você ter itens vencidos na sua caixinha. Verifique com cuidado e procure uma drogaria ou posto de saúde perto da sua casa para o descarte adequado delas. JAMAIS administre ou use uma medicação vencida.
  4. Menos é mais! É mais importante ter poucos itens e saber usar adequadamente todos eles do que ter muitos e ficar perdido numa situação de urgência/emergência.
  5. As medicações precisam de armazenamento adequado. Medicações líquidas abertas há mais de 30 dias, soro fisiológico aberto sem refrigeração adequada, mesmo que estejam dentro do prazo de validade, devem ser descartados.
  6. É necessário certificar-se que a criança não possui alergia a nenhuma medicação.

Considerando os itens acima, vamos propor para vocês um kit básico e barato para montar a caixinha de vocês. Também vou indicar a função básica de cada um, lembrando que o mais importante é providenciar, o mais rápido possível, o acesso ao serviço de emergência profissional, quando for o caso.

EQUIPAMENTOS

  • ATADURAS | Dois pacotes de ataduras, de tamanhos diferentes, são suficientes para a maioria dos casos que você possa presenciar. Devem ser usadas nas imobilizações de membros, como auxílio na contenção de hemorragias, como proteção para feridas expostas e mesmo para fazer uma tipoia.
  • LUVAS | Poucos pares (3 ou 4) de luvas de procedimento, para que o socorrista não se contamine com os fluidos e secreções da vítima.
  • GAZE | 2 pacotinhos de gaze estão de ótimo tamanho. São usadas para limpar feridas, nas compressas para conter hemorragias, etc.
  • ÁLCOOL 70% | Ótimo agente de limpeza, podendo ser usado na desinfecção da pele da vítima edo socorrista. Pode ser aplicado diretamente sobre feridas rasas, apesar de a maioria necessitar apenas de água e sabão (não recomendamos o uso de iodo e água oxigenada, pois são poucas as ocasiões em que são indicados e somente um profissional de saúde treinado está habilitado a classificar a situação).
  • SORO FISIOLÓGICO | 1 potinho pequeno é suficiente. É útil para a limpeza de ferimentos.
  • PINÇA OU AGULHA | Extremamente úteis para retirar farpas de pau, situação muito frequente nos nossos eventos, rs. Lembrando que é necessário desinfectar a pinça/agulha, de preferência com fogo. Assim, tenha também um isqueiro junto à sua caixinha.

MEDICAMENTOS (Em todos os casos de medicamentos, é importante que se tenha opções líquidas, devido poder ser necessário administrar em crianças menores).

  • NOVALGINA| Melhor medicação, na minha opinião, como antitérmico. No caso de gotas, 1 gota por quilo de peso. Para maiores de 40Kg, apenas 40 gotas ou 1 comprimido. Usar apenas se temperatura estiver maior ou igual 37,8ºC.
  • ALIVIUM | Opção para os alérgicos à dipirona. Na versão líquida, 1 gota por quilo de peso (considerando o de 100mg/mL) ou 1 comprimido de 600mg para maiores de 40kg. Usar apenas se temperatura estiver maior ou igual 37,8ºC.
  • POLARAMINE | Talvez a melhor opção disponível para alergias. Tem um ótimo efeito. Então, caso a criança inicie com quadro alérgico em todo o corpo, é indicado usar 1 comprimido ou, na versão em gotas, 20 gotas.
  • DRAMIN B6 | Indicado para casos de enjoo e vômitos. 1 gota por quilo de peso ou 1 comprimido (não há muita restrição com relação à idade e o uso do comprimido, nesse caso).
  • BUSCOPAN COMPOSTO | É muito comum em acampamentos ter alguma menina menstruada. Nestes casos, as chances dela sofrer com cólicas são muito grandes. 1 buscopan composto de 8/8 horas alivia bastante os sintomas. Caso a dor persista, é necessário procurar o serviço médico.
  • BERLISON CREME | Esse é de uso tópico (aplicado na pele), é ótimo para passar em picada de mosquitos, para evitar ficar um caroço muito grande e diminuir a coceira.

Bem, com esses equipamentos e medicações vocês conseguem resolver boa parte do que pode aparecer num evento. Se acharem melhor, façam uma colinha de como usar cada coisa e deixe já na caixa, para facilitar. Não tente fazer coisas mirabolantes e que você não sabe. Na dúvida, ligue sempre para o serviço de emergência 192.

Caso tenham alguma dúvida sobre as sugestões deste post, podem nos enviar um email ou deixar seu comentário aqui embaixo.

1-Alberto

Montando a mochila

Nós já apresentamos aqui no blog alguns posts sobre mochilas (como escolher, como organizar e como regular e cuidar). Mas recentemente encontrei um artigo sobre organização da mochila com mais algumas dicas, o “ABCD da Mochila”. E como conhecimento nunca é demais, decidi compartilhar com vocês também.

A primeira dica é que cada grama que conseguir tirar da bagagem é essencial, as outras dicas vêm em ordem alfabética: Acesso, Balanço, Compressão e Discrição.

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ABCD da Mochila – Acesso, Balanço, Compressão e Discrição

Acesso
O acesso aos materiais que precisará retirar durante o dia deve ser fácil, evitando que tenha que desmontar toda a mochila para pegar um objeto.

No fundo da mochila: comece montando a mochila com os equipamentos que só vai utilizar no acampamento, como o saco de dormir, barraca, roupas extras, utensílios de cozinha e a comida para o jantar.

Por perto: os primeiros socorros, o celular ou rádio e a capa de chuva (se o tempo não estiver limpo) são itens que provavelmente você não utilizará, mas é bom manter por perto, no corpo da mochila.

À mão: por último, guarde os itens que devem ficar acessíveis. Esses englobam mapa, bússola, cantil, protetor solar, máquina fotográfica e o lanche do dia. Parece que vai chover? Então a capa de chuva entra nesta categoria. Lembre-se que a garrafa de combustível, caso tenha uma, deve ser guardada na vertical abaixo do nível da comida, ou num dos bolsos externos; assim, se ocorrer algum vazamento, a comida não será contaminada. Os pequenos itens como escova, pasta de dente e canivete cabem nos bolsos laterais ou superiores. Esses bolsos também são ótimos para colocar uma barra de cereal ou chocolate, para um rápido lanche a qualquer momento do dia.

Balanço
Mantenha o máximo possível dos itens pesados próximo às costas. Carregar uma mochila fica mais fácil quando o peso está alinhado ao seu corpo. Preste atenção na posição desse peso. Com muito peso no topo da mochila, você perde o equilíbrio; muito peso na base da mochila e você fará um esforço adicional, inclinando-se à frente para balanceá-la. Tenha em mente também o balanço lateral, evitando colocar muito peso apenas num dos lados.

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Compressão
O segredo é comprimir tudo dentro da mochila e/ou dentro dos equipamentos, sem deixar espaços vazios. Guarde o fogareiro e algumas comidas dentro das panelas. Coloque a capa de chuva ao redor de outros itens para preencher qualquer espaço vazio e assim por diante.

Discrição
Uma mochila discreta é aquela onde não se vê item pendurado do lado de fora. Se os equipamentos estão dentro da mochila, as chances de perder, molhar ou quebrar são mínimas!

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Mochila nas costas
Para evitar lesões ao colocar a mochila às costas, são necessários alguns cuidados. A maior parte do peso da mochila deve ser suportada pelos quadris e é sobre eles que a barrigueira deve ser apoiada. Se, ao final do dia, seus ombros estiverem doloridos, é porque o peso não foi distribuído corretamente nos quadris.

Planejando
Para melhorar sua organização, crie uma lista com todos os seus equipamentos e faça anotações após cada viagem sobre o que serviu, o que não serviu e sobre o que usou ou não. Na próxima viagem esta lista servirá como guia e, ao longo do tempo, você juntará informações e experiências suficientes para escolher apenas o necessário. Lembre-se: menos é sempre mais.

Adaptado da seguinte fonte:

CALVO, Antônio. Montando a mochila. Aventura & Ação, Volume 168. Disponível em: <http://www.extremos.com.br/Revista/Aventura-e-Acao/168/#F7>. Acesso em 07 jul. 2015.

1- Mateus

 

Testamos

Fogareiro Spark, da Azteq

Recentemente decidi comprar um fogareiro. Li um artigo no Trekking Brasil sobre 3 diferentes tipos de fogareiros (recomendo a leitura). Pelas vantagens e desvantagens apresentadas, optei por um fogareiro de válvula. Feita a escolha pelo tipo, fui pesquisar sobre as opções disponíveis no mercado (no blog Tocandira tem um artigo sobre as características de 4 modelos de marcas diferentes, outra leitura recomendada).

Eu acabei escolhendo o Spark, da Azteq. É o modelo mais compacto, mais leve e mais econômico deles. Não é o mais barato, porém pesquisando bem é possível encontrar ele com uma diferença de preço bem pequena (que no meu caso foi compensada pelo frete que teria que pagar, já que estava comprando uma mochila de camping e o frete foi grátis devido ao preço da mochila).

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Aqui está a descrição do produto no site da Azteq:

Se você é daqueles que gosta de caminhar levando pouco peso, o Fogareiro Spark da Azteq é ideal para você. Projetado para ser o fogareiro mais compacto do mercado, ele se encaixa perfeitamente no fundo do cartucho TekGas. O estojo de neoprene possui dois prendedores que fixam o Spark dentro do estojo e embaixo do cartucho de gás.

Características:

  • Peso: 87 g
  • Dimensões (aberto): 8,5 x 8,0 cm
  • Dimensões (fechado): 5,5 x 8,5 cm
  • Diâmetro do Fogareiro (suporte para panela): 10,5 cm
  • Diâmetro do Estojo de Neoprene: 11 cm
  • Consumo de Gás: 57 g/h

Recomendações de Uso: Utilize panelas com no máximo 20 cm de diâmetro, dotadas de cabo com isolamento térmico ou similar. Utilize o fogareiro apenas em superfícies planas, evitando o risco de a panela tombar. Evite queimaduras. Não manuseie o queimador e o suporte dobrável durante 10 minutos após o fim do uso.

Atenção: usar apenas ao ar livre. Leia cuidadosamente o manual de instruções antes de usar o Fogareiro Spark. Mantenha o meio ambiente limpo descartando o cartucho em local adequado. Cartucho não incluído.

O equipamento foi testado num acampamento com a diretoria do clube. Utilizamos ele no desjejum do sábado e  do domingo. Como as panelas para preparar o almoço e o jantar eram muito grandes (panelas para 15 pessoas), não tentamos utilizá-lo nessas refeições. Se o grupo fosse menor, acredito que seria possível preparar almoço e jantar também.

O Spark é um fogareiro bem simples de usar, com acendimento e controle da intensidade da chama semelhante ao de um fogão normal, com aquecimento rápido. É uma mão na roda, principalmente quando o tempo para a refeição está curto ou quando a lenha para a fogueira está molhada (existem diversas vantagens na substituição da fogueira pelos fogareiro, veja alguns no post do Trekking Brasil). No acampamento não ventou muito, então não foi possível ver o comportamento do fogareiro com vento. Mas caso houvesse algum problema, é só fazer um protetor de vento para fogareiro ou improvisar um.

É possível encontrar fogareiros a venda em lojas de camping e de pesca, tanto físicas quanto online. Abaixo estão alguns sites em que é possível encontrar diferentes modelos de fogareiros:

1- Mateus

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