Após uma espera de 22 anos, a Divisão Sul-Americana lançou, na última semana, durante o IV Campori Sul-Americano de Desbravadores um novo Manual Administrativo!
A novidade não está apenas na capa e novo layout. Trata-se de muito mais que uma simples readaptação do texto antigo. Após o trabalho realizado por 7 revisores/autores e 7 colaboradores, o novo Manual tem a proposta de regulamentar procedimentos em todas as esferas do Clube de Desbravadores. Ainda, foi escrito seguindo a lógica de funcionamento do Clube de forma que, ao ler todo o material, qualquer pessoa saiba o necessário para iniciar um novo Clube!
Quer saber mais? Adquira o seu agora mesmo pela Editora Sobre Tudo e fique de olho, que postaremos aqui algumas das principais novidades!
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. Eclesiastes 9:10.
Segundo o verso bíblico, podemos inferir que aqui temos uma obra a fazer! Enquanto estivermos aqui, então, teremos obra, projeto, conhecimento e sabedoria. E isso é maravilhoso!
Qual é a obra que veio à sua mão para fazer? Instrução de classes e especialidades de desbravadores!
Então, vamos pensar um pouquinho: Quem é o instrutor? Qual é a sua função? Quais as suas responsabilidades? Qual a sua importância?
“Instrutores são pessoas que ensinam matérias específicas ou assuntos como Bíblia, crescimento pessoal, especialidade, trabalhos ao ar livre ou artes”. Manual Administrativo do Clube de Desbravadores.
É necessário realizar uma reflexão honesta e com base no que Deus espera de nós: “faze-o conforme as tuas forças.” Em outras palavras: faça o melhor que puder.
E, para uma obra ser bem feita, é necessário haver um projeto, seja qual for essa obra, é necessário pensar, investir tempo, estudo, conhecimento, dedicação, amor…
Para ensinar algo a alguém devemos, além do conteúdo a compartilhar, ter um projeto, certo?
Devemos ter em mente: qual é a responsabilidade do instrutor? Será apenas ensinar algum conhecimento específico?
“Nossa primeira responsabilidade é com os nossos jovens, que devem receber nosso apoio e orientação para firmar sua fé em Jesus como seu Salvador pessoal e a usarem seu potencial para Cristo.” (Manual Administrativo do Clube de Desbravadores).
“Ele deu uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, outros como pastores e mestres (ensinadores), tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo…” Efésios 4:11-13.
O Manual Administrativo dos Desbravadores deixa muito claro que o instrutor tem responsabilidades que vão muito além de ensinar uma técnica ou um conhecimento. O compromisso do instrutor é com nosso Criador! É auxiliar seus filhos, que estão em formação, a desenvolverem seu potencial (habilidades e competências) para chegarem à medida da estatura de Cristo. Compreende a importância dessa obra para o Senhor?
E, como você ensina? Já parou para pensar se está ensinando “conforme as tuas forças”?
E como fazer o melhor, quando se trata de ensinar? Como fazer um projeto para se realizar uma instrução? É necessário planejar! Planejar, por quê?
O plano de aula organiza as atividades do professor e do aluno, possibilitando melhores resultados e maior efetividade do ensino.
Antes de planejar, o que devo me perguntar?
Para quem vou ensinar? Quem é esse aluno/desbravador? Conheço quem é essa criança/adolescente? Em qual processo de desenvolvimento e transformação seu cérebro se encontra? Como ele/ela pensa, sente, aprende? Suas limitações e potencial.
O que pretendo alcançar? Quais são meus objetivos para esta aula específica?
Domino o conhecimento, as técnicas as quais vou ensinar? Estou preparado para ensinar?
Como alcançar esses objetivos? Qual estratégia de trabalho utilizarei para alcançar meus objetivos? Quais os métodos mais apropriados?
O que fazer e como fazer? Qual a melhor maneira de introduzir esta aula? Como posso transmitir o conteúdo desta lição de maneira atraente e interessante? Que tipo de aplicação seria mais eficiente nesta aula?
Quais os recursos que utilizarei para motivar esse desbravador à aprendizagem?
Em quanto tempo? Em qual prazo executarei as diversas fases dessa instrução? Quanto tempo gastarei para a introdução da aula? E no seu desenvolvimento? E na conclusão? Esse tempo será suficiente para auxiliar o desbravador a fixar este conhecimento?
Como concluir essa lição eficazmente a ponto de suscitar no meu aluno o desejo de retornar a classe na reunião seguinte? Quais os procedimentos que deverei usar? De quais recursos deverei dispor? Como levar o desbravador a compreender qual a utilidade desse conhecimento para a vida dele? Em quais ocasiões poderá usar este mesmo procedimento ou conhecimento?
Como ele poderá generalizar e transpor, aplicando o conhecimento para novas situações?
Como avaliar o que foi alcançado? Quais os instrumentos de avaliação que utilizarei? Em que período do processo de ensino deverei avaliar? No início? No meio? No final? Ou em todos?
E, então, elaborar o seu planejamento, seguindo os seguintes passos básicos: Clientela, Tema, Introdução, Objetivo , Metodologia, Duração, Recursos, Desenvolvimento, Conclusão e Avaliação (não só do desbravador, porém, em primeiro lugar, sua).
Tendo um bom planejamento em mãos, com flexibilidade, dispondo de um plano alternativo, em caso de surgir a necessidade de adaptar-se a imprevistos, sempre contando com a sabedoria do Senhor, tenha a certeza: sua instrução será um sucesso!!! Seu desbravador subirá alguns degraus a mais na sua escada de habilidades e competências em direção ao céu.
“E o Senhor, certamente, dirá a seu respeito: Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.” Eclesiastes 9:7-8
Sempre que temos algo importante a realizar é comum surgirem em nossa mente pensamentos os mais diversos a respeito do tema. Imaginamos, planejamos, e nos preparamos, tendo em mente questões do tipo: O quê? Como? Onde? Quando? Para quem?…
Se planejarmos uma festa de aniversário, de casamento, a construção de uma casa ou até mesmo algo simples como comprar um presente para alguém especial, estas perguntas serão o eixo do nosso pensamento. E de como utilizamos estas respostas dependerá o sucesso ou o fracasso daquilo que planejarmos.
Quando assumimos funções como instrutores, professores, coordenadores, conselheiros, essas questões deveriam permanecer em nossas mentes por todo o período em que tivermos algo a ensinar. Se o desejo de fazer o melhor é o nosso direcionador, então as perguntas estarão presentes especialmente antes de iniciarmos o nosso trabalho, não é mesmo?
O objetivo do trabalho de um bom instrutor é que, ao final de sua instrução, todos saiam sabendo e praticando o que gostaria que aprendessem.
Já sabemos que o planejamento é essencial para que o conteúdo a ser transmitido siga o caminho desejado e que seu resultado seja um sucesso, pois o plano de ensino é um organizador das atividades do instrutor e do desbravador, possibilitando melhores resultados e maior efetividade do ensino.
Porém, algumas “perguntas desanimadoras” surgem em nossas mentes, quando planejamos e caprichamos em nosso planejamento e o resultado não é aquele que desejamos: O que aconteceu? Onde eu errei? Será que esses desbravadores têm algum problema? …
Então, buscando contemplar estas questões, faremos algumas reflexões, de forma bastante simplificada, sobre alguns aspectos de igual modo, simples, porém, bastante significativos para o sucesso de qualquer instrução: como nosso cérebro aprende?
A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.
Durante o processo de aprendizagem, nós usamos, basicamente, duas partes da memória.
A primeira delas é a memória de longo prazo, que é aquela em que ficam registrados todos os conhecimentos que nós já temos e as coisas que já sabemos.
A segunda é a memória de trabalho, que é aquela na qual raciocinamos e aprendemos. Esta é bem menor, se comparada à memória de longo prazo.
Todos nós estamos inseridos em um ambiente externo, que nos provê estímulos, através dos nossos sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato). Estes estímulos vão cair na memória de trabalho, em forma de informações novas. Essas informações novas funcionam como uma espécie de ímã, que atrairá informações correlatas, que se encontram na memória de longo prazo. Assim, juntando as informações novas às armazenadas, previamente, são formadas novas ligações entre elas.
À medida que são formadas novas conexões, estas são armazenadas na memória de longo prazo e vão se tornando cada vez mais fortes à medida que haja repetições. Estas conexões tornam-se fortalecidas ao ponto de se tornarem fixas na memória de longo prazo e, então, a nova informação transforma-se em conhecimento adquirido.
Sendo assim, percebemos a importância de alguns elementos essenciais à aprendizagem significativa:
Estímulos externos (professor, contato com o meio ambiente, uma comida nova, livros, um filme etc.). Quanto mais canais de entrada, através dos cinco sentidos, mais fácil o acesso à memória de longo prazo. Quando a informação é transmitida por canais multi-sensoriais, asseguramos ao aluno maior oportunidade de entrada dessa informação. Se a informação se realizar por um canal visual e a pessoa tem dificuldades na percepção visual, por exemplo, limitamos suas possibilidades de aprendizagem. Porém, se for apresentado a esta pessoa a informação por mais um canal auditivo, como uma música, provavelmente, o benefício será maior e se for oferecido, ainda, uma outra experiência tátil, certamente as conexões formadas serão mais significativas;
Limitação na capacidade de aprender (memória de trabalho). É impossível aprender de uma só vez grandes volumes de informações, então, o melhor é que o conhecimento seja fracionado. Ao planejar sua instrução, considere a necessidade de prever tantos encontros quanto sejam necessários para assegurar que não haja uma sobrecarga de informações em uma única oportunidade, pois a memória de trabalho não conseguirá tratar o conteúdo de maneira dedicada e você, provavelmente, não atingirá o objetivo de uma aprendizagem efetiva;
Repetição do processo de fazer conexão entre o conhecimento que já se encontra na memória de longo prazo e a nova informação para que o novo conhecimento seja fortalecido.
É importante, ainda, ressaltar o tempo do desbravador para a aprendizagem. O instrutor deve ter em mente que cada pessoa aprende de acordo com um tempo próprio de aprendizagem. Porém, é igualmente importante compreender que o tempo adequado de exposição ao conteúdo permitirá novas oportunidades a essa pessoa que aprende, para que possa realizar as conexões que serão fixadas como conhecimento na memória de longo prazo.
Atenção. É a nossa grande porta de entrada do aprendizado. É comum ouvirmos pessoas afirmarem que conseguem manter a atenção em várias coisas ao mesmo tempo. Porém, o que ocorre é uma rápida alternância do foco de atenção. É impossível ao cérebro, segundo a neurociência, manter a atenção em dois focos ao mesmo tempo. A atenção funciona como um filtro, que decide qual a informação que deverá ser processada de maneira especial e, apenas uma informação sobrevive a esse filtro e ganha acesso à memória de trabalho, que, como já vimos, é bastante limitada e só funciona com aquilo que está no foco da sua atenção. Portanto, se ela não tem uma única informação, essas informações não permanecem na memória de trabalho.
Então, sempre que o instrutor oferece recursos que favoreçam o despertar da atenção do desbravador, estará assegurando maior possibilidade de aprendizagem a ele.
Há ainda outros fatores que exercem influência positiva para o aprendizado. Neste momento, destacaremos apenas três deles:
Prática: é a oportunidade de se consolidar um conhecimento. “Ninguém pode se tornar um bom pianista sem nunca ter tocado um dedo em um piano”.
Motivação: é o querer aprender. É ela quem determina o empenho à prática. É o processo que mobiliza o organismo para a ação. Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado, o indivíduo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o desbravador, utilizando o que o juvenil/adolescente gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.
Método: é importante lembrar que cada pessoa apresenta preferência por determinada forma de aprender. Há pessoas que realizam cálculo mental, por exemplo, de forma mais eficiente que cálculo escrito. Para que o instrutor seja apto a ensinar com qualidade deve conhecer os mais variados métodos de ensino, suprindo, assim, a necessidade daquele que aprende. Há métodos individualizados e socializados. Técnicas como o estudo dirigido, o trabalho em grupo, aula expositiva, demonstrativa, estudo de caso, saída de campo, etc. Qualquer método ou técnica só terá êxito nas mãos de quem os realiza com entusiasmo e espontaneidade.
É necessário que, ao planejarmos uma instrução, esses fatores sejam os principais direcionadores do processo de ensino e aprendizagem, então as “perguntas desanimadoras” terão pouca chance de aparecerem novamente.
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Com esse novo conhecimento em mãos, nossa seção Classes agora está em um novo formato. Colocaremos aqui não apenas ideias e materiais para se cumprir os requisitos, mas disponibilizaremos um plano de instrução, de forma que o requisito seja bem trabalhado e os desbravadores possam, de fato, assimilar o conteúdo. Acreditamos que esse formato pode, realmente, fazer diferença na vida futura do desbravador.
Inclusive, nosso primeiro post nesse formato foi publicado ainda no ano passado, confiram AQUI. E se liguem, pois temos muito mais novidades por aí!
Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, damos continuidade hoje à nossa série de posts com a 5ª aula. Trabalhamos com juvenis e adolescentes de 10 a 15 anos, faixa etária em que ocorrem as principais transformações da vida. Só teremos êxito em nossa missão, se compreendermos o que acontece com essas pequenas mentes em formação.
Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, estamos dando continuidade à nossa série de posts, com a nossa quarta aula. O tema de hoje é uma das atividades que os desbravadores mais gostam no Clube, que ajuda no desenvolvimento da disciplina, respeito e coordenação motora: ordem unida!
Continuem ligados, pois temos ainda mais novidades!
Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário baixar o arquivo e ler com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, estamos dando continuidade à nossa série de posts, com a nossa terceira aula. O tema de hoje é fundamental no desenvolvimento espiritual dos membros do Clube: capelania.
Fiquem de olho, pois temos mais novidades por aí!
Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário baixar o arquivo e ler com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Seguindo a proposta de currículo que apresentamos para o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico, estamos postando nossa segunda aula. O tema de hoje é a principal estrutura da administração do Clube: o sistema de unidades.
Fiquem de olho, pois as novidades no Cantinho da Unidade não param!
Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário baixar o arquivo e ler com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Férias de janeiro é mês de atividades intensas na direção do Clube de Desbravadores! É o mês dos treinamentos, a melhor hora para preparar a sua equipe!
Seguindo a proposta de currículo que apresentamos ontem, postaremos, até o final deste mês, as principais aulas para você montar o seu treinamento interno, distrital ou regional. Para começar, o tema que mais me identifico no Clube: as classes! Fiquem ligados, pois as novidades não param!!!
Alguns slides possuem comentários embaixo, então é necessário ler o arquivo com atenção. Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Com a publicação dos novos cartões de classes, novos cursos são definidos como requisitos à investidura nas classes de liderança. O primeiro deles, que é exigido na classe de Líder, é o Curso de Treinamento de Diretoria – nível básico.
Apesar de um nome diferente, o curso é o tão conhecido TBD – Treinamento Básico de Diretoria (ou CTBD – Curso de Treinamento Básico de Diretoria). Com tantas novidades, é possível que a Divisão Sul-Americana publique novos currículos para cada um deles. Mas enquanto isso, levando em conta a atual realidade que os Clubes estão vivendo e as novidades no Ministério dos Desbravadores, nossa Equipe preparou um currículo sugestivo para esse curso.
Lembrando que esse é um curso preliminar, ou seja, apenas os novos membros da direção do Clube devem participar, pois ele faz uma abordagem geral do funcionamento do Clube. Como ele tem duração de 20 horas, deve ser ministrado em um acampamento de fim de semana, com estrutura adequada para a apresentação do conteúdo áudio-visual e demais atividades.