O Grand Canyon é mais jovem do que se pensava: ele só tem entre 5 e 6 milhões de anos, de acordo com um estudo publicado esta semana na revista “Nature Geoscience”. Estimativas anteriores chegaram a estabelecer que o cânion, que fica no sudoeste dos Estados Unidos, havia se formado há 70 milhões de anos.
Segundo o pesquisador Karl Karlstrom, da Universidade do Novo México, o estudo demonstra que existem alguns segmentos de rocha mais antigos ao longo do Grand Canyon, mas que a formação como a conhecemos hoje é recente.
“O que é diferente aqui, eu acho, é que nós finalmente temos uma descrição do Grand Canyon que faz juz a todos os dados coletados”, disse Karlston à BBC.
O cânion tem um comprimento de 450 quilômetros e uma profundidade de 1.800 metros. Cerca de 5 milhões de turistas visitam o local a cada ano. Toda essa vastidão é um dos desafios para pesquisadores que estudam o local, já que é preciso coletar material de vários pontos da formação.
Nesse estudo, os cientistas usaram o método de termocronologia para obter a datação. A técnica permite descobrir a época em que as rochas foram trazidas à superfície da terra devido à remoção das camadas de rocha mais superficiais pela erosão.
A medida foi feita em quatro segmentos ao longo do cânion. Apesar de os pesquisadores terem encontrado alguns segmentos mais antigos, a conclusão é de que o Grand Canyon tornou-se o gigante que conhecemos hoje quando todos os segmentos menores de cânion se uniram devido à eroção do Rio Colorado, o que ocorreu em um período mais recente.
Fonte: G1 – Ciência e Saúde
54 – 55 milhões de anos é uma grande diferença entre dois métodos de datação. Nada garante que daqui algum tempo esse método seja considerado ultrapassado, inadequado ou incorreto e uma nova “idade” para o Grand Canyon seja estabelecida. Quem sabe no futuro se admita que o formador desse cânion não foi o rio Colorado ou um “rio ancestral”, mas uma grande catástrofe hídrica?