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Especialidade de Mapa e bússola: aprendendo a pesquisar

Esta especialidade fornece uma boa compreensão sobre mapas topográficos e uso prático de bússolas. Seu foco está nas habilidade com mapa e bússola, não abordando sistemas eletrônicos, tais como GPS.

Você vai aprender tópicos sobre mapeamento, como curvas de nível, norte verdadeiro, norte magnético, declinação magnética e muito mais. Você vai aprender as características de uma bússola da “orientação”, e como utilizá-la em conjunto com um mapa.

Esta é uma especialidade bem abrangente, em que a teoria e a prática devem andar de mãos dadas. Ela vai abrir um mundo totalmente novo para você.

Estes são os requisitos para concluir a especialidade de Mapa e bússola:

Seção I – Mapa

  1. Saber o seguinte:
    1. O que é um mapa topográfico?
    2. O que é encontrado em um mapa topográfico?
    3. Dê 3 usos para um mapa topográfico.
  2. O que é um mapa ortofoto?
  3. Ser capaz de identificar, pelo menos, 20 sinais e símbolos encontrados em mapas topográficos. Alguns deles deverão ser das seguintes categorias:
    1. Construções humanas
    2. Locais com água
    3. Características da vegetação
  4. Conhecer e explicar o seguinte com relação à topografia:
    1. Elevação
    2. Intervalo entre curvas de nível
    3. Formas de relevo (vales, cumes, penhasco, escarpas, montes, montanhas, etc.) definidas pelas curvas de nível
  5. Conhecer e explicar o seguinte, com relação ao mapa:
    1. O que é o sistema Grid
    2. O que é grid UTM
    3. Quantos fusos UTM temos no território da Divisão Sul Americana
    4. Identificar em qual fuso fica sua localidade e como é chamado (nomeado) este fuso
    5. Explicar como usar um sistema de coordenadas UTM
    6. Como usar um sistema de grade de 6 dígitos
  6. Conhecer e explicar o seguinte, com relação à leitura de mapas:
    1. Norte da quadrícula
    2. Norte verdadeiro
    3. Norte magnético
    4. Declinação magnética
    5. Convergência meridiana

Seção II – Bússola

  1. Quais são os 8 principais pontos cardeais, suas abreviações e graus correspondentes.
  2. Identificar o tipo de bússola mais comum entre trilheiros.
  3. Conhecer as partes de uma bússola.
  4. Conhecer e explicar o seguinte, relacionado à bússola, azimute e coordenadas:
    1. O que é azimute
    2. Como calcular a coordenada pelo mapa
    3. Como converter uma coordenada geográfica para uma coordenada magnética (azimute)
    4. Como converter uma coordenada magnética (azimute) para uma coordenada geográfica
    5. O que é desvio e como corrigir isso
    6. Como calcular e seguir um contra-azimute
  5. Conhecer e explicar os seguintes métodos de descobrir a localização atual em um mapa:
    1. O que é ressecção
    2. Use o método de 2 pontos
    3. Use o método de 3 pontos
    4. Explique como usar o triângulo de erro de Lehmann
  6. Saber e explicar como orientar-se usando o seu mapa por:
    1. Inspeção visual
    2. Usando a bússola
  7. Construir uma bússola de emergência utilizando materiais improvisados.

Seção III – Direção sem o auxílio de uma bússola

  1. Demonstrar como encontrar direção sem uma bússola usando:
    1. Cruzeiro do sul
    2. Relógio com ponteiros
    3. Constelação de Órion
    4. A sombra de duas varas

Seção IV – Prática

  1. Demonstrar como:
    1. Ler 6 coordenadas usando o Grid UTM
    2. Calcular uma coordenada pelo mapa
    3. Converter uma coordenada geográfica para uma coordenada magnética
    4. Determinar o azimute
    5. Localizar uma posição com a ressecção
  2. Com base no conhecimento adquirido no item “c” do requisito 4 da Seção II, navegar até uma coordenada geográfica utilizando um azimute magnético.
  3. Prove sua habilidade no uso de um mapa e bússola, seguindo um cross-country com, pelo menos, 10 leituras dadas ou pontos de controle.
  4. Durante o cumprimento dos requisitos 2 e 3 desta seção, manter um registro detalhando:
    1. Referências do mapa utilizado (incluindo dados da Grid, escala, etc.)
    2. Coordenadas geográficas e magnéticas e os azimutes
    3. Observações sobre o percurso tomado

A título de curiosidade, na Divisão do Sul do Pacífico existem duas especialidades que tratam sobre orientação. A primeira, chamada Map and Compass (Mapa e Bússola), da qual a nossa especialidade de Mapa e bússola é tradução. Já a segunda, chamada Orienteering (Orientação), foi criada baseada no esporte também chamado orientação, que tem como objetivo encontrar um determinado local no menor tempo possível, passando por pontos determinados, com a ajuda de mapas e bússolas.

Map and Compass

 

Orienteering

Para responder à  essa especialidade, sugerimos os posts Mapa Topográfico – O que é? O que indica? Como utilizá-lo?, Declinação Magnética e Bússola – Como funciona? Como utilizá-la? do noso blog, a série sobre Orientação com bússola e mapa, do Blog Trekking Brasil (Parte 1Parte 2Parte 3 , Parte 4), e as seguintes fontes:

Os mapas topográficos para esta especialidade, para várias cidades, podem ser encontrados tanto em jpg quanto em pdf.

As fontes que disponibilizamos aqui ainda não são suficientes para responder a especialidade toda, mas continuamos pesquisando bons sites que ajudem a responder esta especialidade.

Caso você tenha alguma indicação de fonte, nos mande um e-mail ou deixe um comentário.

1- Mateus

Mochilas – parte 3

Já aprendemos dois importantes aspectos sobre as mochilas: como escolher e como organizar. Agora vamos aprender como ajustar a mochila ao corpo e como cuidar bem de sua mochila.

Para regular a mochila muitos fatores são considerados. Elas foram desenhadas e fabricadas sempre levando em conta a resistência dos materiais em sintonia com o movimento do corpo. Todas aquelas fitinhas da sua mochila têm uma razão de ser e existir: foram feitas para proporcionar um ajuste perfeito ao seu corpo. Os materiais empregados e os sistemas de ajuste devem se adequar a estrutura física de cada pessoa. O mais importante é o peso estar sempre apoiando no sentido “para frente” e não inclinado para trás.

As mochilas maiores, chamadas de cargueiras, possuem uma barrigueira acolchoada, que proporciona um conforto maior e conseguem transferir para os quadris entre 80% e 90% do peso total. As mochilas menores, chamadas de ataque, possuem apenas uma fita como barrigueira e sua função é dar estabilidade. A carga, neste caso, fica mesmo nos ombros.

Assista o vídeo abaixo para aprender como ajustar a sua mochila apropriadamente.

Algumas dicas extras:
  • Antes de fazer qualquer dos  ajustes do vídeo, ajuste a distância entre o ombro e a barrigueira (muitas mochilas permitem a regulagem da altura das alças, então certifique-se disso na hora de comprar). A mochila ideal deve ter, do ombro à barrigueira, o comprimento do seu tronco. Só ajuste a cargueira quando já estiver cheia e arrumada.
  • O meio da barrigueira deve estar sobre os ossos da bacia e não acima (o que poderia acabar fazendo a constrição do estômago). É fundamental que o peso fique na barrigueira e não nos ombros.
  • As tirar de estabilização, que ficam em cima, próximo ao ombro, servem para trazer o peso da mochila e seu centro de gravidade para o mais próximo possível do corpo. Ajuste-as para otimizar o posicionamento das alças. Para terrenos muito acidentados é sugerido usá-las mais justa, enquanto para terrenos mais fáceis, pode-se deixá-las um pouco mais soltas.
  • Nem todas as mochilas tem  tiras estabilizadoras na barrigueira (as últimas tiras que foram ajustadas no vídeo). Elas são importantes, mas não essenciais, fazem com que a parte inferior da mochila fique o mais próxima possível do corpo.
  • Durante a caminhada, verifique de tempos em tempos os ajustes, pois é comum a mochila ir se “assentando” conforme o movimento.
Freqüentemente encontramos pessoas que dizem ter a mesma mochila há bastante tempo. As mochilas geralmente agüentam as adversidades encontradas em atividades ao ar livre. Porém, são necessários alguns cuidados e manutenção, para que sua companheira de aventuras dure por muito tempo. Aqui vão algumas dicas simples de manutenção para que a vida útil de sua mochila seja longa:

  • Guarde sua mochila em local seco, fresco e arejado, para evitar a proliferação de fungos, que podem danificar o revestimento interno de resina.
  • Cuide dos zíperes. Limpe-os, lubrifique-os com silicone em spray e não dê puxões fortes. Apare sempre os fios soltos do tecido, para que eles não se prendam no zíper.

  • Após cada caminhada, limpe bem sua mochila, esvaziando e sacudindo todos os compartimentos. Caso ela esteja realmente suja e precise de um banho, lave-a com cuidado, lembrando sempre de não esfregar o lado de dentro. Isso pode danificar o revestimento de resina, fazendo com que qualquer chuvinha molhe o interior da mochila. Por fora, esfregue com esponja ou escova macia, usando sabão neutro. Deixe secar à sombra, pois os raios UV do sol podem danificar o tecido.

 

  • Acondicione com cuidado os itens com pontas, como fogareiros e material de cozinha. Caso contrário, mesmo que não sejam afiadas, estas extremidades podem provocar furos em sua mochila.
  • Remova restos de comida e migalhas de sua mochila, pois o odor destes alimentos pode atrair animais e proliferar microorganismos, que acabam por estragar o tecido da mochila. Acondicione a comida em sacos plásticos antes de colocar na mochila, pois o cheiro pode atrair animais, mesmo não tendo mais comida na mochila.
  • Use sempre a capa de chuva da mochila, mesmo quando não estiver chovendo. Ela irá proteger a mochila contra sujeiras, arranhões e raios UV do sol. Afinal, é mais barato comprar uma capa nova do que uma mochila nova!
  • Quando você for levantar uma mochila cheia, pegue pelas duas alças simultaneamente, para não causar sobrecarga. O loop entre as alças também pode ser usado.
  • Não aperte demais as tiras de compressão. Isso vai causar esforço desnecessário nas costuras.
  • Mantenha as fivelas e fitas sempre presas para que, se forem pisadas ou enroscadas em galhos e cercas de arame, não sejam danificadas.

Se você seguir essas dicas, sua mochila vai durar muito mais e o risco de ter que fazer pequenos reparos na mochila durante a atividade ou até mesmo usar uma mochila improvisada (como a que está logo abaixo) será muitíssimo menor.

Caso sua mochila rasgue e não tenha condições de ser reparada durante a atividade, o jeito é fazer uma mochila de emergência. Pode-se utilizar qualquer coisa que se tenha a mão e sua criatividade permitir. Um modelo possível é com uma calça que permita uso de cinto.

Materiais necessários:
    • uma calça;
    • uma corda;
    • 2 fitas ou cintos.
    1. Passe a corda nos passantes do cinto;
    2. Amarre forte as pernas com as fitas ou cintos;
    3. Prenda com um nó as outras pontas da fita ou cinto na cintura da alça.

Além de feia, esta mochila improvisada é muito desconfortável e nada prática, então o melhor é cuidar muito bem da mochila para nunca precisar utilizar uma desta.

Fontes:

Planejando um acampamento para os desbravadores – Provas

Como vimos na semana passada, no post Planejando um acampamento para os desbravadores – Programa, as provas são uma das atividades que mais impactam o desbravador num acampamento. Se as provas forem interessantes e bem preparadas, ele talvez nem se lembre dos problemas do acampamento!

Então, como prometido, aqui vão algumas das provas que já usamos nos nossos Clubes aqui na APlaC:

1. Circuito Geral

1.1 Obediência cega

Participantes: Toda a unidade

Descrição: Todos os membros da unidade estarão vendados e deverão cumprir comandos de ordem unida que serão levantados em placas pelo fiscal. A cada erro do grupo um membro será escolhido aleatoriamente pelo fiscal e deverá executar um nó da classe de amigo ou companheiro ainda com os olhos vendados. O clube só poderá voltar a marchar depois de o nó ser realizado corretamente. A prova termina quando o clube executar todos os comandos propostos ou quando completar 5 minutos de prova.

Comandos/ Nós: Cobrir (direito), Firme (cego), Descansar (oito), Sentido (cirurgião), Marcar passo (volta do fiel), Em frente (catau), Direita volver (laís de guia), Esquerda volver (escota), Meia volta volver (ordinário), Em direção à retaguarda (pescador), Auto (fateixa), Descansar (volta da ribeira)

Instrução ao fiscal: A prova começa assim que levantar o comando Cobrir. Os próximos 3 comandos serão levantados depois de 5 segundos cada um. Os próximos serão levantados a cada 10 segundos. Quando o clube errar deve-se escolher aleatoriamente um membro que deve executar o nó correspondente ao comando que errou.

Pontuação: Até 3 minutos – 10 pontos

De 3 a5 minutos – 5 pontos

Acima de 5 minutos – 2 pontos

1.2 “Nós” na Cozinha

Participantes: Toda a unidade

Descrição: Toda a unidade deverá fazer uma fogueira onde fritará dois ovos. Todos os membros da unidade devem comer os ovos.

Avaliação: Até 10 minutos – 10 pontos

De 10 a13 minutos – 5 pontos

Acima de 13 minutos – 2 pontos

1.3 Forca Humana

Participantes: Cinco representantes de cada unidade

Descrição: Serão chamados os cinco desbravadores de cada unidade. Os representantes terão que adivinhar a palavra que for passada pelo coordenador da prova. Se o desbravador errar uma letra terá uma parte do corpo pintada. A cada palavra troca-se o representante.

Avaliação: Ganha a unidade que acertar mais palavras (10 pontos)

1.4 Paródia

Participantes: Toda a unidade

Descrição: As unidades terão 30 minutos para elaborar uma música usando uma melodia já existente e a letra sobre o tema acampamento que será apresentada no fogo do conselho.

Avaliação: Criatividade, Adequação ao tema, Interpretação (15 pontos)

Para mais provas, clique AQUI. 


Mochilas – parte 2

Nosso segundo post da série Mochilas vai tratar sobre como organizar a mochila. E a situação no momento em que escrevia este post chega a ser engraçada: dividindo o tempo entre escrever sobre organização de mochila e arrumar a minha mochila para um pernoite. Se você ainda não tem uma mochila de camping ou pretende trocar a sua, veja aqui algumas dicas de como escolher uma boa mochila.

Mochila

A organização da mochila é dividida em dois momentos: organizar o material que vai ser levado e colocar o material na mochila. O ideal é que a mochila seja arrumada um ou dois dias antes da saída para viajar. Não tenha pressa para arruma sua mochila, o sucesso da sua caminhada, seu pernoite, seu acampamento, sua viagem, etc, depende da sua paciência.

Portanto a primeira coisa que deve ser feita para se organizar uma mochila é listar todo o material necessário. Uma das coisas mais comuns (e chatas) que acontecem em acampamentos é lembrar que esqueceu de alguma coisa importante. Essa organização, além de ajudar a não esquecer nada, serve para visualisar melhor o volume do equipamento que está sendo separado. Para essa parte existem dois bons métodos, que usados em combinação são ainda melhores: checklist e divisão em grupos. Abaixo temos um checklist bastante abrangente, retirado do Blog Trekking Brasil, um excelente blog sobre excursionismo. Nem tudo o que está nesta lista se aplica à excursões da igreja e dos desbravadores, veja o que se aplica à suas e monte o seu próprio checklist.

Se você listar o material sem diferenciá-los terá um monte de equipamentos e não será capaz de dizer se algo ali no meio é útil ou não. Contornar este problema é simples! Divida os equipamentos em grupos, por exemplo: 

  • Material de cozinha (panelas, talheres, pratos, fogareiro, isqueiro, combustível…);
  • Roupas comuns (calças, bermudas, camisas, meias e roupas íntimas);
  • Roupas especiais (montanha, mergulho, etc);
  • Calçados (botas, tênis, chinelos, etc);
  • Comida e água;
  • Material de higiene e primeiros-socorros;
  • Material de foto-vídeo (câmeras, tripés, baterias, pilhas, memórias…);
  • Acessórios (lanterna, bússola, mapa, canivete, GPS, óculos escuros…);
  • Material de barraca (barraca, saco de dormir, isolante…);
  • Equipamentos específicos (material de escalada, mergulho, etc);
  • Extras (mp3, um livro, etc. Cuidado com os extras.) 

Após separar os equipamentos em grupos sobre a cama ou no chão você será capaz de visualizar muito melhor as coisas e determinar se falta alguma coisa em algum dos grupos, isso acontece porque você não estará olhando para um monte de trecos misturados, mas sim para grupos específicos de itens, facilitando a tarefa.

Quando estiver montando o seu checklist vá separando os grupos já no papel, assim ao arrumar as coisas você separa tudo de forma organizada. Não existe uma lista de equipamentos universal, isso depende muito dos destino, tempo de viagem, atividades e afins. O melhor é partir de um checklist básico.

Um dica para separar as roupas é o chamado “método do toque”. Basta encostar em determinada parte do corpo e separar os itens que são utilizados nela. Por exemplo: 

  • Mãos: luvas e relógio;
  • Cabeça: bonés, gorros, óculos escuros;
  • Pés: meias e calçados em geral;
  • E assim por diante.

Lembrando que esse método só serve para as roupas, pois não dá conta de materiais como barraca, saco de dormir, equipamentos de cozinha.

Um ponto importante que já falamos, mas vale a pena relembrar é o peso da mochila. Guilherme Cavallari, em seu Manual de Trekking e Aventura, recomenda o seguinte percentual de peso da mochila em relação ao peso do usuário:

  • excelente preparo físico (atletas): até 40%;
  • bom preparo físico: até 33%;
  • algum preparo físico: até 25%;
  • sem preparo físico: até 20%.

Isso precisa ser considerado cuidadosamente, principalmente quando se vai carregar a mochila por vários dias. Também devemos considerar a idade de quem carrega, crianças devem carregar menos peso para não terem problemas.

Já separamos todo o material que vamos levar e agora é só organizar dentro da mochila, né? Não, antes de guardar tudo na mochila temos duas dicas muito importantes. 

  • Enrole suas roupas – Além de dobrá-las direitinho, enrole-as depois, uma a uma, para facilitar na hora de acondicioná-las dentro da mochila. Desta forma, elas amassam menos também!

  • Guarde tudo dentro de saco plástico – Esta dica funciona bem no Brasil e em lugares úmidos, já que não há nada mais desagradável do que roupa molhada no final do dia. Pior ainda se isto acontecer com a roupa limpa que deveria estar seca e quentinha. Não se esqueça de verificar se os sacos não possuem furos, pois um temporal não perdoa nem mesmo os menorezinhos. E procure separar em embalagens menores ao invés de usar um grande saco para tudo, isso facilita o acesso.

Agora sim, vamos organizar tudo dentro da mochila. A organização da mochila deve ser feita com bastante critério e organização, pois a acessibilidade aos materiais na sua mochila e seu conforto durante a caminhada dependem da sua paciência e experiência nesta prática.

A mochila deve se comportar como um anão de jardim: deve ficar em pé sozinha. O maior segredo é colocar a barraca dobrada em forma quadrada ou retangular no fundo da mochila. Feito isso e estando descalço, comece a cômica cena de adentrar na mochila, e pisotear a barraca no fundo para ela ir assentando. Comece a preencher a mochila pelo seu corpo principal, deixando as bolsas laterais e superiores por último.

É nesse momento como é importante ter todos os itens que serão adicionados à mochila muito bem distribuídos em uma mesa de modo que facilite sua decisão de qual será o próximo item a entrar. E conforme for adicionando as coisas, sacuda a mochila para assentar o conteúdo. Não tenha dó: pode bater a valer. Preencha todos os mínimos espaços vazios encaixando tudo bonitinho, e o mais importante: não deixe nenhuma ponta do que quer que seja. Pontas podem ser muito incomodas e prejudiciais à sua mochila. Uma dica encontrada no blogus é o de usar pratos rasos e colocá-los de pé em forma de escudo na parte que vai às costas, conforto garantido. Se ao final da arrumação sua mochila ficar em pé sozinha (como na foto abaixo), parabéns. Caso contrário, tire tudo de dentro e comece novamente.

Tenha uma lista mental de qual item você irá precisar com mais frequência (headlamp, barrinha de cereal, CamelBak, GPS, casaco corta-chuva etc.). Estes serão os últimos a entrar e ficarão alojados nos bolsos lateriais e tampas superiores. Itens pendurados? Nem pensar! No máximo o boot de caminhada (enquanto você viaja confortavelmente de chinelão ou papete), mas prenda-o com alguns mosquetes, não confie nunca na fita de aperto sozinha.

O bom equilíbrio da mochila nas costas é fundamental para o conforto e desempenho do usuário. A distribuição de peso, e dos equipamentos, na mochila varia conforme o tipo de atividade a ser praticada (Legenda: azul = material leve; amarelo = centro de gravidade; verde = material pesado; rosa = saco de dormir).

  • Caminhadas leves (terrenos suaves e descampados) – coloque o material pesado o mais alto possível e perto das costas, de forma a manter o centro de gravidade da carga na altura dos ombros.

  • Caminhadas médias (terrenos acidentados e trilhas em mata) e escaladas – Em situações que exigem passos altos, pulos, agachamentos e balanços laterais, o centro de gravidade deve ser baixado para a altura do meio das costas e próximo à mesma. Uma mochila grande, com centro de gravidade alto, pode derrubar seu dono durante um agachamento. Além disso, a colocação do material mais pesado no lugar certo também facilita a operação de colocar e tirar a mochila sem ajuda.

  • Caminhadas difíceis (terreno muito acidentado e mata fechada) e grandes cargas – Em expedições de vários dias ou aproximações de grandes montanhas, pode-se colocar o equipamento pesado no fundo da mochila, o que permite maior liberdade de movimentos e, conseqüentemente, menor desgaste físico durante a jornada.

Uma dica muito importante: nunca, em hipótese alguma, coloque no fundo materiais que possam quebrar e só leve esse tipo de material se for essencial.

Na próxima semana encerramos a série Mochilas falando sobre como regular a mochila no corpo e alguns cuidados simples para conservação deste material tão importante.

Fontes:

http://blog.blag.us/infografico-mochila/

http://mochileiroliso.blogspot.com/2008/12/como-organizar-sua-mochila-bsico.html

http://trekkingbrasil.com/nao-esqueca-de-nada/

http://www.curtlo.com.br/dicas2.asp?weHik0=8693610

http://www.trilhaserumos.com.br/dicas_ler.asp?IdDica=26

Planejando um acampamento para os desbravadores – Programa

Acampar é uma das atividades que os desbravadores mais gostam de fazer no Clube, se não for a que eles mais gostam! Todo domingo aqui no seu Cantinho você acompanha a seção Arte de Acampar, encontrando várias dicas para os seus acampamentos.

Daqui a um mês teremos um feriado prolongado e com certeza muitos clubes irão aproveitar para acampar. Como toda atividade do Clube, o acampamento precisa ser muito bem planejado, pois o sucesso dele dependerá fundamentalmente disso! Não adianta chegar lá e ir fazendo o que vier na cabeça, além de não dar certo, os desbravadores irão notar a falta de compromisso… péssimo exemplo.

Por isso, vamos aprender aqui algumas dicas para planejar um bom acampamento de desbravadores. O nosso foco hoje será no programa.

A primeira coisa que precisamos ter em mente é que o programa do acampamento precisa abranger com equilíbrio as áreas física, mental e espiritual. Uma não pode estar em sobreposição à outra.

Física: As atividades físicas são as que mais impactam o desbravador no acampamento. São as provas e a recreação, que, se forem bem elaboradas, independente do que tenha acontecido de ruim, eles vão se lembrar do evento como algo muito bom! Quem aqui não se recorda com carinho de um Campori pelas provas que realizou?!

Mas agora no Clube, como membros da diretoria, somos nós que temos que elaborar essas provas super legais para eles. Ao planejar uma prova, (tendo em mãos papel e caneta, é claro), você precisa dar um nome a ela, descrever exatamente como ela acontece, relacionar os materiais necessários, quantos desbravadores estão envolvidos e como será a avaliação. Você pode até achar que não é necessário tudo isso, mas eu te garanto que se assim for feito, eu que nunca fui no seu Clube poderei pegar o seu planejamento e executar a sua prova, caso você não possa. Inclusive é essa a idéia, qualquer pessoa que pegar o planejamento entenderá claramente o que deve ser realizado.

Algumas das provas mais esperadas nos acampamentos são: torta na cara, caça ao tesouro, circuitos, fogueiras, nós, barracas, ordem unida… Uma idéia para deixá-las ainda mais interessantes é colocar algum fator complicante. Desbravadores não gostam de coisas fáceis! Então, por exemplo, em vez de fazer uma corrida de nós simples, por que não fazer uma corrida de nós na água?

Confiram o modelo abaixo (clique para ampliar):

Se você quer exemplos de provas para o seu acampamento, não percam o post de quinta feira que vem!

A recreação também faz parte das atividades físicas e deve ser trabalhada nos acampamentos. Ela vai depender muito da estrutura que vocês tiverem, por exemplo, se na fazenda que vocês estão tem alguma cachoeira, não deixem de levar os desbravadores lá pelo menos 1 dia! Lembrem-se que o momento da recreação também deve ser planejado e dirigido, principalmente em relação à segurança dos desbravadores!

Mental: As atividades mentais são basicamente as instruções e os concursos. É impossível a um desbravador ser investido numa classe sem participar de um acampamento! Então, sente com todos os seus instrutores e anote todos os requisitos de todas as classes que precisam ser cumpridos lá, inclusive especialidades.

Já procure saber como ensinar cada um deles e quais os materiais que você vai precisar. O desbravador precisa voltar do acampamento sabendo fazer bem o que é exigido na sua Classe!

Os concursos são muito usados em Camporis, como concurso de música, oratória, perguntas e respostas, clube do livro, ano bíblico… mas nada impede de os utilizarmos nos nossos acampamentos internos também.

Se você planejar algum concurso, lembre-se que ele deve ser divulgado com bastante antecedência, para que os desbravadores possam se organizar para participar. Deixe bem claro, por escrito, todas as regras e quais serão os critérios avaliados, para evitar dor de cabeça. Bem conduzidos são uma ótima opção para as tardes de sábado e programas noturnos.

Espiritual: Infelizmente, hoje vemos muitos líderes que não trabalham a parte espiritual no acampamento, ou é a mais mal planejada de todas. Outro extremo disso são aqueles que trabalham apenas a parte espiritual, não fazem nada de físico e mental. Em qualquer atividade do Clube deve haver o equilíbrio entre as três áreas!

As principais atividades envolvidas são os cultos (programações noturnas), as meditações matinais e o fogo do conselho.

No culto tenha à frente da programação um líder carismático, que anime os desbravadores. Peça a ele para dirigir o momento de cânticos, para tornar esse momento o mais esperado do evento! 

O tema do programa noturno deve ter conexão com o tema do acampamento. Envolva os desbravadores no programa, seja dando um testemunho, demonstrando alguma habilidade, apresentação musical… A mensagem espiritual deve ser clara, breve e ter uma aplicação prática na vida dos desbravadores. Temos que tomar muito cuidado para não tornar esse momento chato. Para isso, um bom planejamento ajuda!

O devocional deve ser cristocêntrico. Parece óbvio, mas não é bem o que acontece. O que você costuma ler no seu devocional pessoal? Estorinhas? Acredito que não. Você lê a Bíblia, a meditação, a lição. Então por que insistimos em ficar contando essas estorinhas no devocional das crianças? Não podemos subestimar a capacidade delas. No devocional temos que abordar um tema bíblico, assim como fazemos o nosso em casa.

Uma aplicação prática é fundamental para que o desbravador possa realmente adotar aquela atitude para a sua vida. Fazer alguma meditação relacionada ao local do acampamento ou a alguma coisa que aconteceu ajuda muito a eles entenderem o contexto.

Uma coisa que NUNCA pode acontecer é você pedir (no acampamento!) para uma unidade fazer o devocional. Se você que é líder, já trabalha há tempos com desbravadores deixou de última hora e não programou nada, quanto mais os desbravadores!!! É importante que eles saibam dirigir o momento devocional, mas peça a eles com pelo menos 3 semanas de antecedência!

O fogo do conselho é uma das atividades mais tradicionais que temos. Faz parte da história do movimento mundial. Deve ter uma boa música, animada, brincadeiras apropriadas ao redor  da fogueira, momentos de humor, descontração, reflexão sobre acontecimentos do dia, sobre a vida espiritual, relembrar de acampamentos passados… Este é o momento em que todos os desbravadores se reúnem ao redor da fogueira para ouvir o que os líderes têm a ensinar a eles. Faça o fogo do conselho ser tradição no seu Clube também, guarde sempre um pouco das cinzas para colocar no próximo fogo do conselho e assim por diante.


Mochilas – parte 1

 

Existem três coisas essenciais que precisamos saber em relação à mochilas de camping: como escolher, como organizar, como regular e como cuidar de sua mochila.
Hoje começamos uma série sobre esse tema, dividida em três postagens. A primeira vai tratar sobre pontos importantes que devemos observar ao escolher nossa mochila de camping.

A escolha da mochila certa exige atenção. A mochila ideal é aquela que mais se adequa às suas atividades e à sua estrutura física. A primeira característica que deve ser observada é o tamanho e a segunda são os detalhes técnicos da mochila.

  • Tamanho

O tamanho de uma mochila é determinado pela sua capacidade em litros. Isso sempre soa muito abstrato para quem está pouco familiarizado com o assunto e pode não significar absolutamente nada para quem está comprando sua primeira mochila. As mochilas pequenas, de uso diário, têm capacidade entre 10 e 40 litros. Elas são uma boa alternativa para um dia de caminhada ou pedalada. A capacidade das mochilas médias varia de 40 a 60 litros, são chamadas mochilas de uso misto, e as grandes tem capacidade entre 60 e 90 e são chamadas cargueiras.

Para escolher o tamanho da mochila, pense antes o tipo de atividade que você vai praticar. O mais razoável é que uma mochila de fim de semana, para uma atividade como o excursionismo, tenha um tamanho que oscile entre os 55 até 75 litros, sendo que para crianças devemos diminuir esse tamanho para volumes entre 35 e 60 litros. Caso você escolha uma capacidade inferior à necessária, acabará sendo obrigado a transportar bens pelo lado de fora da mochila, o que muitas vezes acaba se transformando num transtorno, principalmente em caminhadas em meio a vegetação mais densa. Por sua vez, escolher mochilas com capacidade superior farão com que se possa transportar muitas coisas, algumas delas extremamente desnecessárias, o que resultará em fadiga e desequilíbrio ao usuário, podendo causar acidentes.

Portanto a norma geral demanda que se deve realizar uma previsão correta do volume e peso a transportar e, uma vez estudado o que vai se colocar na mochila, escolher uma com capacidade justa, ou inclusive menor, para acostumar-se a levar só o imprescindível, descartando carregar uma grande quantidade de roupa para trocar ou aqueles acessórios que nunca se usam.

Outro ponto importante, mais até do que a quantidade de equipamento que você pretende carregar, é saber o que se agüenta carregar! Lembre-se que uma pessoa acostumada a trilhas e que esteja bem preparada fisicamente deverá carregar, no máximo, 1/3 de seu peso. Pouco preparo? Diminua para ¼. Sem preparo ou nenhuma experiência? 1/5 e não se fala mais nisso!

Os detalhes técnicos que vamos falar agora são para mochilas cargueiras, mas os principais podem e devem ser aplicados para mochilas de uso misto.

Principais características de uma boa mochila cargueira:

  • Barrigueira

É aqui que o peso principal da mochila será aliviado, sobre seu quadril, sendo assim escolher uma mochila com a barrigueira fina demais, curta ou mesmo longa demais ou com um ajuste ruim pode arruinar a sua viagem ou trilha. Ao vestir a mochila na loja, principalmente se você for magro(a), peça ao vendedor para enche-la com alguma coisa – sacos de dormir são ótimos pra isso – assim você poderá testar o ajuste da barrigueira e saber se ela fecha bem ou se machuca quando a mochila tem alguma carga. Além do ajuste frontal da barrigueira uma boa mochila tem também um ajuste entre a barrigueira e a mochila em si, esse ajuste também deve ser verificado na compra e é importante para uma boa dispersão do peso.

  • Divisão para saco de dormir e abertura frontal 

A divisão para o saco de dormir existe na maioria das mochilas cargueiras, contudo em algumas mochilas chamadas de “alpinas” essa abertura não existe. Caso sua mochila tenha uma abertura frontal grande, a divisão para o saco de dormir não fará tanta falta, porém se a sua mochila não tiver uma boa abertura frontal e não tiver abertura para o saco de dormir vai ser muito ruim para remover os itens que estão mais no fundo.

A abertura frontal é, na visão de muitos, uma obrigatoriedade em qualquer boa cargueira atual. É muito bom poder pegar algum objeto durante uma viagem ou trilha sem ter que abrir a mochila por cima. Esse é um item que, com certeza, merece destaque como diferencial na compra de uma cargueira. Se eu tiver que escolher entre duas mochilas, uma mais cara com abertura frontal e uma mais barata sem abertura eu fico com a mais cara, sem pensar muito.

Na parte de dentro de algumas mochilas a divisão do saco de dormir tem um ziper que permite separar o interior da mochila em duas partes, uma acima da divisão do saco de dormir e a outra sendo a própria área do saco de dormir, coisa muito útil em algumas situações.

  • Fitas de compressão laterais

Essas fitas laterais tem duas funções, comprimir o conteúdo da mochila e prender alguma coisa que vai do lado de fora da mochila, como o isolante térmico ou mesmo uma corda.

  • Bolsos laterais e porta garrafas

Os porta garrafa não são considerados fundamentais. Os bolsos laterais, quando bem espaçosos, são muito mais interessantes que os porta garrafas, principalmente por que é possível carregar em um desses bolsos uma bolsa de água, um camelback, e assim dispensar o uso das garrafas e ainda facilitar a ingestão de água durante o percurso.

  • Regulagem de altura das alças

As cargueiras são mochilas que transportam muito peso por isso mesmo o ajuste de altura das alças é um item fundamental para que o peso na mochila não prejudique a coluna do usuário. Uma boa mochila deve ter algum ajuste para permitir que a altura dela se adapte ao corpo do usuário, uma mochila com alças fixas pode se transformar em um problema e um grande desconforto durante uma caminhada maior.

  • Alças e costado acolchoados

Por mais que o peso esteja bem distribuído e a barrigueira bem ajustada ainda assim você vai querer ter um bom costado e alças bem acolchoadas. Dois outros fatores são importantes nestes itens, o costado além de bem acolchoado deve ser bem desenhado e com uma confecção que permita as costas do usuário respirar sem maiores problemas. O material usado tanto no acolchoamento das costas quanto das alças deve ser macio para evitar que alguma blusa mais frágil seja danificada pelo atrito entre a alça/costado e a roupa – o que acontece com muitas blusas de dry-fit.

  • Barras de estabilização nas costas

Esse item nem sempre é notado quando olhamos ou mesmo pegamos rapidamente a mochila, mas essas barras de metal – que podem ser acessíveis ou não – são fundamentais para o conforto de quem vai transportar muita carga. As barras mantém a mochila reta e assim evitam que os usuários dobrem de forma incorreta as costas, sobrecarregando a coluna. Essas barras são importantes em qualquer mochila acima dos 40-50l, mochilas sem elas costumam ser muito desconfortáveis.

  • Fita de peito ou fita peitoral

A função desta fita é estabilizar ainda mais a mochila nas costas do usuário, ela é importante quando a mochila está carregada e a pessoa está em terreno acidentado. Essa fita deve deslizar pela alça permitindo ajustar a altura dela para que fique mais acima ou abaixo do tórax, esse ponto da regulagem é uma coisa que deve ser levada em conta principalmente pelas mulheres. A fita peitoral no caso de uma mochila usada por uma mulher tem que obrigatoriamente ser ajustável já que não deve ficar por cima dos seios pressionando eles.

  • Capa de chuva
Pode até ser que isso já venha na sua mochila. Mas mesmo que você opte por uma cargueira sem esse acessório reserve algum dinheiro para comprar uma capa de chuva que caiba nela. A capa de chuva, além do uso óbvio, serve para proteger a sua mochila nos bagageiros de trens, ônibus, jipes, etc. Uma mochila sem capa de chuva irá se tornar um grande problema se você for pego de surpresa por uma tempestade durante uma trilha mais longa.

Caso a sua mochila venha com capa de chuva, observe se ela pode ser separada da mochila. Isso será uma boa opção quando você tiver que trocar a capa de chuva ou mesmo lavar a cargueira.

Se a diferença de preço entre as mochilas que você escolheu for muito grande e as características forem as mesmas, opte por aquela que vem sem capa de chuva e compre uma capa a parte depois. Existem boas capas no mercado por preços baixos.

Itens secundários na escolha da mochila cargueira:

  • Porta piolet ou bastão de caminhada

Este item não é de fundamental importância para quem não faz uso de bastões de caminhada ou piolets (aquelas piquetas usadas em escalada na neve/gelo). O uso de piolets pode ser incomum para muita gente, mas os bastões de caminhada são usados por muitos trekkers e acondicioná-los dentro da mochila pode fazer com que eles furem alguma coisa caso não estejam com as pontas protegidas. Portanto pense se este item é ou não importante para você. Para quem vai pra alta montanha o porta piolet é um item importante para facilitar o transporte deste equipamento.

  • Alça de transporte

Não é um item tão importante, mas está em todas as mochilas em geral, vai fazer falta na hora de fazer alguns movimentos durante o transporte da mochila, mas nada que vá lhe prejudicar caso a sua mochila não tenha.

  • Bolso na barrigueira

Esse também não é um item obrigatório, mas lhe ajudará muito naquelas situações onde você precisa pegar a carteira ou algo do gênero e então descobre que nem sempre é fácil tirar o que você quer do bolso quando a sua mochila está nas costas. Algumas coisas que podem ser colocadas nesse bolso durante a caminhada são a bússola, lanterna e pilhas ou algumas besteiras para comer.

Outros itens que merecem ser comentados:

  • Bolsos, em geral, quanto mais melhor. Na maioria das cargueiras bem feitas você encontrará dois bolsos na tampa da mochila, no alto. Um interno e outro acessível por fora, que fica voltado para parte de trás da cabeça do usuário, dentro deste bolso muitas mochilas trazem um bolso telado menor para servir como porta objetos – pilhas, chaves, alguma outra miudeza.
  • Dentro da mochila – pelo menos em muitas delas – existe um bolso grande e bem largo, esse bolso tem a função de carregar itens que estejam úmidos, como toalhas por exemplo. Outra coisa que pode ser carregada nesse bolso é uma lona que para colocar embaixo da barraca.
  • Algumas mochilas são forradas duplamente por dentro para aumentar a capacidade de resistência à água. Esse é um ponto positivo mas não obrigatório. Uma boa capa de chuva ajuda nesta questão.
Dicas:
  • Existem mochilas desenvolvidas para proporcionar mais conforto para as mulheres, com ajustes para se adaptar perfeitamente à anatomia feminina.
  • Existem mochilas que se ajustam ao tamanho da carga a ser carregada. Assim você evita levar materiais desnecessários apenas para preencher espaço na mochila ou que sua carga fique passeando dentro da mochila caso não esteja cheia. Esses ajustes são indicados na capacidade em litros da mochila (exemplos: 35+10L, 50+10L, 60+15L, 75+15L) e são muito úteis.

Assista este vídeo que mostra alguns pontos importantes na escolha de sua mochila cargueira.

Fontes:
http://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=2045
http://mochileiroliso.blogspot.com/2009/01/uma-vez-que-este-blog-trata-de.html
http://trekkingbrasil.com/diferenciais-na-escolha-de-uma-mochila-cargueira/
http://www.trilhaserumos.com.br/dicas_ler.asp?IdDica=24

Faça você mesmo: fogareiro à álcool de latinhas de alumínio

Quem já passou pela experiência de acampar e não encontrar madeira seca para fogueira por causa de chuva? Existem técnicas que nos ajudam a fazer fogo na chuva, mas se mesmo depois de tentar fazer o que sabemos e não conseguir, não devemos ficar sem nossa refeição. Uma excelente alternativa são os fogareiros à álcool. Eles são leves, ocupam pouco espaço, de fácil manuseio, de fácil confecção e funcionam muito bem.

Vamos apresentar aqui dois modelos diferentes de fogareiro feitos de latinhas de alumínio.

Dica: Quando for fazer algum destes fogareiros e quando for utilizá-los é muito importante tomar todos os cuidados possíveis, pois você estará lidando com materiais perfuro-cortantes e também com combustível altamente inflamável. Portanto, MUITO CUIDADO! Recomendamos que um nenhuma criança faça o fogareiro sem a supervisão de um adulto e, de preferência, um adulto o faça.

Modelo 1

Ferramentas:

  • 1 tesoura;
  • 1 martelo;
  • 1 faca pequena de ponta afiada;
  • 1 alicate pequeno;
  • 1 prego pequeno com ponta afiada;
  • 1 pedaço de lixa;
  • 1 régua (ou fita métrica);
  • 1 compasso (ou moeda de 10 centavos, para riscar um círculo).

Material:

  • 3 latas de alumínio.
1 – Iniciar fazendo os furos no fundo da lata, distante 0,5 cm um do outro.
2 – Colocar a moeda no fundo da lata e riscar um circulo.
3 – Furar o centro.
4 – Com a faquinha cortar em cruz o círculo à partir do furo.
5 – Recortar à partir da base, para formar uma abertura quase circular, e uma boa grade para prender o tubo central.
6 – Riscar a lata com 5,5 cm medindo do topo acima dos furos.
7 – Cortar bem alinhado.
8 – Fazer dois cortes até a borda mais dura, tirando um filete obliquo pequeno.
9 – Corte para facilitar o encaixe.
10 – Bater com o cabo da tesoura na quina para um encaixe perfeito do fundo.
11 – Corte uma lâmina de 4,5 cm do que sobrou da primeira lata.
12 – Faça um tubo na medida do orifício da primeira peça e que encaixe bem nas garras,
13 – Para prender o tubo use fitas finas retiradas da lata, ou arame fino e macio. Faça quatro furos triangulares pequenos dispostos em cruz (este tubo é o segredo do bom funcionamento do fogareiro, capriche).
14 – Encaixe o tubo com a parte lisa na grade, e com a parte furada para receber o fundo da lata.
15 – Corte outra lata com 6,5 cm medindo da parte alta do fundo.
16 – encaixe as duas partes com cuidado.
17 – Pressione até o tubo ficar firme e bem assentado no fundo.
18 – Corte o excesso da lata com a tesoura.
19 – Dê acabamento com a lixa e está pronto seu fogareiro.
20 – Faça o abafador (que serve para apagar o fogo) cortando o fundo de uma lata e deixando uma parte para dobrar e servir de cabo.
Tenha cuidado de proteger o fogareiro ao guardá-lo para não amassá-lo.
Uma informação importante: depois de aceso demora 3 ou 4 minutos para o fogo sair pelos orifícios, daí em diante a chama fica azul e forte. Use protegido do vento para um ótimo aproveitamento.
O autor diz que tem utilizado sempre álcool combustível, que é bom e barato. Segundo ele, para abastecer o fogareiro o nível máximo é um pouco acima do meio do tubo e dá para cozinhar mais ou menos 30 minutos.

Fonte: http://bicicloturista.blogspot.com/2009/07/dica-de-camping-fogareiro-de-latinha.html

Modelo 2

Ferramentas:

  • 1 lixa;
  • 1 lâmina de estilete;
  • 1 alfinete;
  • 1 alicate.

Material:

  • 2 latas de alumínio;
  • 1 punhado de lã de vidro;
  • 1 cabide de roupas (para fazer o suporte);
  • Álcool (preferencialmente combustível).

Fonte: http://aventuranaveia.blogspot.com/2008/12/fogareiro-de-lata-de-refrigerante.html

Podemos ainda utilizar algumas idéias de um modelo, adaptando-as para o outro modelo, conforme julgarmos melhor.

Bússola – Como funciona? Como utilizá-la?

Quando falamos sobre os mapas topográficos, explicamos que o ideal é que ele seja utilizado juntamente com a bússola. A bússola, além de ser utilizada em conjunto com o mapa, também pode ser utilizada sozinha. Mas como ela funciona e como utilizá-la?

A bússola é um instrumento usado para orientação. Atualmente, existe uma grande variedade de formatos e tamanhos de bússola para atender às mais diversas necessidades. Existem bússolas de R$ 1,99 até bússolas de centenas de dólares.As que são usadas em navios e em aeronaves, por exemplo, são complexos aparelhos mecânicos ou eletrônicos capazes de compensar o movimento e a estrutura metálica da embarcação.

As bússolas de bolso, de menor precisão, são mais usadas por excursionistas e adeptos das trilhas ecológicas. Elas consistem, em geral, em uma agulha magnetizada, que flutua dentro de uma caixinha transparente, e tem uma das extremidades pintada de vermelho que aponta sempre para o “Norte”. Isso ocorre porque a bússola funciona como um ímã que se orienta segundo o campo magnético da Terra.

Em caminhadas, a bússola mais usada é a transferidora (do tipo Silva), leve e precisa o suficiente para orientação e navegação básicas. Este modelo é ideal para ser usado com mapas, porque combina bússola, régua e transferidor num único instrumento, evitando que eles sejam carregados separadamente como era feito antigamente.

O vídeo abaixo explica quais são os componentes de uma bússola transferidora, como utilizar uma bússola sem um mapa e como utilizar uma bússola com uma mapa, de uma maneira mais simplificada (para como se localizar em um mapa, leia o tópico “Encontrando sua localização no mapa da postagem Mapa Topográfico – O que é? O que indica? Como utilizá-lo?)

A utilização de bússola é um exercício de prática, portanto pratique sempre que possível.

Para utilizar a bússola juntamente com os mapas topográficos, é necessário entender bem um conceito muito importante: declinação magnética.

Uma experiência interessante de se fazer na sua unidade ou classe, para explicar o funcionamento do mecanismo de uma bússola, é fazer uma bússola de baixa precisão.

Para isso, você vai precisar de um ímã (talvez tenha um na geladeira da sua casa), uma agulha, uma rolha de cortiça ou um pedaço de isopor, uma fita adesiva, uma faca e um vasilhame com água. Siga as seguintes instruções:

  • Corte a rolha de cortiça ou o pedaço de isopor, deixando-o com cerca de um centímetro de altura, formando um disco.
  • Depois, magnetize a agulha: passe uma de suas extremidades na parte lateral do ímã cerca de 20 vezes sempre no mesmo sentido, tomando o cuidado de não fazer movimentos de ida e volta.
  • Usando a fita adesiva, fixe a agulha no disco e coloque-a sobre um vasilhame com água. Se estiver tudo certo, quando você mexer na agulha, ela deve voltar para a mesma posição, ou seja, indicando a direção Norte-Sul.
  • Confira com uma bússola qual é o sentido Norte.

Fontes:

http://aventuranaveia.blogspot.com/2009/04/voce-sabe-como-funciona-e-como-utilizar.html

http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=802&sid=3

http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=3&infoid=803

Declinação Magnética

Duas semanas atrás falamos sobre mapa topográfico, porém ficamos devendo um ponto na nossa abordagem: a declinação magnética. Muitas pessoas se surpreendem ao saber que uma bússola não aponta para o norte verdadeiro. De fato, na maior parte da superfície terrestre, a bússola aponta em direção a um ponto a leste ou oeste do Norte Verdadeiro (também conhecido como Norte Geográfico).

As bússolas são orientadas ao norte magnético (campo magnético da terra), enquanto os mapas são orientados para um ponto distinto, o norte da quadrícula. Como a diferença entre o norte da quadrícula e norte geográfico é muito pequena, não produzindo alterações significativas para nossa atividade, pode ser desconsiderada. A diferença entre norte magnético e norte geográfico é chamada de declinação magnética. A variação anual da declinação magnética tem importância na leitura e orientação de um mapa. Junto com a variação geográfica (latitudes e longitudes diferentes possuem declinações magnéticas diferentes), são elementos importantes para o usuário de um mapa, e está representada próxima a sua margem inferior. A linha com a estrela na ponta (NG) representa o norte geográfico e a linha com a seta na ponta (NM) representa o norte magnético. Quando o NM está à esquerda do NG, dizemos que a declinação é oeste. Se o NM está à direita do NG, dizemos que a declinação magnética é leste.

Vamos tomar a declinação magnética deste mapa de Brasília como exemplo.

  • Declinação magnética em 1993 = -18º48′
  • Crescimento anual = -6,5′

De 1993 a 2011 são 8 anos. Logo a variação no período = 8 x (-6,5′) = -52′. Para somar a variação de declinação ao valor de declinação magnética, precisamos lembrar que de algumas regras:

  • Só podemos somar valores de mesma unidade.
  • Operações com sinais
    • Sinais iguais
      • Declinação e variação da declinação positivos: apenas somamos os dois valores.
      • Declinação e variação da declinação negativos: somamos os valores como se fossem ambos os valores fossem positivos, invertendo o valor final.
    • Sinais diferentes
      • Declinação positiva e variação da declinação negativa: subtraímos o valor valor da variação da declinação do valor da declinação.
      • Declinação negativa e variação da declinação positiva: fazemos a mesma coisa que no caso anterior, invertendo o valor final.

Voltando ao nosso exemplo:

  • Começamos com a menor unidade, os minutos: 48’+52′ = 100′. Como 60′ = 1º, temos 1º40′.
  • Agora passamos aos graus: 18º+1º=19º
  • Desta forma, temos 19º40′. Como tanto a declinação magnética quanto a variação da declinação são negativas, a declinação magnética de 2011 do nosso exemplo é -19º40′.

Na internet encontramos alguns sites que estimam a declinação magnética, bastando digitar o local e a data. Uma opção é consultar o valor da declinação magnética diretamente do site do Observatório Nacional.

Fontes:

CEZAR, L. D. Orientação por Mapa e Bússola. 2ª Edição. Associação Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.4shared.com/document/o83WrNcS/Apostila_de_Orientao_2ed.html>. Acesso em: 08 Abr. 2011. CORRÊA, I. C. S. Declinação magnética. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/museudetopografia/Artigos/Declina%C3%A7%C3%A3o_Magn%C3%A9tica.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2011.

Caminhada com pernoite, para a classe de Excursionista

Na semana passada, vimos aqui no Cantinho da Unidade um pouco sobre a caminhada com pernoite, cumprindo o requisito da classe de excursionista, dos Clubes Bandeirantes e Guerreiros do Planalto (APlaC).

Hoje vamos ver algumas regras gerais e dicas para você cumprir esse requisito no seu Clube também! Antes de iniciarmos, recomendo a leitura do post Dicas para caminhar com as crianças, escrito pelo Mateus.

Uma das pontas do tripé do desenvolvimento do desbravador é a faculdade física. Infelizmente, essa vem sendo a menos desenvolvida das três. Precisamos sempre ter em mente que o fortalecimento das áreas física, mental e espiritual deve ser igual nas nossas atividades.

Duas são as áreas das classes que mais trabalham com o físico: Saúde e Aptidão Física e Arte de Acampar. Esse requisito encontra-se na área de arte de acampar, requisito 1: “Com um grupo de, no mínimo quatro pessoas, incluindo um conselheiro adulto experiente, andar 25 quilômetros numa área rural ou deserta, incluindo uma noite ao ar livre ou barraca. Deverá haver um planejamento completo antes da saída. Durante a expedição devem ser feitas anotações sobre o terreno, flora e fauna observados na caminhada. Depois, usando as anotações, participar em uma discussão de grupo, dirigida por seu conselheiro.” Note que o requisito inclui o planejamento da atividade, juntamente com o desbravador. Então, mãos à massa!

Data: Primeiramente precisamos definir a data da nossa caminhada, lembrando sempre de analisar as condições climáticas comuns da época escolhida, pois elas afetarão no estilo de roupa que escolheremos, local, condições para o pernoite, etc.

Local: A escolha do local é uma das tarefas mais difíceis quando trabalhamos com caminhadas e acampamentos. O Clube precisa definir o local e ir conhecê-lo bem antes da data marcada, pelo menos 1 mês. São várias as opções, dependendo da sua região: fazendas, reservas ecológicas, trilhas, parques. É preciso verificar se é necessária autorização para uso do local e quais as condições para se usá-lo.

Depois de definido, o Clube precisa conhecê-lo, e isso inclui realizar todo o trajeto antes, para se certificar de que é adequado para se caminhar com os garotos. Note também que a caminhada deve ser em área rural ou deserta, por isso, caminhadas [geralmente de última hora] em meio urbano não valem!

O requisito pede, pelo menos, 1 pernoite, mas não limita. Portanto, se temos um local interessante para a caminhada, com fauna e flora bem atrativas e temos um feriado para aproveitar o local, então, podemos fazer mais 1 ou 2 pernoites.

Mochila: Tudo o que for ser usado na caminhada precisa estar na mochila. Ainda que tenha um carro de suporte acompanhado o grupo, o ideal é que não carregue nada de ninguém, a não ser itens de primeiros socorros e reserva de água e alimentos. Os materiais essenciais para a caminhada, você encontra no post indicado acima.

Para se certificar de que eles vão se lembrar de tudo e vão conseguir arrumar tudo na mochila, faça uma aula prática com eles antes, levando uma mochila e os itens necessários. Depois, peça para que eles coloquem as coisas dentro. No final, você explica a maneira correta e qual é o percentual máximo de peso que eles podem levar.

Seguro/autorizações: Toda saída com os desbravadores deve ser assegurada. Não sei como funciona na Associação de vocês, mas aqui na UCOB é feito um seguro anual pela UNIBRAS, e automaticamente eles já estão cobertos em todos os eventos. Mas caso não seja essa a sua realidade, providencie com pelo menos 1 semana de antecedência o seguro de todos que participarão da expedição.

Temos que lembrar também que somos os responsáveis pelos desbravadores menores de idade no evento. Por isso, precisamos ter em mãos todas as autorizações, para evitarmos problemas caso sejamos parados numa fiscalização.

Transporte: O transporte vai depender do local da caminhada, do número de participantes e das condições financeiras do Clube. Se for possível levar todos em carros, certifique-se de que está tudo ok com eles e que estão abastecidos para ir e voltar. Caso seja um transporte alugado, confira se a manutenção está em dia e se está tudo ok com o seguro deles. Independente do transporte, TODOS OS DESBRAVADORES devem ter assento e a bagagem deve estar bem armazenada.

Anotações: Note que o requisito pede que os desbravadores façam anotações durante o trajeto. Então, providencie para eles bloquinhos, ou algumas folhas e canetas/lápis. Durante o trajeto, vá mostrando para eles pontos interessantes, direcionando a atenção deles. Quando possível, leve também câmeras fotográficas, pois as fotografias podem complementar o relatório deles.

Discussão: Por último, discuta com eles sobre os pontos observados e faça uma avaliação da atividade, confiram se todos os detalhes foram preenchidos e o que precisa melhorar. Essa é, talvez, a parte mais importante no desenvolvimento de liderança deles. Aproveite enquanto as informações estão quentinhas na cabeça deles.

Registrem essa atividade no Clube de vocês, e mandem para a Equipe Cantinho da Unidade, para publicarmos aqui. Estamos aguardando!

 

 

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