Adolescência: vícios em internet e jogos de computador

cibervicio

Dizer que alguém é viciado é o mesmo que dizer que ele não consegue controlar a ânsia por alguma coisa ou a dependência dela. Quando o indivíduo é viciado, a necessidade interior é tão forte e tão consumidora que são declarações como: “não consigo me controlar”. Com a invasão dos avanços tecnológicos e a extraordinária expansão da internet, não é de surpreender que cada vez mais os pais e terapeutas ouçam os adolescentes dizerem que estão perdidos no ciberespaço.

Os viciados on-line e em jogos de computador apresentam os mesmos sintomas das pessoas que abusam do álcool e das drogas: negação, privacidade, extravasamento, compulsão, falta de atenção e afastamento da família e dos amigos.

As principais causas do problema:

  1. Solidão: os fãs das redes sociais dizem que elas favorecem a interação, o encontro e o relacionamento. O termo preferido é “comunidade”. Porém, na realidade, a web fornece apenas uma sombra da verdadeira comunidade. Contudo, esse desejo de entrar em contato com alguém e de sair da solidão, empurra alguns adolescentes para uma dependência doentia da web.
  2. Pornografia: o fato de trazer o mundo para dentro da privacidade de nossas casas é um dos grandes horrores da web. É essa condição que torna a pornografia mais acessível que nunca. Para alguns adolescentes, com toda aquela avalanche hormonal, essa tentação é simplesmente grande demais para resistirem.
  3. Estar por dentro de tudo: todo adolescente quer fazer parte do que todo o mundo está falando ou fazendo. Quando surge um burburinho sobre alguma coisa do mundo virtual, pode apostar que eles correram rapidamente para o computador mais próximo.
  4. Dinheiro: alguns jovens especialistas no mundo cibernético encontraram uma maneira de ganhar dinheiro com o tempo que passam na internet. Por exemplo, fazem download de um software ilegal e depois vendem aos colegas. Inclusive pesquisas indicam que os “cibercrimes” colocam os adolescentes como os maiores contraventores.
  5. Privacidade: o adolescente pode visitar sites e fazer coisa no ciberespaço que pai nenhum aprovaria, e ninguém jamais tomaria conhecimento. A ideia de poder explorar tabus sem sair de casa leva muitos jovens a praticar atividades cibernéticas prejudiciais.

Como os pais podem ajudar:

  • Ressaltar a gravidade do tempo gasto nessas atividades. Experimentem fazer um registro das horas gastas pelos seus filhos na internet, e depois mostrem a eles a anotação! Costuma causar um forte impacto.
  • Tantos os pais como os terapeutas devem aprender a linguagem da internet a fim de melhorar a comunicação com os jovens que usam esse meio de comunicação com frequência.
  • Devemos estar sempre atentos ao conteúdo dos videogames. Evitar os que se utilizam de violência e outros valores contrários à cultura familiar e aos valores espirituais.
  • Ser cuidadosos no monitoramento. Uma boa dica é que o computador fique na sala à vista de todos que passem por aí.
  • Usar filtros: há ferramentas que podem filtrar conteúdos ofensivos ou perigosos com a maior facilidade.
  • Ajudar seu filho a reconhecer a dependência. Um psicólogo pode ser útil nessa questão, já que muitos filhos nessa idade têm dificuldade em ouvir os pais.
  • E saber quando encaminhar a um terapeuta é a chave para evitar que cada vez mais seu filho fique preso a maus hábitos por conta do uso prejudicial da internet.

“Todos devem vigiar os sentidos, do contrário Satanás alcançará vitória sobre eles; pois essas são as avenidas da alma. Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões, ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida”. Ellen White, O Lar Adventista, p. 401.

1- Samira

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