A maioria dos adolescentes tem pelo menos uma conta em algum tipo de rede social. As redes mais populares são o Facebook e o Twitter, mas novos tipos de redes sociais continuam a surgir e algumas como o Instagram ou o Pinterest começam a ganhar bastantes adeptos. A importância das redes sociais na cultura adolescente é cada vez maior e estas fazem parte integrante do seu estilo de vida. Mais do que na era do conhecimento, vivemos na era da comunicação digital, do acesso imediato à informação contínua. Contudo, vários estudos mostram que o uso excessivo de redes sociais pode causar problemas, como a depressão.
Alguns estudiosos afirmam a existência, cada vez maior, do que eles denominaram de “depressão Facebook”, a qual atinge, especialmente, adolescentes que ficam horas do dia navegando nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, o uso sem moderação poderia acarretar atos de cyberbullying, ansiedade social e isolamento severo. Nesse sentido, é essencial que os pais acompanhem a vida virtual dos filhos.
A forte adesão de adolescentes às redes sociais reflete características próprias da juventude, como formação da identidade, necessidade de socialização e autoafirmação. E nós que somos pais e líderes sabemos que em épocas diferentes, outros interesses aglutinavam a juventude e também requeriam limites por parte dos responsáveis.
É de fundamental importância que os pais avaliem se o período dedicado aos relacionamentos virtuais não estão interferindo na construção de relacionamentos reais.
Algumas ferramentas que podem colaborar no controle dos responsáveis, como o bloqueio de sites, devem ser usadas. Outra medida, a qual requer acordo entre pais e filhos, é a definição de horários para uso da internet. Os pesquisadores orientam que os adolescentes devem ter uma vida equilibrada, com responsabilidades escolares, atividades extras e tempo livre para lazer, que pode ser utilizado também para uso da internet.
Quando e como saber se as mídias sociais estão prejudicando a vida dos adolescentes? Estas mídias sociais se tornam um problema quando elas começam a influenciar diretamente na vida dos jovens.
Um grande problema de quem passa muito tempo se expondo nas redes sociais é o “cyberbullying”, pois qualquer ação que seja reprovada por outros usuários acaba na maioria das vezes resultando em uma avalanche de comentários ofensivos, que podem acabar influenciando negativamente a vida dessas pessoas.
Adolescentes também podem ter sua atenção desviada, pois muitos acessam frequentemente o seu perfil nas redes sociais, gerando jovens com graves dificuldades de concentração. O professor de psicologia Barry Rosen realizou uma pesquisa com alunos do ensino médio e descobriu que alguns deles não conseguem ficar mais de 15 minutos sem espiar o Facebook. Ainda segundo Rosen, quanto mais meios de comunicação consumiam por dia, piores eram as notas dos alunos. Nós não podemos deixar estes meios de comunicação se tornarem um vício, pois isto em longo prazo pode formar uma população com dificuldades de comunicação e pessoas incapazes de expressar seus sentimentos na vida real.
Como tudo na vida, o uso de internet e de mídias sociais deve ser feito moderadamente e com sabedoria. Não podemos negar sua existência e fazer vista grossa. Devemos, como líderes e como pais, trabalhar e discutir abertamente com nossos desbravadores/filhos sobre o uso seguro e racional desses meios. Lembrá-los sempre que nada na vida substitui o contato direto e genuíno entre pessoas.