A importância do grupo de pares para o adolescente

4245-teen-action-group-tacomaA maioria dos adolescentes, inevitavelmente, dá muito mais importância ao seu grupo de amigos do que à sua família. Esta se ressente, tenta reverter a situação conversando ou então alertando sobre o perigo das “más” companhias, mas tudo isso às vezes parece inútil.

O que acontece de fato é que os adolescentes precisam dessa convivência para desenvolver habilidades sociais que começaram a adquirir com a família. Papéis sociais importantes como liderança, par sentimental, amizades permanentes, palhaço, negociador e tantos outros só são aprendidos na convivência com o grupo de pares. Não é exagero dizer que a entrada em um grupo é um acontecimento inevitável na passagem da infância para o mundo adulto. Faz parte do processo de elaboração da identidade. Quando chega a puberdade, o adolescente não se contenta mais apenas com a rede protetora da família e busca fora de casa outras referências para se formar como sujeito. É por isso que, nessa hora, os amigos crescem em importância. Por meio deles, o jovem exercita papéis sociais, se identifica com comportamentos e valores e busca segurança para lutar contra a angústia da solidão típica da fase.

Se a família inibe esse exercício, terá consigo um indivíduo com habilidades sociais pouco desenvolvidas e, o que é pior, com a exigência dessa mesma família para que viva os papéis que não aprendeu, de forma inteligente e bem sucedida.

Ao invés de atormentar o adolescente com ameaças e avisos, muitas vezes descabidos, os pais deveriam acompanhar os seus filhos à meia distância, cuidando para que a sua individualidade e autonomia não sejam desconfirmadas, mas demonstrando que o seu filho não é alguém solto no mundo, avulso e desamparado.

Aqui vão algumas dicas aos pais para viver melhor esta fase:

  1. Saiba o máximo que puder sobre as pessoas as quais o adolescente se ligou e como o grupo funciona. Há, em muitos grupos, um excesso de agressividade e morbidez.
  2. Não tente fazer parte da turma. Não é por aí que a coisa funciona.
  3. Nem todo adolescente “esquisito” é maconheiro. Não generalize e nem fale mal sem argumento dos amigos de seus filhos para evitar que se revoltem, já que o sentimento de rebeldia frente às injustiças é muito grande nessa etapa do desenvolvimento.
  4. No entanto, as drogas são uma possibilidade real no grupo. Saiba identificar os sinais que demonstram quando alguém está usando.
  5. Abra todos os canais de comunicação para saber, sem dar palpites, como o adolescente está se sentindo no grupo – suas queixas e demandas.
  6. A entrada, desde pequenos, em grupos como aventureiros, desbravadores, grupos de oração entre outros, cujos objetivos sejam espirituais, vai fazer com que este sentimento de pertencimento se desenvolva e sem os riscos de se unirem a grupos pouco recomendáveis.

Acredito que para evitar problemas maiores na adolescência como o uso de substâncias indevidas, grupos de pares perigosos e etc., é importante construir laços sólidos de amor, confiança e apoio desde a infância a fim de evitar que os conflitos sejam muitos entre pais e filhos na adolescência. Crie seu filho cercado de amor, afeto e genuína comunicação. Pois como a Bíblia mesma afirma em Provérbios 22:6 “ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele”. Os valores ensinados na infância, mesmo que temporariamente deixados de lado na adolescência, deverão voltar com mais força, atendimento e aceitação quando esta esteja sendo finalizada. Trabalhe desde hoje e confie na promessa do Senhor de que tudo volta ao seu caminho original.

Um abraço a todos e até a próxima.

1- Samira

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