“E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas”. Atos 10:34
Tanto perante Deus quanto perante os homens, todos somos iguais. Deus não faz acepção de pessoas e “todos somos iguais perante a lei”. Ao mesmo tempo, somos todos diferentes! Temos diferentes opiniões, personalidades, maneiras de vestir, agir, profissões, preferências pessoais, aparências, cor, corte de cabelo… O conjunto de todas essas coisas nos torna únicos em nosso planeta.
Uma importante crença fundamental da nossa Igreja é a Unidade no Corpo de Cristo, que nos ensina que devemos manter a unidade na diversidade. Apesar de parecer paradoxo, essa é exatamente a ideia de Deus, visto que Ele mesmo foi o autor da diversidade! Imaginem um mundo onde todos os homens e mulheres fossem iguais! Não seria nada legal, não é mesmo?!
O que precisamos ensinar aos nossos desbravadores, em especial aos da classe de Companheiro, é a respeitar as diferenças entre as pessoas. Abaixo segue uma sugestão de plano de instrução para o ensino deste requisito. Para aprender mais sobre a importância do plano de instrução no ensino das classes, clique AQUI.
Caso você tenha sugestões de atividades para nos ajudar, deixe seu comentário ou entre em contato conosco. Abaixo segue o plano de instrução. Caso prefira, clique AQUI para baixar.
- Objetivos
- Promover reflexão sobre as diferenças e a riqueza contida na diversidade;
- Refletir sobre intolerância e suas consequências;
- Comparar diferenças e igualdades;
- Desenvolver o raciocínio lógico, o sentido reflexivo e crítico, de tal maneira que possam tornar-se cidadãos conscientes de seus deveres e direitos;
- Refletir sobre bullying.
- Materiais
- Papel pardo.
- Durex.
- Papel sulfite.
- Lápis preto e de cores.
- Borracha.
- Giz de cera.
- Tesoura.
- Vídeos do Youtube.
- Equipamento para passar os vídeos (computador, caixa de som).
- Vídeo interessante
- Metodologia
- Dinâmica;
- Discussão livre em grupo;
- Apresentação de vídeo;
- História.
- Desenvolvimento
- Encontro Único (50 minutos)
- Introdução: Realizar a seguinte dinâmica: Faça o desenho de um aquário do tamanho de um papel pardo e fixe-o na sala. Entregue aos participantes um pedaço de papel sulfite e peça-lhes que desenhem um peixinho, como desejarem e depois recortem. Peça que, assim que terminem, vão ao papel pardo e fixem seu peixinho no aquário. Após todos fixados, peça para que eles observem o que realizaram e manifestem o que entenderam sobre a atividade, deixe-os à vontade para falar. Observar as diferenças entre cada peixinho e, se necessário, vá conduzindo a conversa para o lado moral, da ética, do respeito às diferenças individuais.
- O instrutor pode ampliar a discussão, promovendo a reflexão sobre as diferenças entre as pessoas, entre homens e mulheres, meninos e meninas. Questionar com seus desbravadores coisas do cotidiano como “isso não é coisa de menino?” Exemplo: “Gostar de estudar é coisa de menino ou menina?” “Chorar é coisa de menino ou menina?”… Diga que em uma perspectiva histórica, podemos afirmar que o conceito de gênero menino e menina foram produzidos no interior das relações sociais e faz parte do nosso cotidiano, por isso, aprendemos a repeti-los e naturalizamos. Deve-se questionar comportamentos preestabelecidos e com isso desconstruir os estereótipos. Tratar do bullying como uma das implicações da intolerância às diferenças.
- Conte de forma resumida a historia de Eliseu e as duas ursas, um caso clássico de bullying e a intolerância de Deus a esta prática: Elias tinha sido trasladado para o Céu, e o seu manto tinha caído sobre Eliseu. Então rapazes ímpios, que haviam aprendido com seus pais a desprezar o homem de Deus, seguiram Eliseu, e, zombando, gritavam: “Sobe, calvo, sobe, calvo!” II Reis 2:23. Insultando assim o Seu servo, insultavam a Deus e atraíam Sua punição de imediato. Eliseu era um homem de espírito brando e bondoso; mas que podia também ser severo, como é mostrado pela maldição que lançou quando, a caminho de Betel, foi escarnecido por rapazes ímpios que haviam saído da cidade. Esses rapazes tinham ouvido da ascensão de Elias, e fizeram deste solene acontecimento o assunto de suas zombarias, dizendo a Eliseu: “Sobe, calvo; sobe, calvo.” Ao som de suas zombeteiras palavras o profeta voltou-se e, sob a inspiração do Todo-Poderoso, pronunciou uma maldição sobre eles. O terrível juízo que se seguiu foi de Deus. “Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles pequenos.” II Reis 2:23 e 24.
- Pergunte se as crianças sabem o que é raça e etnia? Tratar sobre o racismo e sua crueldade com as pessoas. Sobre a legislação brasileira, que proíbe essa prática, sobre o mandamento: ama a teu próximo como a ti mesmo; e como Deus não faz acepção de pessoas. Os versos que muitos se utilizam para argumentar que Deus ama a todos indistintamente, e por isso não faz acepção de pessoas são: “Porque, para Deus, não há acepção de pessoas” [Rm 2.11]; e, ainda: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas” [At 10.34]. Raça se expressa nas características visíveis da pessoa, ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, formação do crânio e do rosto e tipo de cabelo. A etnia também se refere a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições. A partir dessa união de raças desenvolveu-se o que é o país hoje em dia, e como passaram a ser criados novos costumes e tradições, nascendo assim a etnia.
- Além das diferenças individuais há as diferenças sociais e culturais, incluindo as diferenças típicas de cada região do país e de outros países em relação ao Brasil. Aborde o tema e os conceitos estereotipados também fixados pela sociedade. Piadas são frequentemente realizadas em sentido pejorativo, reforçando tais conceitos. Pode-se perguntar se eles conhecem algumas e o que há de estereótipos nelas. Mencione que a intolerância a diferenças produziu massacres como o promovido pelo nazismo ao povo judeu.
- De um modo geral, mulheres, negros, indígenas e nordestinos são sub-representados no espaço escolar, na mídia e no mercado de trabalho, com diferenças salariais marcantes entre homens e mulheres.
- Conclusão: Ensinar que a diferença pode ser bela, que a diversidade é enriquecedora e não pode ser sinônimo de desigualdade. Pode-se apresentar, neste momento, o vídeo sobre o menino que queria mudar de cor: Eu quero ser negro. Com isso, buscamos romper com as verdades socialmente construídas de que para ser belo, tem que ser branco ou magro.
- Encontro Único (50 minutos)
- Avaliação
- Criar uma frase que expresse o que você entende por respeitar as diferenças.