Como líderes e cristãos, frequentemente nos machucamos quando nos deparamos com desbravadores, amigos ou familiares que não estão trilhando os caminhos de Deus. O que fazer nesses casos?
A meditação desta manhã traz uma resposta direta à essa pergunta, por isso gostaríamos de compartilhá-la. Com muita propriedade, Ellen White nos releva qual a vontade de Deus quando nos depararmos com essa situação.
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Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mateus 18:15
Se você se sente ofendido porque seu semelhante ou amigo está agindo errado, prejudicando a si mesmo, e foi surpreendido em alguma falta, siga a regra bíblica: “Vai e repreende-o entre ti e ele só” (Mt 18:15). Quando você se achegar a alguém que supõe estar em erro, fale-lhe num espírito manso e quieto; “porque a ira do homem não opera a justiça de Deus” (Tg 1:20).
Os que erram não podem ser restaurados senão com um espírito de mansidão, bondade e terno amor. Seja cuidadoso. Evite qualquer coisa que passe a ideia de orgulho ou autossuficiência, seja por olhar, gesto, palavra ou entonação da voz. Guarde-se contra uma palavra ou olhar que exalte a si mesmo ou coloque sua bondade e justiça em contraste com suas fraquezas. Previna-se contra a mais leve aproximação de desdém, arrogância ou desrespeito. Evite cuidadosamente toda aparência de ira e, embora você possa usar de franqueza no falar, não permita que haja reprovação, qualquer acusação injuriosa, falar irritadiço, mas amor sincero. Acima de tudo, que não haja sombra de ódio ou má vontade, amargura alguma ou acidez na expressão. […]
Tenha em mente que o sucesso da repreensão depende grandemente do espírito com que é dada. Não negligencie a oração fervorosa a fim de que você possa ser humilde, e que os anjos de Deus possam ir adiante de você, trabalhando no coração daqueles a quem busca alcançar, suavizando-o mediante celestiais impressões para que seus esforços sejam proveitosos. […]
Você tem se desculpado por falar mal de seu irmão, irmã ou semelhante, antes de ir a ele e dar os passos que Deus ordenou. Você diz: “Mas por quê? Eu nada falei senão depois de estar tão sobrecarregada que não podia mais me conter.” O que a sobrecarregou? Não foi, por acaso, a negligência do próprio dever, de um “assim diz o Senhor”? (Ag 1:5). Você está sob culpa de pecado porque não foi e falou ao ofensor de sua falta, entre você e ele só. […]
Algumas vezes, a branda e terna reprovação não surtirá bom efeito. Nesse caso, a bênção que você desejava que o outro recebesse ao seguir o caminho da justiça, cessando “de fazer mal” e aprendendo “a fazer o bem”, retornará para você (Is 1:16, 17). Se os que erram persistirem no pecado, trate-os bondosamente e deixe-os com o Pai celestial (Review and Herald, 17 de julho de 1879).