Declinação Magnética

Duas semanas atrás falamos sobre mapa topográfico, porém ficamos devendo um ponto na nossa abordagem: a declinação magnética. Muitas pessoas se surpreendem ao saber que uma bússola não aponta para o norte verdadeiro. De fato, na maior parte da superfície terrestre, a bússola aponta em direção a um ponto a leste ou oeste do Norte Verdadeiro (também conhecido como Norte Geográfico).

As bússolas são orientadas ao norte magnético (campo magnético da terra), enquanto os mapas são orientados para um ponto distinto, o norte da quadrícula. Como a diferença entre o norte da quadrícula e norte geográfico é muito pequena, não produzindo alterações significativas para nossa atividade, pode ser desconsiderada. A diferença entre norte magnético e norte geográfico é chamada de declinação magnética. A variação anual da declinação magnética tem importância na leitura e orientação de um mapa. Junto com a variação geográfica (latitudes e longitudes diferentes possuem declinações magnéticas diferentes), são elementos importantes para o usuário de um mapa, e está representada próxima a sua margem inferior. A linha com a estrela na ponta (NG) representa o norte geográfico e a linha com a seta na ponta (NM) representa o norte magnético. Quando o NM está à esquerda do NG, dizemos que a declinação é oeste. Se o NM está à direita do NG, dizemos que a declinação magnética é leste.

Vamos tomar a declinação magnética deste mapa de Brasília como exemplo.

  • Declinação magnética em 1993 = -18º48′
  • Crescimento anual = -6,5′

De 1993 a 2011 são 8 anos. Logo a variação no período = 8 x (-6,5′) = -52′. Para somar a variação de declinação ao valor de declinação magnética, precisamos lembrar que de algumas regras:

  • Só podemos somar valores de mesma unidade.
  • Operações com sinais
    • Sinais iguais
      • Declinação e variação da declinação positivos: apenas somamos os dois valores.
      • Declinação e variação da declinação negativos: somamos os valores como se fossem ambos os valores fossem positivos, invertendo o valor final.
    • Sinais diferentes
      • Declinação positiva e variação da declinação negativa: subtraímos o valor valor da variação da declinação do valor da declinação.
      • Declinação negativa e variação da declinação positiva: fazemos a mesma coisa que no caso anterior, invertendo o valor final.

Voltando ao nosso exemplo:

  • Começamos com a menor unidade, os minutos: 48’+52′ = 100′. Como 60′ = 1º, temos 1º40′.
  • Agora passamos aos graus: 18º+1º=19º
  • Desta forma, temos 19º40′. Como tanto a declinação magnética quanto a variação da declinação são negativas, a declinação magnética de 2011 do nosso exemplo é -19º40′.

Na internet encontramos alguns sites que estimam a declinação magnética, bastando digitar o local e a data. Uma opção é consultar o valor da declinação magnética diretamente do site do Observatório Nacional.

Fontes:

CEZAR, L. D. Orientação por Mapa e Bússola. 2ª Edição. Associação Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.4shared.com/document/o83WrNcS/Apostila_de_Orientao_2ed.html>. Acesso em: 08 Abr. 2011. CORRÊA, I. C. S. Declinação magnética. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/museudetopografia/Artigos/Declina%C3%A7%C3%A3o_Magn%C3%A9tica.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2011.

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