Arquivo | janeiro 2013

Agrupadinhas, uma opção?

Autor da imagem: Airton Oliveira

Hoje vamos falar de um assunto muito delicado e polêmico: as agrupadinhas. De acordo com o Guia de Orientações Gerais das Classes Regulares, da União Norte Brasileira, as classes regulares agrupadas (agrupadinhas) são um “método de agrupamento das classes regulares em um único cartão conforme as respectivas idades do Desbravador” e que o Clube deve “utilizar essas classes para os Desbravadores que ingressaram no Clube com mais de 10 anos de idade completos”.

O material é uma tentativa de investir os desbravadores, em apenas um ano, em todas as classes regulares até a idade dele. A princípio, parece uma tentativa louvável, mas é necessário analisar com cuidado a qualidade dessa investidura.

Para isso, precisamos ter em mente qual a filosofia das classes regulares, de acordo com o Manual Administrativo do Clube de Desbravadores:

“ ‘As crianças devem ser educadas para serem missionárias; devem ser auxiliadas a compreenderem distintamente o que devem fazer para se salvar’ (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 168). A melhor preparação ‘É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro’ (Educação, p. 13).

“As Classes dos Desbravadores se desenvolveram a partir dessas e de outras mensagens semelhantes, e todos os requisitos são baseados nessa instrução. Eles incluem, portanto, o estudo da Bíblia e da Natureza, o aprendizado de coisas úteis para serem feitas no lar, atividades externas, primeiros socorros, higiene pessoal e do lar, exercícios e preparo físico, e serviço em favor dos semelhantes.

“As Classes dos Desbravadores podem receber diferentes nomes em diferentes línguas, mas ainda permanecem como 6 níveis de desenvolvimento destinados a 6 anos de experiência como desbravador.

“Um dos principais objetivos do Clube de Desbravadores é preparar a juventude para a vida com suas emergências e ajudá-la a se tornar útil para o serviço de Deus e da humanidade. O programa das Classes dos Desbravadores foi estabelecido com esse objetivo. Por esse motivo, essas classes são muito importantes para guiar o desbravador neste programa de auto-aperfeiçoamento”. (Manual Administrativo do Clube de Desbravadores, 1999, p.125, 126).

As agrupadinhas fornecem 6 níveis de desenvolvimento destinados a seis anos de experiência como desbravador? Pelo contrário, elas tentam enxugar o máximo dos requisitos dos seis anos para se cumprir em apenas um! Assim, após algum tempo de estudo aprofundado sobre o assunto, o programa das agrupadinhas mostra-se completamente prejudicial ao aprendizado dos nossos juvenis e adolescentes. O projeto descaracteriza a principal estrutura do Clube: o programa das classes regulares e avançadas. Para começar, ele coloca de fora completamente o programa das classes avançadas, trabalhando apenas as regulares.

Muitos dos requisitos da classe correspondente à idade do desbravador foram retirados, sendo que estes são os que foram pensados exatamente para aquela faixa etária. Além disso, o cartão é muito extenso e torna-se praticamente impossível, mesmo para o mais dedicado desbravador, completá-lo com qualidade em apenas um ano, como é proposto.

Para exemplificar uma parte do prejuízo, vamos tomar como base um desbravador que concluiu todas as classes regulares (independente da idade) e um que concluiu a classe agrupada de Guia que, teoricamente, estariam no mesmo nível (para isso, foram usados os cartões de classes antigos, pois foram a base para as agrupadinhas). [Há muitos outros prejuízos, aqui está apenas uma pequena amostra]:

Dessa maneira, por melhor que seja o desbravador e por mais que ele tenha feito sua agrupadinha com qualidade (repetimos, o que é praticamente impossível em um ano), ele ainda está em prejuízo em comparação a um desbravador que concluiu as classes regulares como previstas no Manual Administrativo.

Existe ainda um outro ponto que deve ser considerado, o planejamento. A maioria dos Clubes não possui uma estrutura tão grande, então se torna mais difícil realizar o planejamento, uma vez que o número de classes no Clube seria praticamente o dobro.

Outro possível e perigoso prejuízo também é que os desbravadores podem se acomodar com a ideia de que podem “curtir” os anos sem se preocuparem com as classes e quando eles fizerem 15 anos, fazem a agrupada de Guia e tudo resolvido.

Analisando o modelo de educação brasileira, é possível visualizar um grande prejuízo nos últimos anos, tanto que em 2012 o Brasil atingiu o penúltimo lugar no ranking mundial. Infelizmente, vejo que muitos Clubes de Desbravadores têm seguido o mesmo modelo, e o que poderia ser uma ferramenta de transformação de cidadãos do céu, se torna apenas uma colônia de férias semanal.

Na graduação, conheci um diferente modelo de ensino que realmente faz diferença na vida dos estudantes. Esse modelo é usado em uma das melhores faculdades do DF e seus alunos são reconhecidamente os melhores nos cursos oferecidos pela instituição. O modelo inovador passa longe do proposto por supletivos e facilitadores.

Em consequência dessa onda de educação de baixa qualidade, temos em nossa sociedade médicos, advogados, professores, engenheiros e tantos outros profissionais péssimos. Infelizmente, essa onda se estende aos Clubes, pois vemos vários líderes, em várias esferas, também mal capacitados.

Nesse quadro, a proposta das agrupadinhas apenas se some ao quadro de líderes e cidadãos mal preparados para esta vida e para a vida futura.

Para incentivar os desbravadores a fazerem as Classes, outros meios devem ser adotados (instruções mais atrativas, formas de incentivo, etc.), não facilitar o caminho criando atalhos. Eu conheço, por exemplo, um líder que entrou no Clube com 12 anos, na classe de Pesquisador. Mesmo com 2 anos de “prejuízo”, ele conseguiu concluir todas as classes antes de completar os 16, sem precisar retirar requisitos de nenhuma das classes. Ele não é uma exceção, isso é uma coisa comum de ocorrer nos Clubes, e é isso que devemos incentivar os Clubes a fazer. Inclusive, não há nenhum problema em um desbravador que entrou no Clube com 15 anos cumprir cada uma das classes separadamente.

Dessa maneira, deixamos aqui nossa RECOMENDAÇÃO: não considerem as agrupadinhas uma opção! Voltem-se aos pilares do Clube de Desbravadores, as classes regulares e avançadas.

Testamos

Lanterna de barraca

Acampar, sem duvida, é uma das atividades favoritas de todo desbravador, estar em meio à natureza e contemplar de perto as maravilhas da criação de Deus. Quando a noite chega naturalmente precisamos recorrer a mecanismos de iluminação para podermos realizar algumas atividades. A fogueira é algo bastante usado em nossos acampamentos, mas quando partimos para dentro da barraca precisamos de algo menos perigoso e eficiente, é ai que entra uma velha conhecida de todo acampante: A LANTERNA. Isso mesmo, quem de vocês nunca recorreu a uma lanterna para iluminar sua barraca, seja para localizar algo ou se preparar para o descanso e as atividades do dia seguinte?

Hoje existe uma infinidade de lanternas e, apesar de já ter utilizado muitas, sempre quis uma lanterna que me atendesse dentro da barraca de forma a iluminar tudo, não se perdesse entre os colchões e mochilas e não fosse necessário ficar segurando enquanto se usa. Também tinha um sonho em particular, poder acioná-la remotamente antes mesmo de chegar à barraca.

Foi aí que em 2008 este sonho foi realizado, quando um amigo me presenteou com uma lanterna de barraca que agregava tudo isso, a lanterna de barraca Control Nautika.

Esta lanterna tem uma grande vantagem, ela possui em sua base uma haste de metal que adere a lanterna à barraca através de um ímã, assim você pode colocar a haste de metal na parte de cima do quarto da barraca e a lanterna por dentro, aderindo a mesma ao teto de sua barraca, ou você pode utilizar a haste para amarrar a lanterna na parte de cima do quarto da barraca. Ela também possui um controle que permite que você a acione remotamente mesmo antes de entrar na barraca, mas caso você não queira usar o controle, ela também pode ser acionada manualmente.

Abaixo encontra-se uma descrição do produto.

  • Luminária com controle remoto para barracas.
  • Energia: 4 Pilhas AAA (lanterna) / 2 AA (controle remoto);
  • Lâmpada 5 leds;
  • Material: Corpo de plástico ABS e lente de policarbonato com difusor de luz;
  • Medidas: Diâmetro 12cm – Espessura 5cm;
  • Sistema multifixação, podendo ser fixada na barraca com o uso de imã ou em outras superfícies com o uso de parafusos (não inclusos);
  • Pode ser utilizada em barracas, porta-malas, armários, barcos, etc.;
  • Possui controle remoto infravermelho para acionamento à distância;
  • 5 LED geram maior economia, potência e iluminação mais branca e estável.
  • Marca: Nautika

Eu particularmente acho esta lanterna muito prática e bastante eficiente quando estou acampando, e confesso que até mesmo em casa quando acaba a energia recorro a ela por sua praticidade e boa iluminação.

A lanterna é um modelo antigo que infelizmente não está mais sendo produzida pela Nautika, porém, é possível encontrá-la em lojas de camping e pesca. Caso não encontre, veja alguns similares abaixo:

Site oficial do Campori DSA no ar

Atenção, líderes de plantão, está no ar o site oficial do IV Campori de Desbravadores da DSA – Encontro marcado na eternidade. Entre as novidades, está o manual de orientações gerais.

Nos vemos lá!

Treinamento Básico de Diretoria – APlaC

Atenção, amigos do Planalto Central!

O coordenador regional da Macrorregião Central de Brasília, Chrystian Toigo (a quem sempre pedimos socorro quando temos problemas com o blog, rsrs) nos enviou o programa do Curso de Treinamento de Diretoria que será realizado nos dias 25 a 27 de janeiro.

Você, regional/distrital, que está fazendo o planejamento do seu curso, aproveite o modelo como base. Confira também o currículo sugestivo para curso, desenvolvido pela nossa Equipe.

Administração recebe apoio dos Desbravadores

Jovens da Igreja Adventista vão ajudar a desenvolver projeto ambiental da cidade

Na manhã desta quarta-fera (16), o Clube de Desbravadores Bandeirantes, parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Núcleo Bandeirante, visitou a Administração Regional para firmar parceria no desenvolvimento do Projeto Viver Bandeirante Ambiental.

Os representantes do Clube – Alberto Souza, Andressa Fróis, Mateus Campos e Vitor Vinícius, mostraram ânimo e disposição para participar do projeto que propõe a preservação do meio ambiente por meio do exercício da cidadania.

O Clube estará envolvido com as ações de preservação do Córrego Riacho Fundo e com a Educação Ambiental nas escolas. “Estamos felizes com o apoio dos Desbravadores e da igreja Adventista ao nosso trabalho. A mudança só é possível com o apoio de todos. E consciência ambiental não é algo que floresce facilmente”, disse o administrador Elias Dias.

“A entrada dos desbravadores no projeto é importante, pois consideramos o grupo um exemplo de cidadania. A disponibilidade de ajudar ao próximo é impressionante nesses jovens”, disse Bruna Memele.

Clube de Desbravadores

O grupo que recebe crianças, a partir de 10 anos, ensina por meio do escotismo lições que perduram por toda vida. “Para fazer parte do nosso grupo não precisa frequentar à igreja. Somos um grupo aberto a quem quiser participar”, disse Alberto Souza.

Texto de Leidiane Silveira

Assessoria de Comunicação da Administração Regional do Núcleo Bandeirante

P.S.: Estamos muito felizes de poder participar desse projeto. Com certeza é bênção de Deus!

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