Preparando a instrução

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. Eclesiastes 9:10.

Segundo o verso bíblico, podemos inferir que aqui temos uma obra a fazer!  Enquanto  estivermos aqui, então, teremos obra,  projeto, conhecimento e sabedoria. E isso é maravilhoso!

Qual é a obra que veio à sua mão para fazer? Instrução de classes e especialidades de desbravadores!

Então, vamos pensar um pouquinho: Quem é o instrutor? Qual é a sua função? Quais as suas responsabilidades? Qual a sua importância?

“Instrutores são pessoas que ensinam matérias específicas ou assuntos como Bíblia, crescimento pessoal, especialidade, trabalhos ao ar livre ou artes”. Manual Administrativo do Clube de Desbravadores.

É necessário realizar uma reflexão honesta e com base no que Deus espera de nós: “faze-o conforme as tuas forças.”  Em outras palavras: faça o melhor que puder.

E, para uma obra ser bem feita, é necessário haver um projeto, seja qual for essa obra, é necessário pensar, investir tempo, estudo, conhecimento, dedicação, amor…

Para ensinar algo a alguém devemos, além do conteúdo a compartilhar, ter um projeto, certo?

Devemos ter em mente: qual é a responsabilidade do instrutor? Será apenas ensinar algum conhecimento específico?

Nossa primeira responsabilidade é  com os nossos jovens, que devem receber nosso apoio e orientação para firmar sua fé em Jesus como seu Salvador pessoal e a usarem seu potencial para Cristo.” (Manual Administrativo do Clube de Desbravadores).

Ele deu uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, outros como pastores e mestres (ensinadores), tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo…” Efésios 4:11-13.

O Manual Administrativo dos Desbravadores deixa muito claro que o instrutor tem responsabilidades que vão muito além de ensinar uma técnica ou um conhecimento. O compromisso do instrutor é com nosso Criador! É auxiliar seus filhos, que estão em formação, a desenvolverem seu potencial (habilidades e competências) para chegarem à medida da estatura de Cristo. Compreende a importância dessa obra para o Senhor?

E, como você ensina? Já parou para pensar se está ensinando “conforme as tuas forças”?

E como fazer o melhor, quando se trata de ensinar? Como fazer um projeto para se realizar uma instrução? É necessário planejar! Planejar,  por quê?

O plano de aula organiza as atividades do professor e do aluno, possibilitando melhores resultados e maior efetividade do ensino.

Antes de planejar, o que devo me perguntar?

  • Para quem vou ensinar? Quem é esse aluno/desbravador? Conheço quem é essa criança/adolescente? Em qual processo de desenvolvimento e transformação seu cérebro se encontra? Como ele/ela pensa, sente, aprende? Suas limitações e potencial.
  • O que pretendo alcançar? Quais são meus objetivos para esta aula específica?
  • Domino o conhecimento, as técnicas as quais vou ensinar? Estou preparado para ensinar?
  • Como alcançar esses objetivos? Qual estratégia de trabalho utilizarei para alcançar meus objetivos? Quais os métodos mais apropriados?
  • O que fazer e como fazer? Qual a melhor maneira de introduzir esta aula? Como posso transmitir o conteúdo desta lição de maneira atraente e interessante? Que tipo de aplicação seria mais eficiente nesta aula?
  • Quais os recursos que utilizarei para motivar esse desbravador à aprendizagem?
  • Em quanto tempo? Em qual prazo executarei as diversas fases dessa instrução? Quanto tempo gastarei para a introdução da aula? E no seu desenvolvimento? E na conclusão? Esse tempo será suficiente para auxiliar o desbravador a fixar este conhecimento?
  • Como concluir essa lição eficazmente a ponto de suscitar no meu aluno o desejo de retornar a classe na reunião  seguinte? Quais os procedimentos que deverei usar? De quais recursos deverei dispor? Como levar o desbravador a compreender qual a utilidade desse conhecimento para a vida dele? Em quais ocasiões poderá usar este mesmo procedimento ou conhecimento?
  • Como ele poderá generalizar e transpor, aplicando o conhecimento para novas situações?
  •  Como avaliar o que foi alcançado? Quais os instrumentos de avaliação que utilizarei? Em que período do processo de ensino deverei avaliar? No início? No meio? No final? Ou em todos?

E, então, elaborar o seu planejamento, seguindo os seguintes passos básicos: Clientela, Tema, Introdução, Objetivo , Metodologia, Duração, Recursos, Desenvolvimento, Conclusão  e  Avaliação (não só do desbravador, porém, em primeiro lugar, sua).

Tendo um bom planejamento em mãos, com flexibilidade, dispondo de um plano alternativo, em caso de surgir a necessidade de adaptar-se a imprevistos, sempre contando com a sabedoria do Senhor, tenha a certeza: sua instrução será um sucesso!!!  Seu desbravador subirá alguns degraus a mais na sua escada de habilidades e competências em direção ao céu.

“E o Senhor, certamente, dirá a seu respeito:  Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.” Eclesiastes 9:7-8

1- Edneide

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