Legalismo no Clube

“Mas a justiça humana é como trapos de imundícia”. 
Isaías 64:6. 


Legalistas, não sei se este é o termo adequado para caracterizar aqueles líderes extremistas que não toleram uma mínima afronta sequer às regras do clube de desbravadores. Será que você conhece alguém desse tipo? Talvez. Nesse mundo averso a regras é mais fácil achar desleixados do que legalistas, mas é fácil identificá-los: são aqueles que não suportam ver uma apresentação de ordem unida com comandos que “não existem”; que deixam o desbravador de castigo se ele se mexe durante a execução do Hino Nacional; ou ainda que têm um infarto ao ver alguém usando algum detalhe do uniforme de maneira errada.

É, realmente… acho que legalista não é a palavra correta. Para definir esse tipo o melhor termo seria fariseu. Estou sendo extremista? Acho que não. A atitude desses líderes é muito semelhante a dos líderes de Israel. Eles sobrecarregavam o povo com tantas regras e preceitos que coisas que deviam ser prazerosas como a guarda do Sábado tornavam-se um fardo. Comportamento que Jesus tentou avidamente combater.

Em Mateus 18:21-35 Jesus ensina sobre o perdão através de uma parábola. Pedro havia perguntado até quantas vezes deveria perdoar e Jesus respondeu: “Até setenta vezes sete”, ou seja, 490 vezes. Acho que ninguém fica marcando na agenda quantas vezes perdoou uma pessoa, até porque se ela fizer isso é sinal que não perdoou verdadeiramente.

Devemos seguir este exemplo, há questões importantes no clube como o jeito certo de ensinar o programa das classes, exigir que os desbravadores cumpram todos os requisitos da melhor maneira possível… Assuntos como esse merecem ser debatidos, mas sinceramente passar horas discutindo se pode ou não usar o uniforme de gala sem o lenço, ou pior que isso, ficar “inimigo” de outro líder se ele não compartilha as mesmas opiniões que você, isso é ser como os fariseus que queriam perdoar só até três vezes. Não temos justiça própria. Se fazemos algo de bom é pelos méritos de Cristo. Tropeçamos diariamente em seus preceitos e Ele não nos fulmina imediatamente, nem limita a quantidade de vezes em que vai nos perdoar. Inspirados no Modelo Perfeito devemos ser tolerantes e humildes, para repreender com amor quando necessário e aceitar a repreensão se estivermos errados.


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