Arquivo | janeiro 2013

Agrupadinhas, uma opção?

Autor da imagem: Airton Oliveira

Hoje vamos falar de um assunto muito delicado e polêmico: as agrupadinhas. De acordo com o Guia de Orientações Gerais das Classes Regulares, da União Norte Brasileira, as classes regulares agrupadas (agrupadinhas) são um “método de agrupamento das classes regulares em um único cartão conforme as respectivas idades do Desbravador” e que o Clube deve “utilizar essas classes para os Desbravadores que ingressaram no Clube com mais de 10 anos de idade completos”.

O material é uma tentativa de investir os desbravadores, em apenas um ano, em todas as classes regulares até a idade dele. A princípio, parece uma tentativa louvável, mas é necessário analisar com cuidado a qualidade dessa investidura.

Para isso, precisamos ter em mente qual a filosofia das classes regulares, de acordo com o Manual Administrativo do Clube de Desbravadores:

“ ‘As crianças devem ser educadas para serem missionárias; devem ser auxiliadas a compreenderem distintamente o que devem fazer para se salvar’ (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 168). A melhor preparação ‘É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro’ (Educação, p. 13).

“As Classes dos Desbravadores se desenvolveram a partir dessas e de outras mensagens semelhantes, e todos os requisitos são baseados nessa instrução. Eles incluem, portanto, o estudo da Bíblia e da Natureza, o aprendizado de coisas úteis para serem feitas no lar, atividades externas, primeiros socorros, higiene pessoal e do lar, exercícios e preparo físico, e serviço em favor dos semelhantes.

“As Classes dos Desbravadores podem receber diferentes nomes em diferentes línguas, mas ainda permanecem como 6 níveis de desenvolvimento destinados a 6 anos de experiência como desbravador.

“Um dos principais objetivos do Clube de Desbravadores é preparar a juventude para a vida com suas emergências e ajudá-la a se tornar útil para o serviço de Deus e da humanidade. O programa das Classes dos Desbravadores foi estabelecido com esse objetivo. Por esse motivo, essas classes são muito importantes para guiar o desbravador neste programa de auto-aperfeiçoamento”. (Manual Administrativo do Clube de Desbravadores, 1999, p.125, 126).

As agrupadinhas fornecem 6 níveis de desenvolvimento destinados a seis anos de experiência como desbravador? Pelo contrário, elas tentam enxugar o máximo dos requisitos dos seis anos para se cumprir em apenas um! Assim, após algum tempo de estudo aprofundado sobre o assunto, o programa das agrupadinhas mostra-se completamente prejudicial ao aprendizado dos nossos juvenis e adolescentes. O projeto descaracteriza a principal estrutura do Clube: o programa das classes regulares e avançadas. Para começar, ele coloca de fora completamente o programa das classes avançadas, trabalhando apenas as regulares.

Muitos dos requisitos da classe correspondente à idade do desbravador foram retirados, sendo que estes são os que foram pensados exatamente para aquela faixa etária. Além disso, o cartão é muito extenso e torna-se praticamente impossível, mesmo para o mais dedicado desbravador, completá-lo com qualidade em apenas um ano, como é proposto.

Para exemplificar uma parte do prejuízo, vamos tomar como base um desbravador que concluiu todas as classes regulares (independente da idade) e um que concluiu a classe agrupada de Guia que, teoricamente, estariam no mesmo nível (para isso, foram usados os cartões de classes antigos, pois foram a base para as agrupadinhas). [Há muitos outros prejuízos, aqui está apenas uma pequena amostra]:

Dessa maneira, por melhor que seja o desbravador e por mais que ele tenha feito sua agrupadinha com qualidade (repetimos, o que é praticamente impossível em um ano), ele ainda está em prejuízo em comparação a um desbravador que concluiu as classes regulares como previstas no Manual Administrativo.

Existe ainda um outro ponto que deve ser considerado, o planejamento. A maioria dos Clubes não possui uma estrutura tão grande, então se torna mais difícil realizar o planejamento, uma vez que o número de classes no Clube seria praticamente o dobro.

Outro possível e perigoso prejuízo também é que os desbravadores podem se acomodar com a ideia de que podem “curtir” os anos sem se preocuparem com as classes e quando eles fizerem 15 anos, fazem a agrupada de Guia e tudo resolvido.

Analisando o modelo de educação brasileira, é possível visualizar um grande prejuízo nos últimos anos, tanto que em 2012 o Brasil atingiu o penúltimo lugar no ranking mundial. Infelizmente, vejo que muitos Clubes de Desbravadores têm seguido o mesmo modelo, e o que poderia ser uma ferramenta de transformação de cidadãos do céu, se torna apenas uma colônia de férias semanal.

Na graduação, conheci um diferente modelo de ensino que realmente faz diferença na vida dos estudantes. Esse modelo é usado em uma das melhores faculdades do DF e seus alunos são reconhecidamente os melhores nos cursos oferecidos pela instituição. O modelo inovador passa longe do proposto por supletivos e facilitadores.

Em consequência dessa onda de educação de baixa qualidade, temos em nossa sociedade médicos, advogados, professores, engenheiros e tantos outros profissionais péssimos. Infelizmente, essa onda se estende aos Clubes, pois vemos vários líderes, em várias esferas, também mal capacitados.

Nesse quadro, a proposta das agrupadinhas apenas se some ao quadro de líderes e cidadãos mal preparados para esta vida e para a vida futura.

Para incentivar os desbravadores a fazerem as Classes, outros meios devem ser adotados (instruções mais atrativas, formas de incentivo, etc.), não facilitar o caminho criando atalhos. Eu conheço, por exemplo, um líder que entrou no Clube com 12 anos, na classe de Pesquisador. Mesmo com 2 anos de “prejuízo”, ele conseguiu concluir todas as classes antes de completar os 16, sem precisar retirar requisitos de nenhuma das classes. Ele não é uma exceção, isso é uma coisa comum de ocorrer nos Clubes, e é isso que devemos incentivar os Clubes a fazer. Inclusive, não há nenhum problema em um desbravador que entrou no Clube com 15 anos cumprir cada uma das classes separadamente.

Dessa maneira, deixamos aqui nossa RECOMENDAÇÃO: não considerem as agrupadinhas uma opção! Voltem-se aos pilares do Clube de Desbravadores, as classes regulares e avançadas.

Testamos

Lanterna de barraca

Acampar, sem duvida, é uma das atividades favoritas de todo desbravador, estar em meio à natureza e contemplar de perto as maravilhas da criação de Deus. Quando a noite chega naturalmente precisamos recorrer a mecanismos de iluminação para podermos realizar algumas atividades. A fogueira é algo bastante usado em nossos acampamentos, mas quando partimos para dentro da barraca precisamos de algo menos perigoso e eficiente, é ai que entra uma velha conhecida de todo acampante: A LANTERNA. Isso mesmo, quem de vocês nunca recorreu a uma lanterna para iluminar sua barraca, seja para localizar algo ou se preparar para o descanso e as atividades do dia seguinte?

Hoje existe uma infinidade de lanternas e, apesar de já ter utilizado muitas, sempre quis uma lanterna que me atendesse dentro da barraca de forma a iluminar tudo, não se perdesse entre os colchões e mochilas e não fosse necessário ficar segurando enquanto se usa. Também tinha um sonho em particular, poder acioná-la remotamente antes mesmo de chegar à barraca.

Foi aí que em 2008 este sonho foi realizado, quando um amigo me presenteou com uma lanterna de barraca que agregava tudo isso, a lanterna de barraca Control Nautika.

Esta lanterna tem uma grande vantagem, ela possui em sua base uma haste de metal que adere a lanterna à barraca através de um ímã, assim você pode colocar a haste de metal na parte de cima do quarto da barraca e a lanterna por dentro, aderindo a mesma ao teto de sua barraca, ou você pode utilizar a haste para amarrar a lanterna na parte de cima do quarto da barraca. Ela também possui um controle que permite que você a acione remotamente mesmo antes de entrar na barraca, mas caso você não queira usar o controle, ela também pode ser acionada manualmente.

Abaixo encontra-se uma descrição do produto.

  • Luminária com controle remoto para barracas.
  • Energia: 4 Pilhas AAA (lanterna) / 2 AA (controle remoto);
  • Lâmpada 5 leds;
  • Material: Corpo de plástico ABS e lente de policarbonato com difusor de luz;
  • Medidas: Diâmetro 12cm – Espessura 5cm;
  • Sistema multifixação, podendo ser fixada na barraca com o uso de imã ou em outras superfícies com o uso de parafusos (não inclusos);
  • Pode ser utilizada em barracas, porta-malas, armários, barcos, etc.;
  • Possui controle remoto infravermelho para acionamento à distância;
  • 5 LED geram maior economia, potência e iluminação mais branca e estável.
  • Marca: Nautika

Eu particularmente acho esta lanterna muito prática e bastante eficiente quando estou acampando, e confesso que até mesmo em casa quando acaba a energia recorro a ela por sua praticidade e boa iluminação.

A lanterna é um modelo antigo que infelizmente não está mais sendo produzida pela Nautika, porém, é possível encontrá-la em lojas de camping e pesca. Caso não encontre, veja alguns similares abaixo:

Treinamento Básico de Diretoria – APlaC

Atenção, amigos do Planalto Central!

O coordenador regional da Macrorregião Central de Brasília, Chrystian Toigo (a quem sempre pedimos socorro quando temos problemas com o blog, rsrs) nos enviou o programa do Curso de Treinamento de Diretoria que será realizado nos dias 25 a 27 de janeiro.

Você, regional/distrital, que está fazendo o planejamento do seu curso, aproveite o modelo como base. Confira também o currículo sugestivo para curso, desenvolvido pela nossa Equipe.

Administração recebe apoio dos Desbravadores

Jovens da Igreja Adventista vão ajudar a desenvolver projeto ambiental da cidade

Na manhã desta quarta-fera (16), o Clube de Desbravadores Bandeirantes, parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Núcleo Bandeirante, visitou a Administração Regional para firmar parceria no desenvolvimento do Projeto Viver Bandeirante Ambiental.

Os representantes do Clube – Alberto Souza, Andressa Fróis, Mateus Campos e Vitor Vinícius, mostraram ânimo e disposição para participar do projeto que propõe a preservação do meio ambiente por meio do exercício da cidadania.

O Clube estará envolvido com as ações de preservação do Córrego Riacho Fundo e com a Educação Ambiental nas escolas. “Estamos felizes com o apoio dos Desbravadores e da igreja Adventista ao nosso trabalho. A mudança só é possível com o apoio de todos. E consciência ambiental não é algo que floresce facilmente”, disse o administrador Elias Dias.

“A entrada dos desbravadores no projeto é importante, pois consideramos o grupo um exemplo de cidadania. A disponibilidade de ajudar ao próximo é impressionante nesses jovens”, disse Bruna Memele.

Clube de Desbravadores

O grupo que recebe crianças, a partir de 10 anos, ensina por meio do escotismo lições que perduram por toda vida. “Para fazer parte do nosso grupo não precisa frequentar à igreja. Somos um grupo aberto a quem quiser participar”, disse Alberto Souza.

Texto de Leidiane Silveira

Assessoria de Comunicação da Administração Regional do Núcleo Bandeirante

P.S.: Estamos muito felizes de poder participar desse projeto. Com certeza é bênção de Deus!

Lugares inesquecíveis: São Paulo/SP

Que tal iniciarmos uma nova seção no nosso Cantinho? Mas para isso, precisamos da ajuda de todos vocês!

Quem nos deu a ideia foi o líder Gilberto Tavares, que liderou seu Clube em vários passeios especiais na sua região. Ele nos mandou um pequeno roteiro das principais atividades que podem ser desenvolvidas na Grande São Paulo. Assim, os Clubes da região poderão criar ideias e saber quais os procedimentos tomar.

Mas, e para quem não é de São Paulo? Aí que contamos com o seu apoio! Enviem para nós, através da nossa página de Contato, um roteiro com os principais passeios disponíveis para desbravadores em sua região. Com o tempo, teremos aqui um grande guia para desbravadores de todo o Brasil!

Confiram o primeiro roteiro da série!

Grande São Paulo

Você que faz parte da direção do seu Clube, quer superar as expectativas dos seus desbravadores? Neste post iremos passar alguns contatos para eventos e dividir ideias para que você alcance seu objetivo! São programações que realizamos no Clube de Desbravadores Águias de Ouro (4ª região/APS/UCB) nos anos de 2011 e 2012.

A realização de passeios especiais demanda tempo e planejamento. Durante estes dois últimos anos tivemos alguns passeios especiais que gostaríamos de dividir com vocês, para que tenham ideias relacionadas às oportunidades pertinentes na região de vocês. Vou aproveitar pra dar dicas de passeios para a cidade de São Paulo e Grande São Paulo.

Eu tive a oportunidade de participar de alguns passeios marcantes na época que não fazia parte da direção do Clube, entre eles a entrada ao centro de controle do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e isto me marcou demais. Quando tento realizar algum evento especial, tento fazer com que os desbravadores tenham a mesma sensação que tive nos passeios que foram marcantes para mim.

Pico do Jaraguá

É possível  ir de trem até a estação Jaraguá e ir andando até o parque com o mesmo nome. Pegando a trilha do pai Zé, ida e volta totalizam 8 km (fora o trecho entre a estação e o parque) fechando o requisito do cartão de Amigo. A entrada ao parque é gratuita e tem local para realizar lanches, almoço, estudo de plantas e ainda encontrar alguns animais como o mico estrela.

Central da Gol no Aeroporto de Congonhas SP

É um passeio bem interessante. Eles passam sobre a história da empresa, é feita uma visita ao hangar, se no dia tiver algum avião lá parado pode-se fazer um visita dentro de uma aeronave (mas precisa agendar e solicitar, não há certeza de ter uma aeronave à disposição). Existe um programa realizado pra quem tem medo de voar, onde eles apresentam a aeronave, mostram como ela funciona, é realizada uma visita por dentro e explicado como é a manutenção dos equipamentos. A maior dificuldade para este evento é que ocorre apenas no meio da semana. O contato é feito por e-mail: memoria@golnaweb.com.br.

Obs.: Eles pedem que enviem uma lista com todos os desbravadores que vão ao evento. Quando agendar, avise o tipo de alimentação que temos (tipo de carnes e bebidas), pois geralmente eles preparam lanches, lembranças e um certificado de visita.

P.S.: Tem um museu de miniaturas e maquetes de aviões.

Canil da Polícia Militar

É um ótimo local para o cumprimento da especialidade de Cães. Lá conseguimos ter contato com os cães, conhecer suas características e também o papel dos cães que atuam junto à Corporação da Polícia militar do Estado de São Paulo.

Corpo de Bombeiros

Ótimo local para visitar, e sempre estão à disposição para orientar sobre primeiros socorros, alerta vermelho e resgates. Vejam sempre algum grupamento mais próximo ao Clube, a vista precisa ser agendada, e pra isto é preciso enviar um ofício do Clube com uma sugestão de data e horário. É necessário visitar o grupamento dos bombeiros antes, procurando o nome dos responsáveis. O grupamento do bairro do Capão Redondo nos recebeu muito bem.

GPAE — Grupamento Aéreo Águias da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Este passeio é um sonho, além de aulas sobre socorro em situação de urgência e resgate, temos a oportunidade de entrar no helicóptero. Para agendar é necessário entrar em contato pelo número (11) 2221-1799 e perguntar sobre agendamento de visita do Clube de Desbravadores. Atenção, este número é relacionado à base no Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

Rubens, ancião de desbravadores.

Curso de capacitação de instrutores

Ontem participamos do I Curso de Capacitação de Instrutores do Clube Bandeirantes. A ideia partiu da diretora associada Andressa Fróis, visando aperfeiçoar o quadro, visto que a maioria são novos membros da direção.

O curso foi dividido em 3 eixos:

  • Desenvolvimento infantoadolescente e didática
  • Prática em instrução
  • Enriquecimento espiritual

Em complementação ao conteúdo teórico, foi feita uma pequena cartilha, com as principais informações para os instrutores de classes e especialidades. Clique AQUI para download.

O que achou da novidade? Ainda há tempo de preparar algo semelhante em seu Clube!

Escolhendo seu calçado para trilhas e acampamentos

Um dos aspectos mais importantes (se não o mais importante) que devem ser observados para caminhadas ao ar livre e acampamentos é a escolha do calçado adequado. Quando se escolhe o calçado errado para a atividade, uma caminhada ou acampamento que tinha tudo para inesquecível (positivamente!) pode ser arruinada por um tornozelo torcido, uma bolha no pé, uma unha arrancada, etc. E tudo o que você vai lembrar da atividade é do incidente com seu pé e de como ele poderia ser evitado usando o calçado certo. A escolha de um calçado inadequado é um dos 10 erros mais comuns dos excursionistas, e como nós desbravadores gostamos muito de atividades ao ar livre, é essencial não cometermos esse erro.

Quando se fala em calçado para atividades ao ar livre não se deve colocar o fator economia acima de tudo, pois é a sua segurança e seu lazer que estão em risco. Não precisa ser a marca e modelo mais caro do mercado, mas tem que ser um calçado adequado, um calçado técnico. Outra coisa que deve ser pensada é que não existe um calçado perfeito ou ideal, a escolha vai depender de onde se pretende usar e como você  é (e seus pés estão inclusos aqui).

Existem algumas opções de diferentes tipos de calçados que podem ser utilizados em atividades ao ar livre e todos os tipos são adequados para uma determinada atividade. Estas são suas opções:

  • Sandálias esportivas (papetes) – cada vez mais abundantes no mercado, são sandálias de fitas ou couro, com solado de borracha ou poliuretano. Começaram como sandálias para esportes aquáticos, pois secam muito rápido, e, hoje, até sandálias para corridas e trekkings já existem. Algumas podem ser usadas com meias e são ótimas como calçados para áreas de camping, por deixarem os pés respirarem e serem muito confortáveis. Algumas pessoas caminham em trilhas com elas, mas não são recomendadas pois oferecem pouca proteção e apoio para os pés e tornozelos contra torções etc. Mas são ideais para rafting, caiaque e outras atividades aquáticas, bem como trilhas muito curtas e planas.
  • Tênis de aproximação/Tênis de corrida em trilhas – por ser feito para usar em trilhas, ele protege mais do que os tênis comuns de corrida. Possuem solados aderentes e entressolas macias. Por ser leve, respirável e flexível, costuma ser o escolhido para caminhadas mais longas também, o que não é indicado, pois ele não oferece o apoio e proteção ideais. Lembre-se, que ele será ainda menos recomendável se você estiver carregando uma mochila pesada!
  • Botas para caminhadas leves – normalmente feitas de uma combinação de couro e tecido, estas botas costumam ser leves e possuem modelos com três tipos de cano: alto, médio ou baixo. Costumam, também, ser flexíveis e são indicados para caminhadas de um dia ou com o uso de mochilas cargueiras não muito pesadas (menos de 10 kg). As de cano alto protegem o tornozelo de torções, mas não são tão eficientes assim.
  • Botas de Trekking – mais duráveis e de construção mais rústica, estas botas são as mais indicadas para a maioria dos trekkings, incluindo aqueles com um ou mais pernoites. A maioria é feita de couro com algum tipo de tratamento para a umidade. O solado é mais resistente e protege melhor das pedras no caminho. Elas são mais pesadas que os modelos do item acima e, por isso, mais duráveis. Também deverão proteger melhor seus tornozelos de torções etc.
  • Botas de aproximação – nós não temos, no Brasil, condições para usar estas botas. Muito resistentes e duráveis, com canos bem altos e um solado agressivo e durável, estas botas são feitas para serem usadas em terrenos desiguais e acidentados, como as morenas e suas pedras cortantes e afiadas. Por apoiarem muito bem seus pés, são as indicadas para uso com mochilas pesadas. Costumam ser muito pesadas e não são indicadas para qualquer trekking – no entanto, são perfeitas para caminhadas com mochilas cargueiras com carga pesada, distâncias longas e viagens de várias semanas, como expedições à alta montanha…
  • Botas duplas ou de gelo – são as mais pesadas, resistentes, duráveis e que melhor protegem os seus pés. Foram desenhadas para serem usadas com mochilas extremamente pesadas nos piores terrenos e com os piores climas – são impermeáveis e oferecem boa proteção contra o frio. Mas não se engane! Por tudo isso, elas são, também, as mais desconfortáveis. A maioria é compatível com o uso de crampons e são usadas em expedições a lugares remotos da Terra ou onde caminhar sobre glaciares e escalar em rocha e gelo é uma constante.
Veja  abaixo um vídeo mais objetivo sobre os tipos de calçados para trilhas.

Existem ainda outros pontos que devem ser observados, como o tipo de solado, material constituinte, amortecimento, peso etc. Nos vídeos abaixo vemos algumas dicas sobre essas características.


Na hora de comprar, estas dicas também são bastante importantes:

  1. Conheça o tipo do seu pé e procure por calçados que sejam feitos para ele;
  2. Procure por calçados que tenham amortecedor para impactos;
  3. Compre à tarde/noite ou depois de caminhar/correr, quando seus pés aumentam pelo inchaço e/ou pelas longas horas de ‘uso’…;
  4. Experimente o calçado  já com as suas meias que vai utilizar com ele (veja aqui como escolher suas meias). Tenha certeza de que está comprando e experimentando o pacote completo…;
  5. Tenha certeza de que o calcanhar não aperta e nem deixa seu pé deslizar;
  6. Em caso de calçados fechados, você precisa conseguir mexer os dedos com o calçado no pé, mas este espaço não pode ser muito grande, ou você terá o calçado ‘sambando’ no pé, principalmente toda vez que estiver descendo alguma trilha – pior, o calcanhar tenderá a “sambar” também!;
  7. Procure uma rampa ou uma escada para experimentar o calçado tanto subindo quanto descendo – se o dedão bate no bico dele ou o calcanhar sobe e desce livremente nos fundos dele (ele não deve mover mais do que meio centímetro), experimente outro número;
  8. Sempre experimente os dois pés ao mesmo tempo, fechando-o completamente como se fosse sair para caminhar naquele instante;
  9. Caminhe ou corra pela loja, antes de tomar a decisão – é sempre bom lembrar que seus pés podem aumentar de tamanho ao colocar peso sobre eles. Portanto, não experimente os calçados apenas sentado. Levante-se, caminhe etc.;
  10. O movimento que você faz ao caminhar também é importante e, por isso, você deve caminhar pela loja;
  11. O calçado que você está experimentando deverá fazê-lo sentir-se bem com ele imediatamente – você nunca deverá ter de alargar ou algo mais do que simplesmente amaciar o couro de um calçado para atividades esportivas. Aliás, esta é uma regra que deveria valer também para seus calçados sociais!
  12. Considere as condições que você irá utilizar suas botas. Como é o clima de onde você costuma caminhar? Qual o peso que você costuma carregar? Como costumam ser as trilhas que você vai? Estes fatores são determinantes na hora de escolher uma bota. Ainda falaremos mais sobre eles…
  13. Procure calçados leves, sempre que possível, mas não sacrifique o apoio, a proteção ou a durabilidade por isso… Existe um ditado que diz: “cada grama que você carrega nos pés equivale a 5 gramas extras nas costas”;
  14. Experimente. Experimente. E experimente de novo… Experimente todos os modelos e tipos de botas e calçados que estiver ao seu alcance. Cada fabricante tem desenhos diferentes e nem mesmo dois pares do mesmo fabricante calçarão iguais. Não descanse nunca, mesmo quando você acha que encontrou o par perfeito! Você deve considerar todas as opções – aquele modelo que você tinha certeza de que não serviria, poderá surpreendê-lo…
  15. Como você se sente? Desconfortável? Simplesmente esqueça-os! Por mais bonito, barato etc que você o ache. Se eles não vestiram bem na loja, o que dirá em uma trilha em terreno desigual, subindo ou descendo por horas a fio?

Uma dica muito importante sobre seu calçado é nunca estreá-lo no acampamento ou trilha. Você deve amaciá-lo antes, utilizando-o às vezes durante uma ou duas semanas, dependendo da frequência de uso.

Fontes:

Também sugerimos este tutorial para escolher botas corretas para práticas esportivas: http://www.mochileiros.com/tutorial-escolher-botas-corretas-para-praticas-esportivas-t55086.html

Você tem outras dicas de como escolher um bom calçado para trilhas e acampamentos? Deixe-nos um comentário!

Neurônios-espelho???

Quase todos sabem que Brasília é a capital dos concursos públicos. Por aqui a maioria das pessoas sonham com a aprovação. Assim, obedecendo à lei da demanda e da oferta, surgem vários sites sobre o assunto. É claro que tem muito lixo, mas alguns são mais confiáveis.

É o caso de um site de um juiz que se dedicou a estudar os processos cognitivos afim de ajudar outros a também conseguirem aprovação. Não sou uma “concurseira”, como se denominam aqueles que vivem para estudar para um concurso, mas o título de um artigo me chamou muito a atenção: Quem você imita? A influência dos neurônios-espelho!

Fiquei curiosa e resolvi ler. O autor fala de como é importante, durante a preparação para concurso, tomar cuidado com o tipo de pessoa que o candidato se associa. Ele aponta estudos que demonstram que há um processo neurológico que leva as pessoas conscientemente ou não imitarem outros com os quais convivem. Há inclusive referências bibliográficas que fundamentam o tema: Segundo esclarece o grande neurocientista Eric Kandel, “…Rizzolatti chamou esses neurônios de ‘neurônios-espelho’ e sugeriu que eles fornecem a primeira pista para compreendermos a imitação, a identificação, a empatia e possivelmente a capacidade de imitar vocalizações – os processos mentais intrínsecos à interação humana…” (Em busca da memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 456).

É claro que resolvi investigar o assunto por mim mesma e também encontrei vários artigos sobre o assunto. Um deles, de uma revista da USP, traz a seguinte declaração: “Os neurônios espelho foram associados a várias modalidades do comportamento humano: imitação, teoria da mente, aprendizado de novas habilidades e leitura da intenção em outros humanos (Gallese, 2005; Rizzolatti, Fogassi, & Gallese, 2006) (…). Além disso, considerando que a capacidade humana de abstrair intenção a partir da observação de conspecíficos é considerada crucial na transmissão de cultura (ver revisão em Tomasello, Carpenter, Call, Behne, & Moll, 2005), a descoberta dos neurônios-espelho é de importância fundamental para compreendermos o que nos faz diferente de outros animais, em termos cognitivos.” (http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1678-51772006000400007&script=sci_arttext).

Impressionante, não é mesmo? É, mas o assunto não é nenhuma novidade. A mensageira do Senhor, Ellen White, há mais de um século atrás, muito antes das tomografias computadorizadas e das modernas pesquisas, já havia escrito:

Pela constante contemplação de temas celestiais nossa fé e amor se fortalecerão.(Mente, caráter e personalidade, v. 2, p. 406). Uma contemplação reverente de assuntos como esses [o sacrifício de Jesus] não pode deixar de abrandar, purificar e enobrecer o coração, e ao mesmo tempo infundir no espírito nova força e vigor. (Mensagens aos Jovens, p. 263).

As Conseqüências da Leitura de Ficção. Tenho observado crianças a quem se permitiu crescerem dessa maneira. Seja em casa, seja fora, elas ou estão desassossegadas ou sonhadoras, e são incapazes de conversar, a não ser acerca dos assuntos mais comuns. As mais nobres faculdades, as que se adaptam às mais altas realizações, foram rebaixadas à contemplação de assuntos triviais, ou ainda piores, até que a pessoa se satisfaz com esses temas, mal podendo alcançar qualquer coisa mais elevada.(Mensagens aos Jovens p. 279)

Vocês conseguem notar como isso é assustador?! O que esses textos tão diferentes um do outro dizem é a mesma coisa!!! Nosso comportamento, nossa personalidade e até mesmo nosso caráter é influenciado pelo tipo de situações a que nos expomos. Esse tipo de preocupação não é só de uma senhora religiosa do século passado. Um juiz, que talvez nem tenha religião, alerta aos candidatos que as influências externas podem atrapalhá-los a conquistar o cargo que tanto anseiam. Isso inevitavelmente nos leva a pensar em que tipo de coisa estamos contemplando através da convivência com as pessoas, com os filmes que assistimos ou os livros que lemos.

Ainda cético? É só observar como várias pessoas vão perdendo o sotaque depois que saem da sua terra natal. Alguns nem precisam de muito tempo viajando para “pegar” o sotaque dos outros. Outro fato já percebido pelos grandes empresários, as coisas que aparecem nas novelas viram “febre”, pode ser uma cor, uma roupa ou até uma frase.

Essas coisas são simples e são as que conseguimos notar, mas a contínua exposição a certas imagens ou atitudes vão gradualmente mudando a programação cerebral do indivíduo. Pouco a pouco vamos ficando mais tolerantes à violência, à imoralidade e à maldade comum em tudo.

Pense nos filmes que você assiste, se você praticasse atitudes semelhantes às dos personagens principais, você estaria seguro? Ou se você se comportar de forma semelhante às pessoas com quem você mais convive, ainda assim você estará no caminho do céu?

Precisamos ter isso em mente quando vamos escolher nossos entretenimentos, nossos amigos e até mesmo nosso local de trabalho! Não podemos controlar a recepção desses estímulos neurológicos, a única segurança está em evitar se expor a situações que você não gostaria de imitar.

Agora faço uma pergunta ainda mais difícil, se o seu desbravador te imitar (e ele faz isso, às vezes, deliberadamente) como será a vida dele? Ele será um estudante dedicado? Como será o relacionamento com a família dele? Que tipo de cristão ele será?

Vamos pensar nisso!

Recomendamos

Vida e Ensinos

Esse ano a Comissão de minha Igreja me escolheu como líder do departamento de Espírito de Profecia (acho que eles devem ter visto meu perfil aqui no blog, hehe), por isso resolvi ler os livros de Ellen White que eu ainda não havia lido. O primeiro da lista foi Vida e Ensinos e acho que não teria como ter feito uma escolha melhor.

Conversando com meu ancião conselheiro, descobri que muitos não sabem quase nada sobre quem realmente foi Ellen White. As pessoas sabem que ela foi uma Mensageira do Senhor, que sofreu um acidente quando era criança, que escreveu muitos livros e só. Mesmo pessoas que já leram, por exemplo, o Grande Conflito, pouco sabem sobre a biografia da autora do livro.

Nós desbravadores saímos na frente de muita gente. Lendo o Nossa Herança e Retrato dos Pioneiros, já temos muitas informações, mas ainda assim é só uma breve descrição da trajetória impressionante dessa mulher sempre pronta a servir. Existem algumas biografias publicadas como Quem foi Ellen White? ou Mensageira do Senhor, mas eu queria saber da história através de quem a viveu e não de quem escreveu após pesquisas, por mais criteriosas que fossem.

No livro Vida e Ensinos ela escreve sobre sua infância, adolescência, a angustia que sentiu quando recebeu o chamado de Deus, a pobreza em que viveu durante muitos anos de sua vida, a dor de perder dois de seus filhos, além de todas as lutas contra os falsos ensinos e o fanatismo. É emocionante!!!

Lendo esse livro você percebe que ela foi uma moça como todas as outras, que ela também tinha medo, ficava triste, tinha amigos, se cansava, ficava doente… enfim, era uma pessoa de carne e osso como nós. Depois de viajar e se emocionar através dessas páginas, não tem como permanecer indiferente. Percebemos o quão pouco fazemos para Deus em comparação com os bravos pioneiros que vieram antes de nós.

Não perca essa oportunidade de conhecer melhor a história de Ellen White, permita-se ser inspirado por ela e tenha certeza de que quando você estiver passando por algum problema ou angústia, as palavras desse livro serão um conforto para você.

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